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Político teme que exceção para o grupo seja injusta com outros jovens sul-coreanos que precisam se alistar no exército de maneira obrigatória
Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Suh Wook deu um banho de água fria nos idols do BTS e no Army. Ele declarou que vai ser “difícil” estender uma maneira alternativa para que os cantores cumpram o serviço militar obrigatório do país. E citou “aspectos de justiça”.
No mês passado, o prefeito da cidade de Busan pediu diretamente ao presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que excluísse o BTS da obrigação de servir ao exército. A ideia era que os jovens fizessem a parte deles apoiando a candidatura de Busan para sediar a World Expo de 2030.
O prefeito Park Heong-joon disse ao presidente que “sem resolver a questão do serviço militar, a promoção ativa do BTS para a candidatura de Busan poderia ser impossível”. Ele disse ainda que o evento, que tem alcance global, é “de necessidade extrema” para a cidade.
No entanto, durante uma conferência da Assembleia Nacional Sul-Coreana, na última segunda-feira (19), o ministro da Defesa mostrou pessimismo diante da proposta. Ele teme que a exceção seja injusta com outros jovens do país que precisam cumprir obrigatoriamente o chamado do exército.
Segundo a lei sul-coreana, “todos os homens de nacionalidade coreana fisicamente aptos devem cumprir serviço ativo nas forças armadas durante 18 a 22 meses”. O sucesso do BTS tem causado diversas discussões sobre a definição. Em 2019, uma revisão da regra estabeleceu a possibilidade de cantores de k-pop reconhecidos globalmente adiarem o alistamento até os 30 anos, o que ficou conhecido como a “Lei do BTS“.
Kim Seok-jin, mais conhecido como Jin, completa 30 anos em 4 de dezembro, marcando o tempo limite para iniciar o serviço militar.
Em novembro de 2020, os integrantes do BTS disseram acreditar que “o dever militar é uma obrigação justa para todos os homens coreanos” e confirmaram que todos eles cumpririam o chamado se fossem solicitados a prestar o serviço.
Atualmente, os idols estão focando em suas respectivas carreiras solo, mas seguem cumprindo obrigações com o grupo.
Luccas Oliveira
Luccas Oliveira é editor de música na Tangerina e assina a coluna Na Grade, um guia sobre os principais shows e festivais que acontecem pelo país. Ex-jornal O Globo, fuçador do rock ao sertanejo e pai de gatos, trocou o Rio por São Paulo para curtir o fervo da noite paulistana.
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