Nepobaby do bem: Entenda o caso mais recente na indústria dos cinemas

Daniel Day-Lewis surpreendeu o mundo ao anunciar seu retorno ao cinema após oito anos de aposentadoria. O ator, considerado um dos maiores da história, volta às telas em Anemone, longa dirigido e co-escrito por seu filho, Ronan Day-Lewis. O caso pode ser considerado como “nepobaby do bem”, já que a parceria familiar resgatou um ícone da indústria que parecia ter encerrado sua trajetória em 2017, com Trama Fantasma.

No filme, Daniel interpreta um ermitão que reencontra por acaso o irmão de meia-idade, vivido por Sean Bean. O drama familiar é descrito como uma investigação sobre vidas marcadas por legados de violência política e pessoal. A trama promete explorar décadas de feridas abertas, em uma narrativa densa e intimista.

O elenco ainda conta com a presença da indicada ao Oscar Samantha Morton, além de Samuel Bottomley e Safia Oakley-Green. A reunião de atores experientes e jovens promessas reforça o peso dramático do projeto, que já nasce como um dos mais aguardados do ano.

Anemone terá sua estreia mundial no Festival de Cinema de Nova York, em 26 de setembro. O evento tem um simbolismo especial para Daniel, já que foi palco da exibição de Lincoln em 2012, papel que lhe rendeu seu terceiro Oscar. O festival, portanto, marca não apenas o retorno do ator, mas também uma espécie de reencontro com sua própria história.

Depois da première, o longa chega em lançamento limitado nos cinemas dos Estados Unidos em 3 de outubro, expandindo para todo o país no dia 10 do mesmo mês. A estratégia é típica de produções que miram prêmios e reconhecimento da crítica.

Ronan pode ser chamado de ‘nepobaby do bem’

Daniel Day-Lewis, vencedor de três Oscars por Meu Pé Esquerdo (1989), Sangue Negro (2007) e Lincoln (2012), havia se aposentado oficialmente após Trama Fantasma. Sua volta, motivada pela colaboração com o filho, reacende a expectativa sobre sua intensidade e entrega em cena, marcas registradas de sua carreira.

Mais do que apenas mais um caso de nepotismo, Anemone pode representar uma passagem de bastão artística. A união de Daniel e Ronan transforma a narrativa em uma celebração familiar, onde o “nepobaby do bem” resgata uma lenda viva para um retorno que promete marcar o cinema em 2025.