Divulgação/Felipe Chueng
Filmagens de Overman já começaram, mas produção nacional ainda não tem data de estreia prevista; Karina Ramil e Otávio Müller estão no elenco
Galã de novelas da Globo, Caco Ciocler (Pantanal) vai ter seu momento de super-herói no filme Overman, baseado no personagem homônimo dos quadrinhos de Laerte. As filmagens já começaram, mas a produção ainda não tem previsão de estreia. O elenco conta ainda com Otávio Müller (Nas Ondas da Fé), Karina Ramil (Porta dos Fundos), Victor Lamoglia (Ninguém Tá Olhando) e Raphael Logam (Impuros).
No longa dirigido por Tomás Portella, Overman está sem propósito e com a vida desorganizada emocional e financeiramente. Tudo muda quando ele recebe, do Governador (Otávio Müller), uma proposta de trabalho na Secretaria de Segurança Pública. Porém, o super-herói brasileiro logo percebe que o novo emprego é mais desafiador do que imaginava.
Ele ainda vive uma crise pessoal quando começa a trabalhar com Pâmela (Karina Ramil), a Mulher Cachorro. A heroína acaba roubando a cena, é reconhecida por sua competência e vira a queridinha do público. Overman, então, sente a perda do protagonismo e tem de enfrentar a sua masculinidade tóxica. Enquanto se desdobra para proteger a cidade e vencer o próprio ego, ele acaba descobrindo os segredos obscuros do Governador.
Para Portella, um dos grandes desafios da produção é trazer o personagem, que fez sucesso nos anos 1990, para os dias de hoje. “Precisamos atualizar o discurso e o humor para os tempos atuais. E, para transformar uma tirinha em um longa-metragem, é preciso dar uma tridimensionalidade para os personagens e ter uma coerência afetiva nas histórias. As tirinhas por si só são um recorte, mas, neste projeto, temos o objetivo de desenvolver o filme e deixá-lo crescer de maneira fluida, sem transformá-lo em esquetes”, disse o diretor.
A escolha de Ciocler para viver o herói foi uma aposta da produção, já que o tipo não é facilmente ligado ao ator. “O Overman é overneurótico, overperseguido, overvulnerável, overinseguro e revestido de masculinidade tóxica. A escolha pelo Caco não é óbvia, a princípio, pois ele é um homem no avesso, sensível e consciente do seu papel político. Essa dicotomia traz um olhar interessante para a construção da cena, que já é provocativa pelo próprio texto genial”, refletiu a produtora Iafa Britz. “O Overman, esse anti-herói que a Laerte construiu, e que o Tomás está lapidando e revisitando, expõe todas as fragilidades do personagem com muito humor e ironia.”
Criado pela quadrinista Laerte Coutinho em 1998, Overman ficou popularmente conhecido pelas tirinhas publicadas no jornal Folha de S.Paulo. A artista paulistana considera que Overman não conhece os próprios limites, chegando até mesmo a ser “over” –daí o nome Overman. A construção da narrativa revela-se uma sátira dentro do universo dos super-heróis, em que Laerte constrói comicamente todo o egocentrismo e a vaidade do personagem, que se esconde por trás de uma fantasia e uma máscara, itens que ele nunca tira.
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Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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