Divulgação/Blumhouse
Jason Blum admitiu que perdeu o controle da franquia de terror e que só vai revivê-la caso algum diretor muito bom o procure com uma nova ideia
Em 2007, Atividade Paranormal revolucionou o terror no cinema ao arrecadar US$ 193 milhões (R$ 1 bilhão) com um orçamento de apenas US$ 15 mil (R$ 77 mil). Como tudo que faz sucesso em Hollywood, a produção virou franquia, e o oitavo longa da saga tem estreia prevista para o ano que vem. Para o produtor Jason Blum, porém, chegou a hora de parar. “O último filme já foi horrível”, admitiu.
O executivo é fundador da Blumhouse Productions, uma produtora especializada em fazer filmes com orçamento baixo, mas que dão ao diretor controle total sobre sua obra. Seu lançamento mais recente foi O Telefone Preto, que já faturou quase dez vezes o seu custo de US$ 16 milhões (R$ 82 milhões).
Em uma época em que se associar a um grande estúdio significa muita interferência na criação ou mesmo que seu projeto jamais será lançado, apesar de quase pronto, a Blumhouse virou uma opção para cineastas que querem ter sua visão respeitada. “Damos a eles mais controle do que eles tipicamente conseguem em Hollywood. Mas eles nos dão algo em troca: o compromisso de fazer o filme de maneira barata”, explicou Jason Blum à Variety.
O novo rei do terror reconheceu, no entanto, que perdeu um pouco a noção com a franquia Atividade Paranormal. O sexto filme, Dimensão Fantasma (2015), deveria ter sido o último da franquia. Mas a boa bilheteria fez a equipe decidir espremer mais um pouco o material; foi daí que saiu Ente Próximo (2021), uma produção que nada tem a ver com os outros longas. O próximo, The Other Side, encerra a saga de vez.
“Acho que já deu. O último filme foi horrível”, sentenciou ele. A Blumhouse parece ter aprendido sua lição, como ele mostrou ao explicar sua abordagem para a saga Halloween. “Nós só tínhamos os direitos para três filmes, então decidimos que o terceiro deveria ser Halloween Ends. Você precisa sentir quando é a hora de encerrar.”
Jason Blum, no entanto, não descartou a possibilidade de retomar os filmes no futuro. “Talvez volte se algum diretor que eu amo, como Scott Derrickson, dissesse: ‘Eu tenho uma ótima ideia para um longa de Atividade Paranormal’. Mas não é algo que eu quero fazer por enquanto.”
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
Ver mais conteúdos de Luciano GuaraldoTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
Ainda não tem uma conta?