Popload Festival faz ‘acerto de contas’ para o indie brasileiro

Com o anúncio do line-up do Popload Festival nesta terça-feira (14), a turma indie deve estar num misto de empolgação, alívio e preocupação. Afinal, o segundo semestre em São Paulo reserva, agora, dois festivais que agradam em cheio ao público que gosta de dançar ouvindo guitarras. Haja dinheiro e disposição.

O estreante Primavera Sound São Paulo já tinha sido um afago e tanto para este nicho que até hoje sente falta do Planeta Terra. No entanto, como um dos nossos esportes favoritos é reclamar, ficou um gosto amargo ao ver que o Primavera dos vizinhos Buenos Aires e Santiago tinha um dia extra em outubro. Na programação, Pixies, Jack White e Cat Power. Por que não no Brasil?

Agora, o Popload Festival acerta as contas e traz essa turma para cá. Ou seja, o line-up está longe de ser exatamente surpreendente, mas cria aquela sensação de “ufa, está tudo bem, vai rolar”. Mesmo que isso signifique encarar mais filas virtuais para comprar ingressos.

O line-up do Popload Festival

Divulgação

Para não dizer que a gente só incluiu uma escala no itinerário alheio, o Popload ainda cooptou as deliciosas batidas e loops do cantor e compositor Chet Faker; o electro-pop do Years & Years, que gravou até com Elton John durante a pandemia, cumpre a cota pop do festival, enquanto as argentinas do Perotá Chingó e a potência brasileira de Jup do Bairro completam a escalação.

Ao aproveitar a oportunidade que estava quicando, o Popload Festival faz um festival que é extremamente coerente com a sua personalidade, mais até do que a última edição, em 2019, que teve a cantora pop Lorde como headliner.

E mais: Pixies, Jack White (sem contar a banda The Raconteurs) e Cat Power não vêm ao Brasil há mais de sete anos, e todos eles chegam com novidades para apresentar ao público —especialmente White, que vai lançar dois álbuns em 2022.

No fim, todo mundo saiu ganhando.