Daisy Jones & The Six introduz rock dos anos 1970 à geração TikTok

Daisy Jones & The Six, aguardada adaptação do best-seller de Taylor Jenkins Reid, finalmente chegou ao Prime Video. A história, que segue a trajetória de uma banda fictícia que fez sucesso na década de 1970, é uma forma certeira de introduzir a geração TikTok à lendária cena de “sexo, drogas e rock ‘n’ roll” e à música setentista que ainda inspira muitos artistas. 

Apesar de a produção ter algumas mudanças do livro, a adaptação acertou em cheio no tom. Enquanto outras adaptações de obras conhecidas têm gerado frustrações nos fãs, Daisy Jones & The Six expande o cenário retratado por Taylor, envolve o público com a história da vida e carreira dos personagens e ainda dá um gostinho de quero mais ao final de cada episódio.

O romance acompanha a ascensão e queda de Daisy Jones & The Six, banda fictícia criada pela autora que aparentemente tem uma leve inspiração na história de Fleetwood Mac. Assim como no livro, a história é contada em formato de documentário, com depoimentos dos membros 20 anos depois do fim da banda, mas mescla com flashbacks da história que vão costurando uma narrativa fluida e leve. 

Os primeiros episódios são dedicados a apresentar os personagens, então não carregam um tom de emoção tão forte. Porém, à medida que a história se desenvolve, assim como os conflitos, Daisy Jones & The Six ganha ritmo e força, e desperta sensações como se a banda realmente tivesse existido. 

Para fechar um ciclo que, em alguns momentos, fica aberto no livro, alguns mistérios foram solucionados e até personagens de apoio acabaram ganhando sua própria narrativa. Por isso, a minissérie às vezes parece um material complementar à obra de Taylor Jenkins Reid, e ainda faz jus ao best-seller que conquistou milhares de fãs. 

A adaptação traz as músicas à vida, por mais que algumas das letras tenham sido alteradas, e acaba realmente sendo uma oportunidade de um mergulho mais profundo no que o livro oferece. Entre lágrimas e risos, Daisy Jones & The Six é uma delícia de assistir, e acaba gerando expectativas e tornando-se a régua para outras adaptações literárias que surgirão depois de sua estreia. 

Neta de Elvis Presley (1935-1977), Riley Keough encarna o espírito de rockstar problemática, enquanto Sam Claflin se mostrou perfeito para o papel de Billy Dunne. A química dos dois, em união ao roteiro tão bem adaptado e explorado e à performance de todo o restante do elenco, fazem da minissérie uma joia rara.