MÚSICA

Prêmio MUS teve performance do Charlie Brown Jr.

Divulgação/Camila Cara

Em São Paulo

Rock volta ao foco no Prêmio MUS, que remete à antiga MTV

Prêmio MUS fez evento de lançamento em São Paulo com prévia do que vai rolar a partir de 2023; marca também promete lançar festival

Luccas Oliveira
Luccas Oliveira

O tempo parece ter passado de um jeito diferente para o Prêmio MUS. Ao menos em relação a outras premiações de música atuais, como o Prêmio Multishow e o MTV Miaw. Foi o que o evento deixou claro em seu lançamento na noite de quarta-feira (10), em São Paulo.

O rock nacional, por exemplo, que tem sido cada vez mais raro em festas de música nos tempos de streaming, foi o foco principal do evento na casa de shows Audio. Por lá, o Prêmio MUS realizou uma espécie de prévia —batizada de MUS Preview— do que vai rolar a partir de 2023, quando terá sua primeira edição oficial, além de um festival e eventos itinerantes, entre outras ações.

Nomes como Charlie Brown Jr., Clemente (Plebe Rude/Inocentes), YMA, Dona Iracema, Ganggorra e In Dharma se apresentaram no palco. Dinho Ouro Preto, um dos fundadores, também era esperado, mas acabou não participando da festa, assim como Supla. O último, aliás, venceu o prêmio de influenciador musical do ano, mas enviou um vídeo de agradecimento.

CBJr venceu Marina Sena no Prêmio MUS

Na principal categoria da noite, a de artista do ano, o Charlie Brown Jr. superou Marina Sena e Tuyo e ficou com o troféu no Prêmio MUS. A banda tem feito uma turnê comemorativa de 30 anos, a primeira desde a morte de Chorão (1970-2013) e Champignon (1978-2013). O curioso é que Marcão Britto, guitarrista e um dos fundadores do CBJr, é integrante do time de curadores do evento, assim como o músico Beto Bruno, que levou o prêmio de show do ano pela Cachorro Grande.

Integrantes de Cachorro Grande, Charlie Brown Jr. e Ganggorra no palco do MUS Preview

Integrantes de Cachorro Grande, Charlie Brown Jr. e Ganggorra no palco do MUS Preview

Divulgação/Camila Cara

A ideia do Prêmio MUS, segundo explicou o criador Marcelo Rossi (MRossi), é voltar a priorizar a curadoria e a “boa música” em detrimento aos números de streaming e redes sociais. Ou seja, o caminho contrário ao que as demais premiações atuais fazem. Sertanejo, forró e funk passaram longe da programação. E a antiga MTV foi citada diversas vezes no palco, com um tom saudosista —a ex-VJ Madame Mim e o ex-diretor do canal Zé Antonio Algodoal também são curadores.

O evento se apresenta como “uma confraria de talentos do meio musical e artístico, da cultura e do entretenimento, reunidos com o objetivo de celebrar, evidenciar, premiar e, principalmente, fomentar a boa música”.

Já os prêmios da noite de apresentação foram definidos pela banca de curadores batizada de EntreteMUS, “uma iniciativa de amigos que, como você, dedicam parte do tempo para a continuidade, o enriquecimento e o crescimento da cultura musical como um todo”.

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QUEM FEZ
Luccas Oliveira

Luccas Oliveira

Luccas Oliveira é editor de música na Tangerina e assina a coluna Na Grade, um guia sobre os principais shows e festivais que acontecem pelo país. Ex-jornal O Globo, fuçador do rock ao sertanejo e pai de gatos, trocou o Rio por São Paulo para curtir o fervo da noite paulistana.

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