85 anos de Al Pacino: Relembre a carreira do eterno Michael

Al Pacino completa 85 anos nesta sexta-feira (25), consolidado como um dos maiores atores de todos os tempos. Com uma carreira marcada por intensidade, transformação e personagens que entraram para a história do cinema, o astro nova-iorquino ultrapassa gerações sem perder o fôlego — e sem jamais se distanciar de seu papel mais icônico: o de Michael Corleone.

Imortalizado na trilogia O Poderoso Chefão, Al Pacino foi a alma silenciosa e calculista da máfia italiana criada por Francis Ford Coppola. No primeiro filme, ele começa como um outsider da família, mas se transforma no novo patriarca em uma atuação marcada por olhares frios e tensão contida — um clássico absoluto da sétima arte.

No ano seguinte, Al Pacino mergulhou no papel de policial em Serpico (1973), um agente honesto que decide denunciar a corrupção dentro da própria corporação. Inspirado em uma história real, o filme é um marco do cinema policial dos anos 1970 e consolidou o talento dramático do ator.

Dois anos depois, ele voltou a interpretar um homem à beira do colapso em Um Dia de Cão (1975), no papel de Sonny Wortzik, um ladrão desastrado que tenta assaltar um banco para pagar a cirurgia de mudança de sexo de seu parceiro. Baseado em um caso real, o filme equilibra crítica social e suspense, com Al Pacino no centro da ação.

Al Pacino no cinema

Com Scarface (1983), o ator deu vida ao icônico Tony Montana, um imigrante cubano que sobe na hierarquia do tráfico de drogas em Miami. Violento, ambicioso e implacável, o personagem virou símbolo da cultura pop, com sua fala “Say hello to my little friend!” eternizada no imaginário coletivo. O filme dividiu opiniões na época, mas virou cult com o passar dos anos — e é uma das atuações mais explosivas de Pacino.

Já em Ricardo III – Um Ensaio (1996), ele explorou os bastidores do teatro e a construção de um personagem trágico ao revisitar o texto de William Shakespeare (1564-1616) sob um olhar documental. O projeto mistura cenas do drama shakespeariano com entrevistas e reflexões sobre o ofício de atuar, mostrando o ator em seu modo mais autoral.

Al Pacino pode até ter interpretado dezenas de personagens complexos, mas nenhum papel será tão lembrado quanto o do herdeiro silencioso da máfia. Ainda assim, sua carreira é um lembrete constante de que grandes atores não se resumem a um único sucesso — e que 85 anos podem ser apenas mais um ato nessa longa jornada.