Scarlett Johansson desabafa sobre hipersexualização: ‘Objetificada’

Scarlett Johansson abriu o jogo sobre como a sexualização em Hollywood afetou sua carreira. A intérprete da Viúva Negra no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) revelou que se sentiu hipersexualizada desde muito jovem, e chegou a ter medo que sua carreira acabasse cedo por conta disso.

Em entrevista ao podcast Armchair Expert de Dax Shepard (ator de Chips: O Filme e Zathura: Uma Aventura Espacial), Scarlett comentou que acreditava que o foco que os produtores e o público davam a seu corpo a impediriam de diversificar seus personagens. 

“Eu meio que me tornei objetificada e rotulada dessa maneira, onde senti que não estava recebendo ofertas de trabalho para coisas que eu queria fazer”, confessou a atriz. “Lembro de pensar comigo mesma: ‘Acho que as pessoas pensam que tenho 40 anos’. De alguma forma, deixou de ser algo desejável e algo contra o qual eu estava lutando.”

Scarlett Johansson iniciou a carreira em Hollywood com apenas dez anos. Na adolescência, já fazia filmes mais dramáticos, com papéis de peso, como Lost in Translation (2003) e Moça com Brinco de Pérola (2003). 

“Eu acho que todo mundo pensava que eu era mais velha e que eu estava atuando há muito tempo, eu meio que fui rotulada nessa coisa estranha e hipersexualizada”, acrescentou. “Senti que [minha carreira] havia acabado. Era como: esse é o tipo de carreira que você tem, esses são os papéis que você desempenhou. E eu fiquei tipo, ‘é isso’?”

Para Scarlett, as jovens atrizes da nova geração, como Zendaya e Florence Pugh, não caem mais facilmente nesse tipo de rótulo. “Eu vejo atrizes mais jovens que estão na casa dos 20 anos, parece que elas podem ser todas essas coisas diferentes”, afirmou. “São outros tempos, também. Não temos mais permissão para classificar outros atores, felizmente, certo? As pessoas são muito mais dinâmicas.”