Mötley Crüe virá sem guitarrista Mick Mars para três shows no Brasil

Ícone do heavy metal, a banda Mötley Crüe virá ao Brasil em março do ano que vem para três shows grandiosos em estádios. Mas os fãs precisarão lidar com o desfalque de Mick Mars, um dos fundadores do quarteto. O guitarrista, aliás, vai abandonar todas as apresentações do grupo daqui para a frente e só seguirá na ativa nas gravações dos discos de estúdio.

“Mick Mars, co-fundador e guitarrista principal da banda de heavy metal Mötley Crüe durante os últimos 41 anos, anunciou hoje [quarta-feira, 26] que, por causa de sua luta dolorosa e constante com a espondilite anquilosante, não vai poder mais fazer turnês com os outros integrantes. Mick seguirá como membro da banda, mas não consegue mais lidar com os rigores da estrada”, informou um comunicado obtido pela Variety.

Apesar de a nota não informar quem substituirá Mick Mars nos shows do Mötley Crüe, tudo indica que a vaga será preenchida por John 5, que já tocou com Marilyn Manson e Rob Zombie. Rumores apontavam que o músico estava cotado para se apresentar com a banda antes mesmo de a “aposentadoria da estrada” do veterano vir à tona.

Os shows do Mötley Crüe no Brasil fazem parte da turnê The World Tour, em que os roqueiros dividem o palco com o Def Leppard. A perna brasileira começa em 7 de março, em São Paulo (no Allianz Parque). Dois dias depois, eles tocam ao Estádio Couto Pereira, em Curitiba. A estadia nacional será completa no dia 11, com um show em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. Os ingressos já estão à venda no site da Eventim.

O quarteto californiano também é formado por Vince Neil (voz), Nikki Sixx (baixo) e Tommy Lee (bateria) e se tornou um dos maiores nomes da música com suas performances explosivas. O Mötley Crüe tem mais de 100 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, três indicações ao Grammy, um livro best-seller do New York Times e uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.

No livro da banda, lançado em 2001, Mick Mars já relatava sua luta com a espondilite anquilosante, um transtorno sistêmico que afeta as articulações. Ele encara a doença desde o fim da adolescência –atualmente, está com 71 anos. “Meus quadris começaram a doer tanto toda vez que eu rodava o meu corpo que era como se alguém estivesse acendendo fogos de artifício nos meus ossos. Eu não tinha dinheiro para ir ao médico, então eu tentei ignorar e seguir em frente. Mas ficava cada vez pior.”

“Uma tarde, enquanto eu lavava minhas roupas, comecei a ter dificuldade para respirar. Era como se alguém tivesse enfiado uma faca nas minhas costas. Após algumas semanas, a dor passou a se mover. Meu estômago começou a queimar, e eu achei que meu corpo inteiro ia se despedaçar. Achei que tinha um buraco no meu estômago e que ácidos estavam vazando e destruindo meus ossos e meus órgãos”, escreveu Mars.