Divulgação/Netflix
Kim Alsup disse que era confundida com a única profissional negra da equipe da série da Netflix, apesar de elas serem muito diferentes
A série Dahmer: Um Canibal Americano já se tornou um dos grandes sucessos da Netflix neste ano, mas seus bastidores estão tão tumultuados quanto a vida do criminoso que a inspirou. Kim Alsup, que foi coordenadora de produção da atração, abriu o jogo sobre sua experiência traumática. “É a pior série em que já trabalhei”, desabafou.
Em entrevista ao Los Angeles Times, Kim contou que sequer conseguiu assistir a Dahmer porque está sofrendo de estresse pós-traumático. “Só de ver o trailer já foi um gatilho. Eu acho que ver a série vai trazer de volta muitas lembranças da época em que trabalhei lá, e eu não quero ter que relembrar essas situações”, desabafou.
Segundo a coordenadora de produção, a equipe de Dahmer tinha apenas duas mulheres negras, e os outros profissionais a chamavam pelo nome da outra, mesmo que elas não fossem nada parecidas. “A pele dela era mais escura, ela media 1,77 m e eu tenho 1,65 m. Mas eles insistiam em me chamar pelo nome dela”, reclamou.
“Trabalhar nessa série exigiu tudo que eu tinha a oferecer e eu fui tratada de maneira horrível. Eu olho para a protagonista negra de maneira diferente também”, contou Kim Alsup no Twitter, em referência a Niecy Nash, que vive Glenda Cleveland em Dahmer: Um Canibal Americano. A Netflix não se pronunciou sobre as críticas da profissional.
Mas as reclamações da coordenadora não são as únicas controvérsias envolvendo Dahmer. Nesta semana, a Netflix optou por retirar a série de seu catálogo LGBTQIA+ após receber várias críticas de que o serial killer não traria uma representatividade positiva para a comunidade.
E, recentemente, parentes das vítimas do serial killer vieram a público questionar a decisão de produzir uma série com a temática, alegando que seria uma forma de reviver os traumas. Rita Isbell, irmã de uma das vítimas (Errol Lindsey), se abriu em entrevista ao Insider e reclamou do serviço de streaming. “É triste que eles estejam apenas ganhando dinheiro com essa tragédia. Isso é apenas ganância”, desabafou.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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