FILMES E SÉRIES

Henrique Zaga e Giulia Be em Depois do Universo

Nat Odenbreit/Netflix

CRÍTICA

Depois do Universo: Com abordagem sensível, filme é clichê necessário

Primeiro longa de Giulia Be como atriz estreou nesta quinta-feira (27) na Netflix; leia a crítica da Tangerina para o romance

Giulianna Muneratto

Nesta quinta-feira (27), a Netflix lançou o filme Depois do Universo. Estreia de Giulia Be como atriz e dirigido por Diego Freitas, o longa, a princípio, remete aos mais melancólicos livros de John Green, mas foi totalmente criado a partir de um olhar sensível, acolhedor, e tem a fórmula perfeita para bombar no streaming.

A trama acompanha Nina (Giulia Be), uma pianista talentosa, cujo maior sonho é tocar na Orquestra Sinfônica de São Paulo. Ainda criança, porém, ela descobre que precisará lidar pelo resto da vida com o lúpus, uma doença autoimune que ataca suas juntas e rins. 

A jovem se surpreende ao trombar –literalmente– com Gabriel (Henrique Zaga), um médico residente que trabalha no hospital onde ela precisará passar dia sim, dia não fazendo hemodiálise, um procedimento bastante demorado e cansativo, que acaba tirando dela o tempo para focar em seus sonhos. 

O romance tem tudo para virar o novo filme favorito dos adolescentes do mundo inteiro. Além de tratar com bastante sensibilidade a temática do lúpus e representar a hemodiálise como uma parceira no tratamento, em vez de um verdadeiro bicho de sete cabeças, o longa ainda leva ao espectador reflexões necessárias. 

Depois de um período de pandemia tão intenso, assistir a Depois do Universo acaba sendo um alento ao coração. Com uma mensagem de esperança e positividade, é o tipo de filme que te leva para passear em uma verdadeira montanha-russa de emoções e, no final, te faz querer assistir mais e mais vezes.

Giulia Be e Henrique Zaga em Depois do Universo

Nina (Giulia Be) e Gabriel (Henrique Zaga) em cena de Depois do Universo

Divulgação/Netflix

Apesar de clichê e previsível em muitos momentos, a leveza com que os temas mais pesados são tratados surpreende. A química de Nina e Gabriel é de arrancar suspiros e, se o filme for parar no top 10 do Brasil e de outros países, como foi o caso de Esposa de Aluguel (2022), Henrique Zaga tem tudo para se tornar o Noah Centineo brasileiro.

Giulia Be fez um movimento arriscado ao iniciar sua carreira como atriz logo em um dos principais streamings do mundo. Mas sua performance como Nina pareceu o encaixe perfeito para o primeiro papel: musicista, criativa e dramática, ela transita bem entre as nuances exigidas para a personagem e faz de Depois do Universo uma estreia de sucesso.

Vale, também, o destaque para Leo Bahia e Mateus Ribeiro, que interpretam Yuri e Túlio na trama e dão à narrativa o toque necessário de alívio cômico. 

Em âmbito pessoal, facilmente haverá pelo menos uma parte da história para gerar identificação. Tocante, Diego Freitas usou e abusou da fórmula do romance clichê adolescente, deu ao filme até sua música-tema, e certamente vai alcançar o público que ele espera que alcance (e, muito provavelmente, até além!). 

Capa de Depois do Universo

Depois do Universo

Romance/Drama
14

Direção

Diego Freitas

Produção

Camisa Listrada

Onde assistir

Netflix

Elenco

Giulia Be
Henrique Zaga
João Miguel
Leo Bahia
Mateus Ribeiro
Viviane Araújo
Othon Bastos
Adriana Lessa
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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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