FILMES E SÉRIES

Bella Shepard, Tyler Lawrence Gray, Armani Jackson e Chloe Rose Robertson em Wolf Pack

Divulgação/Paramount+

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Wolf Pack: ‘Spin-off moral’ de Teen Wolf cresce com narrativa adulta

Nova série de lobisomens criada por Jeff Davis estreia nesta sexta-feira no Paramount+; elenco conta com Rodrigo Santoro e Sarah Michelle Gellar

Luciano Guaraldo

Depois de seis temporadas de Teen Wolf (2011-2017), o produtor Jeff Davis volta ao mundo dos lobisomens com a série Wolf Pack, que estreia nesta sexta-feira (27) no Paramount+. A nova atração não é exatamente um spin-off da trama de Scott McCall (Tyler Posey), mas pode ser considerada uma “descendente moral” das aventuras dos adolescentes em Beacon Hills –agora, com um viés mais adulto.

A história já se inicia com um grande incêndio florestal –um problema de verdade na Califórnia– que coloca jovens dentro de um ônibus escolar em risco. Na tentativa de buscar um lugar seguro, Everett Lang (Armani Jackson) acaba mordido por uma criatura misteriosa. A solitária Blake Navarro (Bella Shepard) passa pela mesma situação, e os dois se aproximam quando começam a sentir os efeitos do ataque animal –não será spoiler para ninguém revelar que os dois foram vítimas de um lobisomem e, em breve, poderão se transformar.

Além de mudanças físicas, como o desenvolvimento de músculos e até o fim da acne facial, os dois protagonistas passam a receber avisos de que estão em risco e a sentir que há uma força maior e sombria os observando e preparando um ataque. Quando os caminhos dos dois se cruzam com o dos irmãos Luna (Chloe Rose Robertson) e Harlan (Tyler Lawrence Gray), que também escondem segredos importantes, as respostas começam a vir à tona –juntamente com novas perguntas.

Luna e Harlan foram resgatados ainda pequenos pelo guarda-florestal Garrett Briggs (Rodrigo Santoro), que criou os dois como filhos e os ajudou a manter o fato de que também são lobisomens em segredo. E, para completar o time principal, surge a detetive Kristin Ramsey (Sarah Michelle Gellar, de Buffy), especialista em incêndios e que acredita que a queima florestal não foi um mero acidente. Mais do que isso, ela parece saber muito mais sobre os mistérios da cidade do que revela a princípio.

Sarah Michelle Gellar volta ao gênero de Buffy em Wolf Pack

Após vampiros, Sarah Michelle Gellar encara lobisomens em Wolf Pack

Divulgação/Paramount+

A Tangerina conferiu os dois primeiros episódios de Wolf Pack e pode adiantar que a trama é, pelo menos no início, mais adulta do que a apresentada em Teen Wolf. Apesar de os protagonistas estarem em idade escolar, seus conflitos não são aqueles típicos (e batidos) da adolescência nem bobinhos como encontrar um(a) namorado(a). Blake tem um irmão no espectro autista, Harlan é LGBTQIA+ e Everett luta para desafiar o rótulo do “pobre menino rico”.

A mitologia da série, pelo menos à primeira vista, também parece ser mais simples do que a da outra produção: há lobisomens e, por enquanto, apenas isso. Nada de demônios, kanimas, banshees, kitsunes ou afins. Se Jeff Davis resistir à tentação de colocar um toque sobrenatural em todos os seus personagens, pode construir uma história que vai prender o público de maneira natural. Muitas vezes, em séries do gênero, menos é mais.

Também há espaço para explorar mais os dois adultos do elenco. Rodrigo Santoro passa os dois episódios disponíveis para avaliação em meio ao incêndio florestal, sem nenhum contato com os outros personagens. Sarah Michelle Gellar até encontra os adolescentes, mas apenas para soltar frases de efeito e mostrar que sabe mais do que deixa transparecer. Fica a expectativa de que a história deles cresça a partir do terceiro capítulo.

Wolf Pack é uma produção original do Paramount+. O primeiro episódio foi disponibilizado nesta sexta-feira (27), e novos capítulos serão adicionados ao catálogo semanalmente. Fique de olho na Tangerina para saber tudo sobre a nova série!

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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