Divulgação/Warner Bros.
Estrada da Fúria (2015), de George Miller, provou o poder das cenas de ação bem executadas
Mad Max: Estrada da Fúria completa 10 anos nesta quinta-feira (15). Lançado em 2015, o filme dirigido por George Miller redefiniu o conceito de espetáculo cinematográfico, com cenas de ação impactantes, visuais impressionantes e uma narrativa eletrizante. A produção foi um marco por sua execução prática, utilizando efeitos práticos, dublês e cenários reais que criaram uma experiência visceral e inesquecível para o público.
Nos últimos anos, poucas produções conseguiram alcançar o mesmo nível de imersão e intensidade visual. A franquia Duna, de Denis Villeneuve, trouxe de volta um pouco desse impacto com suas paisagens deslumbrantes e batalhas épicas. No entanto, o cinema ainda carece de filmes que ofereçam a mesma grandiosidade e cuidado técnico que Mad Max apresentou.
A ausência de obras grandiosas tem sido sentida em uma era dominada por franquias baseadas em efeitos digitais e universos compartilhados. Enquanto os estúdios apostam em continuações e remakes, a ousadia e a ambição vistas no reboot de Mad Max parecem estar cada vez mais raras.
Além da qualidade técnica, o longa-metragem também se destacou por apresentar personagens fortes, como a de Charlize Theron. Ela tornou um ícone feminista no cinema de ação. Apesar do prelúdio focado na protagonista, intitulado Furiosa: Uma Saga Mad Max (2024), a espera por produções tão memoráveis quanto Estrada da Fúria continua.
O impacto de Mad Max não se resume apenas à ação desenfreada. A estética pós-apocalíptica e o design de produção visionário influenciaram toda uma geração de cineastas. Mas, uma década depois, a sensação é de que Hollywood ainda não conseguiu repetir a fórmula de sucesso que George Miller criou.
Com o público cada vez mais exigente e saturado por produções previsíveis, Mad Max permanece como um lembrete do poder do cinema em seu estado mais puro. A ação fala mais alto do que os efeitos digitais e a grandiosidade está nos detalhes e na execução impecável.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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