Divulgação/Paris Filmes
A trama brasileira fica no convencional para entregar mais uma comédia batida
Minha Irmã e Eu, que estreia nesta quinta-feira (28), é mais uma comédia clichê do cinema nacional. A trama usa princípios batidos do humor para arrastar sua história. Inclusive, nem as melhores piadas de Tatá Werneck conseguiram salvar o mais novo filme brasileiro. A química entre a comediante e Ingrid Guimarães funcionou –mas só até certo ponto.
Na trama, Mirian (Ingrid Guimarães) e Mirelly (Tatá Werneck) são duas irmãs de Rio Verde. A dupla teve destinos bem diferentes. Enquanto a irmã mais velha vive em função da família em sua cidade natal, a caçula partiu rumo ao Rio de Janeiro para fazer sua vida. Mas, no final das contas, as duas estão infelizes.
A personagem de Ingrid Guimarães está toda hora à disposição do seu marido folgado, Jayme (Márcio Vito). Já Mirelly vive uma vida falsa na cidade carioca. Ela finge ser famosa e ter amigos celebridades, como a cantora Iza. E, na verdade, a protagonista está sozinha e deprimida.
A personagem de Tatá Werneck retorna a Rio Verde para comemorar o aniversário da mãe. Em uma discussão agitada, as irmãs magoaram Dona Márcia (Arlete Salles). A matriarca abandonou sua própria festa e decidiu fugir sem deixar nenhum recado. Sendo assim, Mirian e Mirelly precisam embarcar em uma jornada para achar a parente e desculpar-se.
A premissa, apesar de ser interessante, já está batida na indústria cinematográfica. A caracterização das personagens também não ajudaram o filme no quesito clichê. Mirian não tinha um aspecto genuíno, o que é necessário para esse tipo de comédia. A protagonista parecia ter sido transportada de uma novela da Globo.
Minha Irmã e Eu também erra na construção da história. Em uma jornada pelo Brasil, Mirian e Mirelly encontram diversos personagens. No entanto, nenhum é memorável. Os coadjuvantes ficam nas sombras de Ingrid e Tatá, e não têm espaço para brilhar. Eles servem apenas para avançar a trama e, com sorte, tentar arrancar alguns risos do público.
O único ponto positivo do filme nacional é Tatá. As piadas da atriz mostram quão bom é seu timing cômico, mas que fica destoante em uma trama como essa. Minha Irmã e Eu usa referências atuais da cultura pop para ter seus momentos mais engraçados. Se a história saísse dos clichês e apostasse nessa fórmula, o resultado seria completamente diferente.
As piadas sobre a cultura contemporânea também estavam atreladas a aparições especiais. A presença de Iza e Lázaro Ramos trouxe um realismo necessário para o filme. O ator estrelou um dos momentos mais engraçados de Minha Irmã e Eu –e sobrou até para Taís Araújo, acredita?
Dirigido por Susana Garcia, o novo filme nacional também conta com Antônio Pedro, Jaffar Bambirra, Nina Baiocchi, George Sauma, Chitãozinho e Xororó no elenco. Assista abaixo ao trailer de Minha Irmã e Eu:
Trailer de Minha Irmã e Eu
Iza e Tatá Werneck na nova comédia nacional
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
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