SOLTO NO RINGUE

Kenny Omega no ringue de luta livre

Divulgação/AEW

AEW

Como o YouTube virou arma secreta na guerra da luta livre

A AEW usa a plataforma de vídeos para impulsionar as histórias da luta livre; entenda como Tony Khan consegue utilizá-la para sua vantagem

Victor Cierro
Victor Cierro

A All Elite Wrestling, mais conhecida como AEW, foi criada em 2019 com objetivos claros: acabar com o monopólio da WWE nos Estados Unidos e revolucionar o mundo da luta livre. Em busca de mudar o universo do pro-wrestling, a empresa comandada por Tony Khan usa o YouTube para impulsionar suas histórias.

A WWE é uma instituição bem estruturada e respeitada. O alcance da companhia aumentou ainda mais dos anos 1990 para cá. E, com isso, a gigante da luta livre conquistou um espaço invejável na programação norte-americana. Seu principal show semanal —o Raw— domina três horas da USA Network todas as segundas-feiras.

O NXT, considerado o programa de desenvolvimento da WWE, também está nos direitos da emissora dos Estados Unidos. Durante as terças-feiras, os lutadores desta divisão têm duas horas para exibir seu potencial e entregar os melhores combates possíveis.

E, por fim, o Smackdown, que vai ao ar às sextas-feiras, está sob contrato com a Fox. O programa semanal também dura duas horas de pura alegria para os fãs de luta livre. Assim, a WWE consegue entregar ao telespectador diversos embates com estilos diferentes para todos os gostos.

Por isso, a jornada da AEW é muito complicada. Em busca de acabar com o monopólio, a empresa de Tony Khan precisa competir contra sete horas semanais de pro-wrestling, o que é difícil. No entanto, o empresário usa o YouTube como arma secreta para levar ao público mais conteúdo de luta livre.

AEW e YouTube

United Empire na rampo do palco da AEW

Discussão entre Will Ospreay e Kenny Omega

United Empire na rampa do palco da AEW

O carro-chefe da AEW é o Dynamite. Exibido pela TBS nos Estados Unidos, o programa segue a fórmula de duas horas por episódio semanal. Nas sextas-feiras, no canal da TNT, a companhia de luta livre tem apenas 60 minutos de show no Rampage. E, geralmente, o evento é pré-gravado.

Então, para exibir mais seus talentos, a All Elite Wrestling exibe duas produções no YouTube. E, apesar da pouca relevância do Dark e do Elevation, os lutadores recebem duas horas (somadas) para conseguir mais vitórias e subir no ranking da empresa de pro-wrestling.

E a AEW não para por aí. Após o encerramento da transmissão do Dynamite, Khan leva seus principais lutadores da noite para conversar com os fãs e até preparar o terreno para os próximos embates da semana que vem. Como esta parte do show não é televisionada, a companhia leva o clipe para seu perfil no YouTube.

Depois da vitória do United Empire, Kenny Omega e os Young Bucks pegaram o microfone para delírios dos fãs. Os trios vão se enfrentar na próxima quarta-feira (31) no AEW Dynamite. Mas, antes disso, The Cleaner trocou múltiplos insultos com Will Ospreay com o programa fora do ar. E, graças ao YouTube, os fãs do mundo inteiro puderam presenciar esta discussão intensa entre dois dos melhores lutadores da atualidade.

O YouTube também ajuda a AEW com os vlogs dos lutadores. Antes de virarem febre na internet, os Young Bucks já gravavam os bastidores do pro-wrestling, as viagens pelos Estados Unidos e Japão e até aprofundavam as histórias no mundo da luta-livre.

Neste especial semanal, chamado Being the Elite, Matt e Nick Jackson exploram seus lados vilanescos, continuam a história apresentada no Dynamite, além de mostrar um ponto de vista único dos embates com a gravação de Brandon Cutler nas lutas dos Young Bucks.

Na guerra entre as gigantes da luta livre, o YouTube pode até ser uma arma secreta da AEW. Mas, para alcançar o nível de dominância da WWE, Khan precisa encontrar mais espaço na programação televisiva estadunidense.

Nick e Matt Jackson, os Young Bucks, no AEW Rampage

Assista ao Being the Elite desta semana

Os Young Bucks imitam a dupla The Hardys no AEW Rampage

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Victor Cierro

Victor Cierro

Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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