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Cillian Murphy

Divulgação/BBC

HISTÓRIA CONTINUA

Fim de Peaky Blinders? O que esperar do filme após a sexta temporada

Longa que dá sequência à franquia ainda não tem previsão de estreia

André Zuliani

A sexta e última temporada de Peaky Blinders (2013-2022) entrou no catálogo da Netflix nesta sexta-feira (10), mas não marca o fim definitivo da história da família Shelby. Um filme —anunciado em janeiro de 2021— dará sequência aos eventos da série e, conforme informado pelo próprio criador Steven Knight, marcará o início de uma nova fase da franquia.

Com um longa-metragem à vista, o sexto ano da série serviu para encerrar alguns arcos da história dos Peaky Blinders e preparou o terreno para novos conflitos. Enquanto muitos dos personagens principais devem dar as caras no filme, outros se despediram da franquia durante a sufocante e excelente última temporada.

[Cuidado: spoilers do fim de Peaky Blinders abaixo]

O filme de Peaky Blinders ainda não tem previsão de lançamento. Nem Cillian Murphy, principal astro da série, tem ideia de como será a história. A única certeza que os fãs da franquia podem ter é de que, segundo o próprio ator, Tommy Shelby estará de volta para mais um –e quem sabe o último– capítulo.

Abaixo, a Tangerina lista o que os fãs podem esperar do filme com base nos acontecimentos da sexta temporada de Peaky Blinders:

Volta de Tommy

A primeira e, talvez, mais óbvia sugestão é a de que Tommy Shelby (Murphy) retornará do seu autoimposto exílio para se vingar daqueles que o fizeram acreditar que estava com uma doença mortal. Em uma das cenas finais da série, no momento em que se dá conta de que o médico que lhe diagnosticou com tuberculoma era aliado dos nazistas, o líder dos Peaky Blinders observa uma foto do casamento de Oswald Mosley (Sam Claflin) e Diana Mitford (Amber Anderson).

Como a dupla de vilões permaneceu viva e em alta na trama da série, é possível que o filme mostre Shelby se reunindo com o restante dos Peaky Blinders para defender Small Heath –e a Inglaterra– da ascensão fascista. Apesar de usar figuras históricas da vida real em vários momentos, a série sempre tomou liberdades criativas para adaptá-las à trama. Isso significa que, mesmo que Mosley e Diana tenham vivido vários anos após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), eles ainda podem ter um fim diferente no longa.

A vingança de Gina

Como previsto por Polly Gray (Helen McCrory) no fim do quinto ano, a sexta temporada mostrou a guerra entre Tommy Shelby e Michael Gray (Finn Cole). O fim do conflito familiar se deu com a vitória do líder dos Peaky Blinders, que deu um tiro na cabeça do primo após escapar de mais uma tentativa de assassinato.

A série não mostra a repercussão da derrota de Michael em seu território. Gina (Anya Taylor-Joy) ficou em Boston (EUA) ao lado de seu tio, Jack Nelson (James Frecheville), na esperança de que seu marido vencesse Tommy de uma vez por todas, mas o plano falhou. Com a chegada da notícia da morte de Michael, ela poderia pedir o apoio de Jack Nelson para buscar (mais uma) vingança contra os Peaky Blinders.

Sophie Rundle

Sophie Rundle como Ada Thorne na sexta temporada

Divulgação/BBC

Ada no poder

Ada Thorne (Sophie Rundle) sempre teve a mesma personalidade de Tommy, mas nunca quis se envolver nos negócios sujos do irmão. No entanto, a doença de Ruby (Orla McDonagh) fez com que o líder da família pedisse à irmã que o substituísse em encontros importantes para que ele cuidasse da filha.

No último episódio, ao se despedir da gangue para partir em seu exílio, Tommy diz a Ada que ela sempre teve muito mais o perfil de representar a família e se tornar política do que ele. A caçula dos Shelby recebe com felicidade o elogio, o que sugere que ela pode ter um papel muito mais importante dentro dos Peaky Blinders e da Shelby Corporation na ausência do irmão.

A ascensão de Duke

Uma das principais surpresas da sexta temporada da série é a introdução de Duke Shelby (Conrad Khan), filho perdido de Tommy que nasceu enquanto o líder dos Peaky Blinders estava na França para lutar na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Tommy nunca soube da existência do garoto até Esme (Aimee-Ffion Edwards) lhe contar a verdade.

Ciente de que tem um filho primogênito, Tommy o acolhe e recruta para fazer parte da gangue. Corajoso, o rapaz logo mostra que herdou a imponência do pai e consegue conquistar a confiança de Arthur (Paul Anderson) e do tio Charlie (Ned Dehenny).

No fim da série, Duke assume o lugar que era de Finn (Harry Kirton), expulso da gangue por Tommy por entregar informações a um traidor e causar a morte de Polly. A breve ascensão do jovem sugere que ele pode ser o futuro dos Peaky Blinders, seja no filme ou em possíveis atrações derivadas.

Retaliação do IRA

Além da luta contra o nazismo de Oswald Mosley, um dos principais embates de Tommy na sexta temporada é contra o IRA (Exército Republicano Irlandês), organização rebelde responsável pelas mortes de Polly Gray e Aberama Gold (Aidan Gillen). Embora atue como aliado de seus integrantes durante toda a última leva de episódios, o líder dos Peaky Blinders usa seu ato derradeiro na gangue para vingar a morte da tia e assassinar alguns dos líderes do movimento.

Como na vida real o IRA permaneceu na ativa durante vários anos após a década de 1930, não se pode descartar a possibilidade de o longa mostrar uma possível retaliação da organização contra os Peaky Blinders. Quem sabe, talvez, uma tentativa de assassinato contra membros da gangue seja o estopim necessário para Tommy sair do seu exílio e voltar à ativa?

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QUEM FEZ

André Zuliani

Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.

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