Liam Daniel/Netflix
Autoconhecimento, traumas familiares, perdão e, é claro, muita paixão dão o tom em nova temporada
A segunda temporada do sucesso mundial Bridgerton estreia nesta sexta (25) na Netflix, finalmente saciando a ansiedade de milhares de fãs. A primeira temporada alcançou 82 milhões de pessoas, definitivamente o diamante de 2020-2021 da plataforma. E, após a confirmação da segunda temporada, não só os fãs antigos da série, como também os novos estão contando os minutos para a estreia.
A história agora vai se basear no segundo livro da série, escrito por Julia Quinn, O Visconde que me Amava. Em cada livro, oito em seu total, conta-se a história de um irmão Bridgerton. Na primeira temporada conhecemos Daphne, e agora, a história gira em torno do Bridgerton mais velho, o Visconde Anthony Bridgerton (Jonathan Bailey).
O foco nesta segunda temporada será no Visconde e nas irmãs Sharma
Liam Daniel/Netflix
Decidido a cumprir seu dever de defender o nome da família, a busca de Anthony (Jonathan Bailey) por uma debutante que atenda aos seus padrões impossíveis parece fracassada até que Kate (Simone Ashley) e sua irmã mais nova Edwina (Charithra Chandran) Sharma chegam da Índia. Quando Anthony começa a cortejar Edwina, Kate descobre a verdadeira natureza de suas intenções – um casamento de amor verdadeiro não está no topo de sua lista de prioridades – e decide fazer tudo ao seu alcance para impedir a união. Mas ao fazer isso, as lutas verbais de Kate e Anthony apenas os aproximam, complicando as coisas de ambos os lados.
O ritmo dessa temporada está igual – senão melhor – que a primeira, trazendo mais tempo de tela a vários personagens importantes e episódios de 1 hora ou 50 minutos que passam num piscar de olhos.
Se prepare para ver diversas histórias paralelas que podem ter -ou não- relação com a trama principal, mas que ainda assim deixam vários ganchos para as próximas temporadas.
E sem dúvida a evolução de muitos personagens e o fechamento do que ficou em aberto na primeira temporada é essencial para dar ponto final para uns e continuidade para outros.
Nicola Coughlan é Penelope
Divulgação/Netflix
Após a série revelar para nós quem era Lady Whistledown, vemos os conflitos e medos que Penelope Featherington enfrenta para manter sua identidade secreta e como ela precisa ter atos de coragem por causa disso. Mostrando cada vez mais ao público a mulher confiante e corajosa que ela esconde dentro de si.
Acompanhamos como toda essa vida dupla funciona e como ela faz para manter seu negócio funcionando. O que é incrível, pois você não pensava em querer saber como tudo acontece até assistir.
A relação das Irmãs Sharma é o que vai desenvolver toda a trama, afinal, o livro se baseia nelas e na relação do famoso casal “Katonhy – anthony + kate” -que aliás é bem caliente- Com mudanças significativas do livro para a série, como a forma como se conhecem e principalmente os acontecimentos a partir disso, o telespectador ainda assim verá, ainda mais explícito que nos livros, o amor, cumplicidade e confiança que elas têm uma na outra.
A cada episódio, Simony Ashley, nossa Kate Sharma, transborda a essência e trejeitos da personagem dos livros. Se existisse um Oscar “Melhor Personagem de Adaptação”, com certeza ganharia. Edwina também não fica para trás, interpretada por Charithra Chandran. A atriz emana toda a elegância e delicadeza da personagem nas telas. As duas se completam e a cada aparição só mostram o porquê foram feitas para aquele papel.
Simone Ashley e Charithra Chandran como as Irmãs Sharma
Divulgação/Netflix
Assim como em toda e qualquer produção de Shonda Rhimes, representatividade é uma pauta essencial. A escolha de tornar Kate e Edwina duas mulheres sul-asiáticas foi uma decisão simples, segundo Shonda. Ela queria trazer a representação mais tridimensional possível. É difícil ver atrizes de outras culturas fazendo papéis principais, principalmente em produções de época, então quis garantir isso nessa temporada. Vemos também a diversidade de etnia dos figurantes ainda maior que na primeira temporada.
“Na Shondaland, nós garantimos o multiculturalismo também da equipe e de todas as pessoas que trabalham nos bastidores, não só do elenco. Buscamos pessoas de diferentes idades e habilidades, garantindo que o elenco, a equipe e os roteiristas representam o mundo real. Essa representatividade tem um reflexo positivo e resulta em histórias mais autênticas e complexas. A equipe de direção precisa refletir o mundo, com pessoas que tenham diferentes pontos de vista. Não há nada de errado com o ponto de vista do homem branco, mas é bom ter o ponto de vista de mulheres negras, diretores negros, artistas negros, roteiristas negros. Acreditamos na importância dessa inclusão no nosso mundo.” afirmou Rhimes.
Ver o Bridgerton mais velho lutando contra o amor nunca foi tão intrigante. A evolução do personagem é clara. Sua luta contra a paixão e a razão rege praticamente cada episódio.
Sua relação com o pai é mais aprofundada, trazendo à tona mais questões e sentimentos, fazendo todos entenderem suas decisões e jeito.
Vemos um Anthony vulnerável, mais agradável e relacionável, mais aberto ao grande passo de sua vida que ele veio evitando por tanto tempo. O luto sustenta a visão de Anthony sobre casamento, pois logo descobrimos que a perda de seu pai e o sofrimento que sua mãe passou depois de perdê-lo levaram a problemas de compromisso.
A trilha sonora conta com Harry Styles, Rihanna, Madonna e Miley Cyrus. Cada música se encaixa perfeitamente com o momento.
Sobretudo, temos uma temporada mais sentimental, mais profunda. Expandindo-se em todas as características possíveis. Uma temporada sobre perdão, sobre se conhecer, se permitir e, principalmente, sobre paixão.
Leva que tá doce! Diversidade racial, sexualidade, feminismo, paixão, escândalos, período histórico.
Dois pelo preço de um: Gostou de Bridgerton? Vai curtir Quando Chama o Coração, Sanditon, Downtown Abbey…
Presta atenção, freguesia: Nos figurinos, na trilha sonora, na narradora, nas histórias paralelas…
Roberta Gurriti
Baiana, Roberta Gurriti estuda jornalismo na UNIFTC e apresenta seu próprio programa no YouTube, Literalle. É doida por livros, séries e filmes. Dorameira de carteirinha e apaixonada por uma banda que imagina dragões.
Ver mais conteúdos de Roberta GurritiTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
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