Liam Daniel/Netflix
O sucesso da Netflix é baseado na série de livros homônima publicada por Julia Quinn. Mas, como toda adaptação, tem diferenças em relação ao original
Os novos episódios de Bridgerton chegaram à Netflix no final do mês de março e já estão batendo recordes e ocupando o primeiro lugar entre os mais assistidos da plataforma, mais uma vez. A segunda temporada debutou no top dez da Netflix em 99% dos países em que a plataforma está presente e é a série mais assistida do mundo atualmente.
Nesta segunda fase, a história se baseia no segundo volume da série de livros homônima escrita por Julia Quinn, O Visconde que me Amava, e segue o irmão mais velho da família Bridgerton, Anthony (Jonathan Bailey), na busca por sua futura viscondessa. A Tangerina assistiu à segunda temporada e aponta cinco diferenças entre o livro e a série, pra você que nunca leu a obra de Julia Quinn ou leu e não se lembra mais, ou está com preguiça de caçar essas curiosidades.
Golda Rosheuvel como rainha Charlotte em Bridgerton
Divulgação/Netflix
É normal que, em uma adaptação, os roteiristas adicionem novos personagens que não existiam na obra literária original, para criar narrativas paralelas e dar novos pontos de vista à história. Com Bridgerton não seria diferente. Um dos personagens que se tornou parte fundamental da série, e não existia nos livros, é a rainha Charlotte (Golda Rosheuvel). Pouco se fala nos livros sobre a apresentação à rainha, e sua participação na temporada social não é mencionada. Ela foi uma personagem histórica real e escolhida a dedo por Shonda Rhimes para emprestar mais glamour e um toque de veracidade à trama.
Outra adição à série foi a modista da cidade, Genevieve Delacroix (Kathryn Drysdale), que não existe na obra de Quinn mas foi uma escolha bem-vinda à história.
Família Bridgerton reunida
Divulgação/Netflix
A família que leva o nome da série não sofreu quase nenhuma mudança com relação à obra de Quinn. No entanto, alguns personagens que só recebem destaque em seus próprios livros como Benedict (Luke Thompson) e Eloise (Claudia Jessie) ganharam mais desenvolvimento nesta segunda temporada da série. Já nosso diamante da primeira temporada, Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor), tem um papel maior na segunda temporada em relação aos livros. Mas não é mais a joia da vez e, consequentemente, não é um sucesso entre os pretendentes, até porque está casada com o Duque.
A Família Featherington chegando ao baile na série Bridgerton
Divulgação/Netflix
A família vizinha dos Bridgerton não tem muito destaque no decorrer da obra e a produção surpreendeu muitos fãs dos livros ao dar vida a Lord Featherington. No livro o patriarca da família é mencionado como morto há tempos e não existe na história. Eventualmente, isso de fato acontece na primeira temporada. E, trazendo mais surpresas para o segundo ano, o herdeiro do título deixado pelo pai da família Featherington também não existe nos livros e foi criado para a série. A trama envolvendo a matriarca Portia (Polly Walker) movimentou tudo e, mesmo sem existir nos livros, deixou a trama mais divertida.
Simone Ashley e Charithra Chandran como Kate e Edwina Sharma em Bridgerton
Divulgação/Netflix
A família recém chegada a Londres foi uma das principais mudanças na segunda temporada. As novidades já começaram com a divulgação das atrizes, quando Simone Ashley foi anunciada como Kate Sharma, o que indicou que a família sofreria uma mudança de origem e sobrenome. Na séries, elas são de origem indiana, mas nos livros são inglesas brancas. Outra diferença foi a relação das irmãs Kate e Edwina. No livro, Edwina (Charithra Chandran) não tem muito destaque, mas, na série, ela ganha certo protagonismo ao ser declarada o diamante da temporada pela rainha Charlotte. A relação das irmãs é descrita nos livros como uma parceria, em que confiam seus segredos uma à outra e em nenhum momento se envolvem em uma briga como a que acontece na série. A presença da obstinada Lady Danbury (Adjoa Andoh) na história da família Sharma também surpreendeu muita gente. De fato, nos livros, as interações entre essas personagens são mínimas.
Simone Ashley e Jonathan Bailey como Kate e Anthony em Bridgerton
Liam Daniel/Netflix
Símbolo que representa os fãs dos livros, a abelha é uma parte essencial para a história. Não só ela é a responsável pela morte do pai da família Bridgerton, Edmund (Rupert Evans), como também é parte da construção da história do casal mais querido entre os fãs. Acontece que, nos livros a famosa cena da picada é o pontapé inicial para o casamento de Kate e Anthony. Depois de serem flagrados em uma situação constrangedora, o que os obriga a se casar, eles ficam presos numa relação sem amor. Até que, aos poucos, admitem seus sentimentos. Na série, a cena envolve um momento íntimo entre os dois, mas não é presenciada por ninguém.
Nicola Coughlan como sua personagem Penelope em Bridgerton
Uma das cenas mais chocantes para quem leu os livros foi Eloise Bridgerton descobrindo na segunda temporada que sua melhor amiga, Penelope (Nicola Coughlan), era a infame Lady Whistledown. Na obra de Quinn, essa revelação só é feita, tanto para os personagens quanto para quem lê, no quarto livro da série. E, ao contrário da adaptação, Eloise não fica nem um pouco desapontada com a amiga. Na verdade, acha a situação muito divertida.
Beatriz Duranzi
Estudante de jornalismo na Anhembi Morumbi, Beatriz é estagiária na Tangerina. Apaixonada pelo mundo do entretenimento, ela é especialista em cuidar da vida alheia nas redes sociais.
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