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Paddy Considine

Divulgação/HBO

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

House of the Dragon ‘resgata’ os melhores momentos de Game of Thrones

Primeiro spin-off da franquia estreia neste domingo (21) com início promissor

André Zuliani

Pouquíssimas séries estreiam com o peso e a responsabilidade que House of the Dragon carrega. Primeiro spin-off de Game of Thrones (2011-2019), a atração chega ao duo HBO/HBO Max neste domingo (21) sob os olhares ansiosos dos fãs que ficaram órfãos das histórias inspiradas nos livros escritos por George R. R. Martin desde o fim da atração original, há três anos. Felizmente, o resultado é capaz de estampar um sorriso no rosto do público.

Desde a sua primeira cena, House of the Dragon faz questão de exibir quais são os laços que unem o spin-off à série original. Situada 200 anos antes de Game of Thrones, a atração é centrada nos antepassados de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), quando Porto Real e os Sete Reinos ainda eram comandados pelo clã de dominadores de dragões.

O “dono” do trono de ferro é o rei Viserys I Targaryen (Paddy Considine), escolhido para liderar o reino no lugar de sua prima, Rhaenys (Eve Best). Respeitado pela população, o monarca sonha em ter um filho homem para que a sua dinastia permaneça intacta.

Com a rainha grávida, Viserys tem a certeza de que a criança será um homem. Afinal, o nascimento de um filho evitaria que ele precisasse escolher entre seu irmão, Daemon (Matt Smith), e sua filha, Rhaenyra (Milly Alcock, na versão adolescente). O problema é que Daemon, implacável e ambicioso, se vê como a única opção possível para assumir o trono.

Emma D'Arcy e Matt Smith em cena da série House of Dragons

Emma D'Arcy e Matt Smith

Divulgação/HBO

Quando a rainha de Viserys tem problemas no parto e morre junto com o tão esperado herdeiro, a escolha pelo seu sucessor torna-se o principal assunto nos corredores da Fortaleza Vermelha. Otto Hightower (Rhys Ifans), Mão do Rei e velho amigo do monarca, detesta Daemon e sabe que ele seria a pior opção para comandar Westeros. Tem início, então, a boa e velha guerra pelo trono.

Para o deleite dos fãs, o primeiro episódio de House of the Dragon resgata muito do que fez de Game of Thrones um sucesso mundial. A série injeta sexo, mortes impactantes e intrigas familiares com o mesmo espírito de sua antecessora, tornando todos estes elementos parte do cerne da franquia.

Assim como na primeira temporada da série mãe, o spin-off sugere que os personagens vão encarar desafios semelhantes aos enfrentados pelos Starks, Lannisters e Targaryens da atração original. E o melhor: muitos, muitos dragões.

Em Westeros praticamente não há bonzinhos. Cada peça no tabuleiro de House of the Dragon carrega consigo uma ambição, seja ela por motivos benevolentes ou simplesmente egoístas. Até mesmo Otto, que aparenta ser a voz consciente do conselho do rei, revela ter planos obscuros para o trono de ferro que envolvem sua bela filha, Alicent Hightower (Olivia Cooke).

Olivia Cooke

Olivia Cooke é Alicent Hightower

Divulgação/HBO

Ao final do piloto, a sensação é de que o público está assistindo a um dos melhores episódios de Game of Thrones em seus tempos áureos –bem longe das críticas que se tornaram comuns em suas últimas temporadas. Alianças são quebradas para outras surgirem; incontáveis intrigas políticas dominam os corredores da Fortaleza Vermelha; sexo, nudez, diálogos em Alto Valiriano e, mais uma vez, dragões enormes sobrevoando Porto Real.

Com início promissor, House of the Dragon mostra que os criadores Ryan J. Condal e George R. R. Martin sabem que não há motivo para alterar a fórmula do que deu (muito) certo durante quase uma década. Fãs da franquia, coloquem as pipocas no micro-ondas e chamem os amigos. Game of Thrones está de volta!

A HBO exibe a estreia de House of the Dragon neste domingo, às 22h. O primeiro episódio também ficará disponível no catálogo da HBO Max.

Matt Smith na série House of the Dragon, variação de Game of Thrones

House of the Dragon - 1ª temporada

Trailer legendado

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QUEM FEZ

André Zuliani

Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.

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