Divulgação/Starzplay
Além de ter um enredo de suspense, Toda La Sangre retrata o lado podre da imprensa que quer vender jornais a qualquer custo
Estreia nesta quinta-feira (15), no Starzplay, a série Toda La Sangre. O thriller policial tem uma trama que segue assassinatos ritualísticos que acontecem pelo México, mas consegue ir além. Nos episódios, também é mostrado o lado podre e aproveitador da imprensa sensacionalista.
O protagonista Eugenio Casasola, interpretado por Aarón Diaz, é um jornalista apaixonado pela profissão, mas que acaba demitido e jogado em um tabloide que tem como objetivo vender a qualquer custo –seja em cima de mentiras ou mostrando mulheres nas capas como se fossem mercadoria.
Em conversa com a Tangerina, o ator reconhece que Casasola teve que se afastar de suas crenças momentaneamente, mas que ele ainda busca histórias reais para honrar sua profissão.
“Ele é muito apaixonado por seu trabalho, está seguindo a fundo uma história, e eles os demitem porque isso é old school. Como se ninguém mais estivesse seguindo uma história real hoje em dia. Tudo é superficial e, já que tudo está ali mesmo nas redes sociais e acontecendo muito rápido, o descartam”, explica Diaz.
“Ele é uma pessoa muito intensa, que ama o que faz e, quando é demitido e colocado neste jornal mais ‘inútil’, ele não quer estar lá. Porém, rapidamente ele encontra uma história que o interessa. E essa é a paixão dele –seguir uma história real e colocar algo de verdade nessas páginas.”
Casasola ficará lado a lado com a tenente Edith Mondragón (Ana Brenda Contreras) e a antropóloga Elisa Matos (Yoshira Escárraga) para decifrar assassinatos que têm chocado o país. Juntos, eles viajam pela Cidade do México perseguindo um assassino ritualístico cuja peculiaridade é recriar antigos sacrifícios astecas.
Diaz revela que sua maior semelhança com Casasola é buscar a verdade em todas as situações. “Eu realmente protejo minhas crenças, então sinto que me pareço muito nesse aspecto com meu personagem. Se ele sabe que algo está certo, ele vai fazer tudo por isso e protege isso”, confessa o ator.
Toda La Sangre foi criada pelo premiado Zasha Robles, vencedor do Emmy Internacional por seu trabalho em Falco. O showrunner acredita que a série tem todos os elementos para conquistar o público brasileiro.
“É uma série cheia de camadas, o mercado brasileiro gosta desse tipo de thriller mental, mas ao mesmo tempo é possível rir com a série. Em algumas cenas você relaxa, mas em outras você fica aterrorizado. Esse jogo entre frio e quente será ótimo para a audiência”, revela o showrunner no bate-papo com a Tangerina.
A atração é baseada nos livros de Bernardo Esquinca, que trabalhou diretamente com os roteiristas. Robles conta que trouxe para o Starzplay os aprendizados com a série premiada do Emmy, mas também teve novos desafios com Toda La Sangre.
“Cada produção é diferente, tem sempre coisas distintas que precisamos enfrentar. A série Falco foi bem estruturada, quase não tinha locações, mas Toda La Sangre foram 80 locações de gravação, com mais de 300 sets. Ficamos viajando de um lado para outro, tentando encontrar uma maneira de fazer uma ligação entre cada set para criarmos a história aterrorizante da série”, afirma.
A primeira temporada de Toda La Sangre estreia nesta quinta, 15 de setembro, exclusivamente no Starzplay.
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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