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Amber Heard e Johnny Depp durante depoimentos

Reprodução/YouTube

FIM DA NOVELA

Johnny Depp vai doar acordo com Amber Heard para a caridade

Atriz de Aquaman pagará US$ 1 milhão ao ex-marido, em vez dos US$ 10,3 milhões que tinha sido condenada a desembolsar em junho

Luciano Guaraldo

A novela jurídica mais movimentada de 2022 chegou ao fim nesta segunda-feira (19) fora dos tribunais. Amber Heard e Johnny Depp fizeram um acordo extrajudicial no qual ambos desistem de recorrer de decisões judiciais que favoreceram a outra parte. A atriz de Aquaman vai pagar US$ 1 milhão (R$ 5,3 milhões) ao ex-marido –que doará o dinheiro para diferentes instituições de caridade.

A doação foi confirmada pela equipe de Depp ao Deadline em uma nota oficial. “Estamos felizes de fechar formalmente a porta deste capítulo doloroso para o senhor Depp, que deixou claro ao longo de todo o processo que sua prioridade era trazer a verdade à tona. A decisão unânime do júri a favor do senhor Depp contra a senhorita Heard segue valendo. O pagamento de US$ 1 milhão –que o senhor Depp vai doar (mesmo) para a caridade– reforça que a senhorita Heard reconhece a conclusão da busca por justiça rigorosa do sistema legal.”

O comunicado ainda contém uma alfinetada a Amber Heard, que prometeu doar US$ 3,5 milhões (R$ 18,5 milhões) à caridade após o seu divórcio milionário de Depp. Ela chegou a afirmar sob juramento que teria dado a quantia, mas depois voltou atrás e reconheceu que não fez a boa ação porque estava sendo processada pelo ex-marido em US$ 50 milhões (R$ 264 milhões).

Em uma postagem em seu Instagram nesta segunda, Amber afirmou que havia topado um acordo extrajudicial com Johnny Depp porque perdeu toda a esperança na Justiça norte-americana. “Eu defendi a minha verdade e, ao fazer isso, tive minha vida destruída. Os ataques que sofri na rede social são uma versão amplificada das maneiras com que mulheres são vitimizadas quando denunciam seus agressores. Agora eu tenho a oportunidade de sair de algo do qual estou tentando me livrar há seis anos, em termos com os quais consigo concordar”, escreveu ela.

“Isso não é uma admissão. Isso não é um ato de concessão. Não há nenhuma restrição ou amarras para respeitar a minha voz daqui para a frente. Eu tomei essa decisão após perder a fé no sistema legal norte-americano, no qual meu depoimento serviu como entretenimento e munição para as redes sociais. Mas o tempo é precioso e eu quero passar o meu de maneira produtiva e com propósito”, continuou.

Em 1º de junho, o júri do caso decidiu a favor de Johnny Depp, confirmando que o ator tinha sido difamado por Amber Heard em um artigo publicado em 2018 no qual ela revelava ter sido vítima de violência doméstica. Ela foi condenada a pagar “apenas” US$ 10,3 milhões (R$ 54,5 milhões) dos US$ 50 milhões (R$ 265 milhões) solicitados como indenização.

Depp ainda teria de pagar US$ 2 milhões (R$ 10,6 milhões) para Amber em um contra-ataque movido pela equipe da atriz de Aquaman; ela também recebeu uma quantia muito abaixo da pedida, de US$ 100 milhões (R$ 530 milhões).

Inicialmente, o júri havia definido que ela deveria desembolsar US$ 15 milhões (R$ 79,5 milhões), sendo US$ 10 milhões (R$ 53 milhões) para compensação de danos e os outros US$ 5 milhões (R$ 26,5 milhões) como medida punitiva. A juíza Penney Azcarate, porém, prontamente baixou o valor punitivo para US$ 350 mil (R$ 1,8 milhão), teto máximo para indenizações do tipo no Estado da Virgínia, onde o julgamento ocorreu.

A própria advogada de Amber Heard, Elaine Bredehoft, admitiu em entrevista ao matinal Today, da rede NBC, que sua cliente não tinha esse dinheiro para pagar a indenização. “Não, não mesmo”, afirmou, sem rodeios.

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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