Divulgação/HBO
Craig Mazin é vencedor do Emmy por Chernobyl e desenvolveu a adaptação da HBO junto com Neil Druckmann, criador do jogo original
Primeiro grande hit de 2023, The Last of Us começou no domingo passado (15) já fazendo história na HBO. A adaptação do game de 2013 se tornou a segunda maior estreia do canal premium desde 2010. O retorno positivo apenas reforça a confiança que o criador Craig Mazin tem no trabalho feito pela equipe da atração.
Vencedor do Emmy por Chernobyl (2019), Mazin desenvolveu a série ao lado de Neil Druckmann, criador do jogo original. Após uma tentativa fracassada de levar a trama para os cinemas, a dupla conseguiu fazer com que The Last of Us conquistasse o mundo pela TV.
A vontade de Mazin em adaptar a história veio após jogar o game original pela primeira vez. Em bate-papo com jornalistas do qual a Tangerina participou, o criador confessou que ficou nervoso ao se encontrar com Druckmann pela primeira vez, mas que acredita no resultado final que a dupla conseguiu desenvolver para a série da HBO.
Pedro Pascal e Anna Torv
Divulgação/HBO
“Eu estava nervoso em conhecê-lo. Desde quando joguei o jogo em 2013, estava muito animado em conhecê-lo e dizer o que o jogo significou para mim. Eu meio que fiquei muito nervoso, mas foi uma linda parceria”, descreveu o produtor e showrunner.
Segundo o chefão, The Last of Us e Chernobyl, mesmo tratando de temas diferentes, compartilham de muitas semelhanças. Embora a primeira fale sobre um apocalipse zumbi e a segunda explore a história real sobre o acidente nuclear que quase dizimou a Europa, ambas lidam com uma situação dramática comum: a morte.
“No caso da minha outra série, Chernobyl era um drama histórico e sobre pessoas reais, mas as duas séries são sobre como as pessoas lidam com situações dramáticas e mortais. Em The Last of Us, tudo pode matar, não importa se são zumbis ou humanos. Ninguém pode fazer melhor do que nós fizemos. E tentaremos fazer melhor se a série continuar. Mas acreditamos que nós fizemos tudo muito bem”, completou.
Pedro Pascal em cena de The Last of Us
Divulgação/HBO
Com tantas dificuldades para levar a franquia para outras mídias, Neil Druckmann poderia ter desistido da adaptação e focado no desenvolvimento de The Last of Us apenas nos games –o jogo de 2013 ganhou uma continuação oficial em 2020, com o lançamento de The Last of Us: Parte 2. No entanto, o produtor justificou a insistência no poder da narrativa e trama envolvendo os protagonistas Joel e Ellie, vividos na série por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
“Algumas pessoas não jogam jogos de videogame, então não conhecem a história. Acho que o que nós criamos transcende isso. Minha esperança é que as pessoas sejam impactadas pela história [da série] e se surpreendam com o que nós fizemos. Tentaram fazer um filme, mas era muita história pra apenas duas horas. A série foi feita por fãs e para fãs. Eles sempre nos corrigiram. Então, eu falei com Craig e senti que o amor dele pelos personagens é material. Era muito real. Então, ele disse: ‘E se nós fizéssemos uma série pra HBO?'”, acrescentou.
Inspirada em um jogo de PlayStation criado por Neil Druckmann, The Last of Us se passa 20 anos após a civilização moderna ter sido destruída. Joel (Pedro Padcal), um sobrevivente endurecido, é contratado para contrabandear Ellie (Bella Ramsey), uma garota de 14 anos, para fora de uma zona de quarentena opressiva. O que começa como um pequeno trabalho logo se torna uma jornada brutal, pois ambos devem atravessar os Estados Unidos e depender um do outro para sobreviver.
A HBO exibe um novo episódio de The Last of Us sempre aos domingos, às 23h. Assista ao trailer oficial abaixo:
The Last of Us - 1ª temporada
Trailer legendado
André Zuliani
Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.
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