Divulgação/Sony Pictures
O novo filme da Sony Pictures não sabe usar suas principais qualidades para entreter e cativar os fãs de super-heróis
Madame Teia estreia oficialmente nos cinemas nesta quinta-feira (15). O novo filme da Sony Pictures tentou expandir seu Aranhaverso com um elenco cheio de estrelas. Dakota Johnson, Sydney Sweeney, Emma Roberts e Adam Scott tiveram seu talento desperdiçado em uma trama nada empolgante nem relevante. O orçamento de US$ 80 milhões (R$ 396 milhões) também não conseguiu impedir o fracasso dessa história.
Na trama, Cassandra Webb (Dakota Johnson) trabalha como paramédica em Nova York. Depois de cair no rio em um acidente, a protagonista do novo filme da Sony consegue desbloquear poderes de clarividência. Apesar de ter nascido com essa distinção, a personagem desenvolve a habilidade de ver o futuro quando quase morreu afogada.
Após ter várias visões sobre sua rotina, Cassandra vê três jovens em perigo. A personagem de Dakota Johnson decide, então, protegê-las com sua vida. Mas, para deixar tudo ainda mais confuso, o vilão que quer acabar com as adolescentes está diretamente conectado com o passado da protagonista de Madame Teia.
Ezekiel Sims (Tahar Rahim) trabalhava com Constance (Kerry Bishé), a mãe de Cassandra. A dupla dedicou seu tempo na Amazônia para achar uma espécie de aranha muito especial. A cientista queria usar as propriedades para curar doenças, enquanto o vilão tinha como sua principal intenção ganhar poderes.
Celeste O'Connor, Dakota Johnson, Isabela Meced e Sydney Sweeney em cena de Madame Teia
Divulgação/Sony Pictures
Assim como Venom (2018) e Morbius (2022), Madame Teia sofre com a incompetência da Sony. Em busca de capitalizar o bom momento dos super-heróis, a gigante de Hollywood decidiu exercer seu direito e criou um universo com os personagens do Homem-Aranha, mas sem Peter Parker (Tom Holland). O estúdio parece se preocupar mais com os lucros dos filmes do que com a qualidade de suas histórias.
Apesar de serem personagens interessantes, a Sony foca nas histórias de origem de cada herói e vilão. O resultado? Tramas fracas, nada empolgantes e bem previsíveis. O estúdio tenta criar seu próprio Aranhaverso, mas não consegue cativar o público para deixá-los animados com os próximos filmes. Inclusive, a cada produção neste mundo cinematográfico, a empolgação vai sumindo.
Madame Teia também segue outro padrão da Sony: ótimos atores em papéis com pouca profundidade. Tom Hardy sofre esse problema na franquia Venom e Jared Leto enfrentou a mesma adversidade em Morbius. Aaron Taylor-Johnson deve ser o próximo, já que Kraven, o Caçador estreia em 29 de agosto nos cinemas.
Dirigido por S.J. Clarkson, Madame Teia também desperdiçou talentos jovens. Sydney Sweeney e Isabela Merced são duas das principais atrizes mais novas em Hollywood. A atriz de Euphoria ganhou espaço na indústria, como visto em Todos Menos Você. No entanto, sua colega está ainda mais em alta. A cantora norte-americana está confirmada em Superman: Legacy, Alien: Romulus e The Last of Us.
Madame Teia tinha potencial, especialmente pela qualidade de elenco. No entanto, a Sony entregou nada mais do que um filme esquecível ao público. Assista abaixo ao trailer na íntegra:
Trailer de Madame Teia
Dakota Johnson no novo filme da Sony
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
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