Divulgação/Netflix
Depois de Elliot Page se assumir transgênero, o criador de The Umbrella Academy fez o mesmo com Viktor Hargreeves. Saiba como foi o processo
Dezoito meses depois de revelar ser transgênero, Elliot Page fez o mesmo na ficção. Na terceira temporada de The Umbrella Academy, lançada na quarta (22) pela Netflix, seu personagem assume a identidade de Viktor Hargreeves. Mas a transição do violinista não estava nos planos originais do criador Steve Blackman.
Na verdade, todos os roteiros estavam prontos quando o ator “saiu do armário”. E a equipe se preparava para começar a rodar os novos episódios em duas semanas. Blackman, então, decidiu trabalhar com Page para definir como incorporar a transição do intérprete no personagem, mesmo com o texto já pronto.
Os dois também contaram com a ajuda do escritor Thomas Page McBee, um homem trans. Com a ajuda de Page e McBee, o showrunner de The Umbrella Academy disse que aprendeu muito mais sobre como abordar a identidade de gênero de Viktor de maneira orgânica.
“Nós não queríamos que isso fosse a grande história da temporada. É uma das histórias, ou parte de uma história muito maior”, falou ele ao TVLine, ressaltando que as alterações foram feitas aos roteiros para mudar somente o necessário, justamente para que Viktor não ofuscasse os outros temas.
Blackman também falou que era importante que todos os integrantes da família Hargreeves aceitassem Viktor logo de cara, por mais que alguns levassem um tempo maior para se acostumar com a transição.
“Nós queríamos uma história que fosse pró-trans, autêntica, sensível, e que mostrasse que as famílias podem aceitar pessoas trans em suas vidas, que não precisa ser algo negativo, como a mídia costuma retratar. Isso era fundamental. Eu falei com Elliot e Thomas durante todo o processo e estou muito orgulhoso do que fizemos. Acho que saiu de uma maneira que todos nós gostamos.”
A terceira temporada de The Umbrella Academy já está disponível na Netflix.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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