(Foto: Divulgação/Twentieth Century Studios)
Os críticos passaram a enxergar a força temática do filme, e o público jovem abraçou a estética e as mensagens da obra
Garota Infernal completa 16 anos nesta quinta-feira (18). Lançado em 2009, o terror estrelado por Megan Fox e Amanda Seyfried foi recebido com frieza pelo público e pela crítica, que não compraram a mistura de humor ácido com horror adolescente. O longa acabou sendo um fracasso comercial na época, mas com o passar dos anos ganhou uma nova vida.
A produção dirigida por Karyn Kusama se tornou referência nas redes sociais e foi resgatada como um dos filmes mais “injustiçados” de sua geração. Parte dessa virada se deve ao fato de que a trama aborda temas que estavam à frente do seu tempo, como a objetificação feminina e a amizade entre garotas em meio a um cenário de terror masculino.
Na história, Jennifer (Megan Fox), a líder de torcida mais popular da escola, é possuída por um demônio e passa a devorar garotos como forma de saciar sua fome sobrenatural. Sua melhor amiga, Needy (Amanda Seyfried), percebe o que está acontecendo e precisa confrontar tanto a criatura quanto a complexa relação que tem com Jennifer.
O roteiro foi escrito por Diablo Cody, vencedora do Oscar por Juno, e trouxe diálogos cheios de ironia e referências culturais. O problema é que, em 2009, o estúdio vendeu o filme apenas como um “terror sexy com Megan Fox”, ignorando a sátira feminista que estava no centro da narrativa. Isso contribuiu para o fracasso inicial.
Com o tempo, no entanto, a visão mudou. Críticos passaram a enxergar a força temática do filme, e o público jovem abraçou a estética e as mensagens da obra. Hoje, Garota Infernal é presença constante em debates sobre feminismo no cinema e também no Disney+, onde viraliza com frequência.
Mais do que marcar um papel icônico na carreira de Megan Fox, o filme é lembrado como um exemplo de produção subestimada que encontrou reconhecimento anos depois.
Ao completar 16 anos, Garota Infernal deixa de ser apenas um terror adolescente e se firma como um verdadeiro cult absoluto — celebrado por uma nova geração que finalmente o entende.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
Ainda não tem uma conta?