Simone Mendes rejeita foco no exterior: ‘Nem português falo direito’

Depois de quase um mês do lançamento oficial de sua carreira solo, Simone Mendes já pode se considerar bem-sucedida mesmo sem ter a irmã Simaria ao seu lado. Mas a cantora não pretende seguir os passos de Anitta, com quem gravou Loka, e buscar uma carreira internacional. “Como é que eu vou cantar em outra língua se nem o português eu falo direito?”, brincou a artista de 38 anos.

“Melhor evitar essa dor de cabeça, isso aí é problema. Eu quero é dizer as coisas para o povo saber o que eu estou sentindo. Não tem a mesma sintonia de eu falar algo e alguém precisar traduzir. Vai que ninguém ri das bobagens que eu solto, isso não vai ser legal (risos). De outra língua, só o meu dicionário de ‘simonês’ mesmo”, divertiu-se a cantora em entrevista da qual a Tangerina participou.

Foi do “simonês”, aliás, que saiu Cintilante, nome do primeiro projeto solo de Simone. “Quando eu gosto muito de algo, digo que é cintilante. Na hora de dar o nome para o trabalho, tentamos todas as faixas, mas não dava para ser Erro Gostoso, né (risos)? Não pegaria bem [chamar o EP de um erro]. Tinha que ser algo do meu dia a dia. E surgiu Cintilante, que tem tudo a ver. Brilho, luz, alegria, confirmando algo que é muito bom”, explicou.

Mas, se a carreira internacional não deve acontecer, o mesmo não pode ser dito de um trabalho gospel. Na época em que Simone e Simaria anunciaram o fim da dupla, circularam boatos de que a cantora levaria suas novas músicas para o lado religioso. Ela segue no sertanejo, mas cogita fazer algo dedicado à fé mais para a frente. “Há uma promessa na minha vida de fazer algo voltado para Deus”, justificou.

“No momento atual da minha carreira, não. Mas quando eu me sentir preparada e pronta para viver, farei sim. É para não misturar mesmo. Se um cantor gospel me chamar para uma participação, eu vou topar, claro. Mas um trabalho de Simone Mendes todo voltado para o gospel só no dia em que eu falar: ‘Obrigado, sertanejo, foi ótimo, mas agora vamos ouvir um louvor sem beber uma dose’ (risos). Cada coisa no seu lugar.”

Por enquanto, o foco da artista está mesmo na divulgação de Cintilante. “É como se fosse um bebê novo nascendo. Foi tudo muito sonhado, planejado, desejado. Ainda que eu tenha 30 anos de carreira, esse novo trabalho sozinha, com a minha cara, com a minha identidade, traz ansiedade, frio na barriga, como se fosse o primeiro. Sinto um desespero e todo dia rezo para Deus me abençoar e para que dê tudo certo. Tem horas que dá medo, mas acho que comecei com o pé direito enfiado até o sapato. Eu tenho o carinho e o abraço do público, o que mais posso querer?”, resumiu.