Divulgação/Prime Video
Astro das franquias Rocky e Rambo, Sylvester Stallone finalmente ganhou um herói 'de verdade' para chamar de seu em Samaritano
Astro das franquias Rocky e Rambo, Sylvester Stallone finalmente ganhou um herói “de verdade” para chamar de seu. Em Samaritano, filme que estreia no Prime Video nesta sexta-feira (26), o astro de 76 anos interpreta um vigilante aposentado com superpoderes.
Os fãs de carteirinha do eterno Rocky Balboa podem argumentar que não é o primeiro personagem de “filme de boneco” que o ator interpreta. Afinal, Stallone faz parte tanto do Universo Marvel quando da DC após participar respectivamente de Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017) e O Esquadrão Suicida (2021). Mas é em Samaritano que ele rouba o protagonismo para si com um personagem “à la Superman”.
Na trama do longa, Stallone é Joe, homem idoso que trabalha no lixão da cidade recolhendo objetos recicláveis. Solitário, ele vive isolado em seu pequeno apartamento e quase não convive com outras pessoas. Ninguém sabe, no entanto, que ele guarda um importante segredo.
Há muitos anos, a cidade Granite era palco de uma guerra entre dois irmãos gêmeos superpoderosos: Samaritano e Nêmesis. Marcados por uma grande tragédia quando ainda eram pequenos, o primeiro escolheu lutar pela justiça, enquanto o segundo abraçou sua revolta contra a sociedade para implantar o caos entre a população.
Após uma grande batalha, os dois irmãos sumiram e deixaram um rastro de destruição. Dados como mortos, eles deixam a cidade à mercê de políticos corruptos e criminosos perigosos, que acabaram por dificultar a vida da população mais necessitada.
Javon Walton e Sylvester Stallone em Samaritano
Divulgação/Prime Video
Próximo ao apartamento de Joe vive o jovem Sam (Javon Walton), garoto de 13 anos que vive com a mãe, Tiffany (Dascha Polanco), uma enfermeira que luta para ganhar dinheiro e conseguir dar uma vida melhor para o filho. Astuto e cara de pau, Sam idolatra a imagem de Samaritano e acredita que um dia irá encontrá-lo.
Tudo muda para o garoto quando Joe o salva de apanhar de uma gangue. Apesar da idade, o veterano dá uma surra nos mais jovens com extrema facilidade. Neste momento, Sam percebe que o vizinho foi capaz de amassar uma faca apenas com as mãos, o que o faz achar que ele finalmente encontrou o herói caído que tanto procurava.
Apesar de ser divertidíssimo assistir a Stallone arremessar vilões de um lado para outro, Samaritano é um filme repleto de clichês. Dirigido pelo cineasta australiano Julius Avery, o longa não precisa avançar muito na trama para que o espectador entenda as pequenas nuances do roteiro e comece a decifrar as pequenas pistas sobre a identidade de Joe e qual será o clímax final.
Apesar de extremamente genérico, o longa agrada na evolução do relacionamento entre Joe e Sam. Stallone domina o seu papel de idoso rabugento que se torna cada vez mais amigável, enquanto Walton é o mais novo astro teen que consegue igualar a sua intensidade em cena tanto quanto o astro com qual contracena.
O próprio vilão vivido por Pilou Asbæk (Game of Thrones) traz conceitos interessantes além do simples malvadão que quer ver o caos. Desacreditado da sociedade, Cyrus enxerga Nêmesis como o verdadeiro herói que socava apenas os que mereciam, enquanto Samaritano, na sua visão, era incapaz de fazer o bem a qualquer custo. Entre outras palavras, para o antagonista e seus aliados, o grande salvador da cidade era um covarde.
Entre tropeços e acertos, Samaritano resgata paralelos que andam em alta em algumas produções de super-heróis. Os humanos são falhos e carregam coisas boas e ruins consigo; por mais rasa que seja a discussão, é ela que salva o longa de sucumbir aos próprios clichês. Caso isso não seja o bastante para chamar a atenção do espectador, resta apenas apostar no carisma de Stallone enquanto soca alguns bandidos –o puro suco do entretenimento para uma sexta à noite.
Samaritano
Trailer legendado
André Zuliani
Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.
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