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Irmãs que começaram como backing vocals de Frank Aguiar anunciaram oficialmente o fim da dupla nesta quinta-feira (18)
Simone e Simaria anunciaram a separação oficial da dupla nesta quinta-feira (18), afirmando que seguirão em carreiras solo. Simone será responsável pelos compromissos de shows assinados até agora. “Seguirei cantando e levando toda a minha alegria e amor para os fãs de todo o Brasil”, afirmou ela no texto, publicado nas redes sociais.
Enquanto isso, Simaria afirmou que se afastará para “cuidar dos meus filhos e da minha condição vocal”. “Sigo cumprindo meus compromissos de publicidade e planejando os próximos passos da minha carreira artística. Aos nossos fãs, todo o meu carinho, amor e gratidão, vocês são o meu combustível para seguir adiante”, complementou.
A relação das irmãs já sofria alguns abalos nos últimos meses, o que ficou evidente depois que Simaria anunciou uma pausa na carreira em junho. Os planos ficam longe dos sonhos da dupla no começo da carreira.
Naturais da cidade de Uibaí, na Bahia, as irmãs possuem uma diferença de dois anos. Simaria é a mais velha, atualmente com 40 anos. Filhas de um pai garimpeiro e mãe lavadeira, as duas viveram em diferentes cidades do interior do Brasil. Com a morte do pai, elas foram morar com a avó na Bahia, até que foram descobertas pelo cantor Frank Aguiar, em 1996. Ele contratou as duas como backing vocals.
Juntas, elas conquistaram mais espaço na banda de Frank Aguiar até que começaram a lançar trabalhos como uma dupla, em paralelo. A primeira música divulgada foi Nã, Nã, Nim Na Não, de 2004, em parceria com a gravadora Atração.
Três anos depois, as irmãs entraram para a primeira formação da banda Forró do Muído, junto com Binha Cardoso. As músicas de forró eletrônico tiveram uma boa projeção em alguns estados do Nordeste.
Cinco anos depois, Simone e Simaria decidiram seguir a carreira como dupla, definitivamente. O primeiro álbum, As Coleguinhas – Vol. 1 (2012), foi lançado diretamente no site da dupla. O projeto ganhou mais três volumes nos anos seguintes. Foi apenas em 2015 que elas ganharam maior reconhecimento, com o DVD Bar das Coleguinhas (2015).
Foi do DVD que saiu sucessos como Quando o Mel É Bom e Meu Violão e o Nosso Cachorro. O projeto ainda tinha participações de Wesley Safadão e Tânia Mara e marcou a entrada das cantoras no mundo sertanejo. No mesmo ano, elas assinaram com a Universal Music, que relançou o disco ao vivo. Originalmente, elas tinham contrato com a Social Music desde 2012.
No ano seguinte, Simone e Simaria repetiram a estratégia do DVD. Live (2016) reuniu participações de Bruno & Marrone e Jorge & Mateus e foi indicado ao Grammy Latino de melhor álbum de música sertaneja em 2017. Logo, as “coleguinhas” passaram a ser consideradas grandes representantes do feminejo, movimento que tinha ainda Maiara e Maraisa e Marília Mendonça.
A partir de 2018, Simaria precisou ficar afastada dos palcos, depois de descobrir uma tuberculose ganglionar, juntamente com outros problemas de saúde. Simone começou a assumir a agenda de shows sozinha durante o período. Elas voltaram oficialmente aos palcos em novembro, para a gravação do DVD Aperte o Play (2018), e reduziram a quantidade de apresentações.
Com o novo ritmo de trabalho, as cantoras seguiram de forma mais estável e lançaram mais dois DVDs: Debaixo do Meu Telhado (2020) e Bar das Coleguinhas 2 (2021). Até que as especulações sobre uma rixa entre as irmãs começaram a aparecer em maio deste ano, quando as duas foram vistas tendo um desentendimento durante gravações do Programa do Ratinho, do SBT.
A situação se agravou em junho, quando Simaria atrasou mais de uma hora para um show no São João de Caruaru (em Pernambuco), enquanto Simone fazia a performance sozinha. Depois de subir no palco, a irmã mais velha se recusava a encerrar a apresentação, causando uma situação incômoda.
Depois do anúncio de pausa no mesmo mês, uma separação já era esperada. De acordo com o colunista Lucas Pasin, do UOL, Simone tem o desejo de seguir na carreira gospel e já até possui louvores gravados. Os próximos passos de Simaria continuam incertos, enquanto ela trata novos problemas na voz, causados por uma sobrecarga na garganta.
Lucas Almeida
Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.
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