Tini relembra transição de Violetta para carreira pop: ‘Mágico’

Tini se prepara para um show único no Brasil neste sábado (8), no Vibra São Paulo. Considerada um dos maiores nomes do pop sul-americano, a cantora de 25 anos se tornou um fenômeno no continente como estrela da Disney, na série Violetta (2012-2015). Para a Tangerina, ela relembra a transição da carreira adolescente para os rankings musicais: “Eu não sei uma palavra para usar além de mágico”.

“Você não pode controlar, não tem um manual com passos a seguir na vida que te levará ao sucesso. É preciso deixar as coisas acontecerem”, afirma Tini sobre o processo de amadurecimento na música. “Mas acho que uma das coisas mais importantes que aconteceram foi que as pessoas confiaram em mim e continuaram me acompanhando.”

‘A escuridão que existe no mundo’

Entre tantos nomes da Disney que tiveram dificuldades para se desvencilhar das amarras da imagem adolescente, como Selena Gomez ou Demi Lovato, Tini entendeu rapidamente a importância da autenticidade para se manter relevante. “As pessoas percebem o que é genuíno e real sobre um artista. É como energia, não se explica. Acho que foi um pouco assim o caminho para todos esses pequenos passos que fomos trilhando com o coração”, justifica.

Apesar de já ter mais de dez anos de carreira, Tini (apelido para Martina Stoessel) não esconde os obstáculos que enfrentou com a vida pública.

“Embora eu saiba, ou tente saber, como lidar com as coisas, porque sei que estou exposta, não deixa de ser um peso em algum momento”, diz ela. “Há muitas pessoas com muito amor para dar, mas há outras que só querem te destruir. Você tem que saber lidar com essa escuridão que existe no mundo, basicamente.”

A nova turnê da cantora argentina é um reflexo desses ensinamentos. O último álbum foi Tini Tini Tini (2020). Desde então, já vieram alguns singles isolados, como La Triple T e Carne y Hueso, mas a performance tem um significado maior do que a divulgação das canções para a cantora.

“É para refletir sobre o crescimento e o encontro de todas as pessoas. O processo de cada um, como viver ao encontrar a dor, como seguir em frente e como isso também te faz crescer. Em cada transição, o show transmite essa mensagem”, diz ela.

Tini contribuiu para o fenômeno da música latina

A cantora argentina já falava sobre a emoção de ver o público internacional cantando em espanhol desde o período de Violetta. Ela chegou a fazer turnês pelo Brasil e pela Europa com um espetáculo sobre a personagem. Tini cresceu juntamente com a ascensão da música latina nas paradas mundiais e presenciou o sucesso de nomes como Maluma e Bad Bunny.

“Todos nós colocamos nosso grão de areia para contribuir com a música em espanhol, cada artista, não importa o tamanho”, diz ela. “Hoje em dia, com as plataformas musicais, qualquer pessoa consegue ouvir uma música em espanhol. E todos nos certificamos de que isso cresça um pouco mais a cada dia. Tenho orgulho de fazer parte desse movimento e dessa geração de artistas”, diz ela, que sonha com uma parceria com Rosalía.

No Brasil, a aceitação de Tini não foi diferente. Depois de anos sem fazer um show no país, a cantora comemora o retorno: “Os fãs são muito apaixonados e muitos deles viajaram para Buenos Aires para poder estar no início dessa turnê. Terei a chance de dar um pouco de tudo isso de volta a eles agora”.

A apresentação em São Paulo ainda chega três meses depois do lançamento de La Loto, parceria com Anitta e Becky G. Ela conta que os fãs da brasileira já pediam um feat há muito tempo. “Acabou funcionado e espero que, em algum momento, possamos cantar juntas”, adianta ela.