(Foto: Divulgação/Warner Bros.)
Essa abordagem pode incluir heróis como Batgirl, Asa Noturna e Capuz Vermelho, aproximando o personagem do núcleo emocional dos quadrinhos
James Gunn sabe que colocar Batman novamente nos cinemas pode ser um risco. O personagem é o herói mais popular da DC, mas também o mais explorado em filmes, séries, jogos e quadrinhos, o que faz com que novas versões corram o perigo de parecer repetitivas. Em entrevista para a Rolling Stone, o diretor e chefe do estúdio afirmou que entende o desafio e já pensa em caminhos para que o Batman do DCU não cause fadiga no público.
Para Gunn, o excesso de histórias sobre o Cavaleiro das Trevas não significa que o personagem perdeu força, mas sim que é preciso repensar sua abordagem. Ele reconhece que grande parte do catálogo da DC nas últimas três décadas girou em torno de Batman e que sua popularidade pode, paradoxalmente, torná-lo menos especial se tratado apenas como produto.
O cineasta afirma que o herói precisa ter um propósito real dentro do novo universo compartilhado. Ele descarta a ideia de criar um longa apenas porque “é Batman”, e reforça que a nova versão não será humorística, nem uma cópia da abordagem de Matt Reeves com Robert Pattinson, que continuará em um universo separado. O filme mais recente do personagem, inclusive, está disponível na HBO Max.
Gunn também revelou que já encontrou “uma forma de entrada” para apresentar o personagem da maneira que deseja. A ideia ainda está sendo desenvolvida com roteiristas, mas sua visão parte de construir uma narrativa emocional, alinhada com a forma como ele desenvolveu relacionamentos e longas jornadas pessoais em projetos como Guardiões da Galáxia e Pacificador.
Robert Pattinson em cena de The Batman (2022)
(Foto: Divulgação/Warner Bros.)
Outro ponto chave é expandir o papel de Batman como figura paterna e líder, e não apenas como vigilante solitário. Brave and the Bold deve introduzir Damian Wayne como Robin, abrindo caminho para uma presença mais ampla da Bat-Família em live-action, algo raramente explorado no cinema.
Essa abordagem pode incluir heróis como Batgirl, Asa Noturna, Capuz Vermelho e Tim Drake, aproximando o personagem do núcleo emocional e disfuncional que movimenta tantas histórias clássicas nos quadrinhos. Além disso, ajuda a integrar Gotham a um universo maior repleto de super-humanos e equipes ativas, algo que o DCU pretende consolidar como identidade.
Brave and the Bold ainda não tem data exata, mas é esperado para 2028 e deve representar a chegada definitiva do novo Batman ao cinema dentro do DCU. Se depender da visão de Gunn, o herói pode voltar às telonas com algo realmente novo, e não apenas mais uma reinvenção sem propósito.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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