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Roqueiro do supergrupo Crosby, Stills, Nash & Young havia anunciado sua aposentadoria das turnês porque tinha tendinite nas duas mãos
Morreu nesta quinta-feira (19), aos 81 anos, o roqueiro David Crosby. O integrante do supergrupo Crosby, Stills, Nash & Young havia anunciado em dezembro que pararia de fazer turnês porque a tendinite que desenvolveu nas duas mãos o impedia de tocar seu violão ao vivo. Apesar disso, ele não cogitava se aposentar. O motivo da morte não foi revelado.
“É com muita tristeza que anuncio que, depois de lutar muito tempo com uma doença, nosso amado David (Croz) Crosby morrey. Ele estava cercado de pessoas que o amava, como sua mulher e alma gêmea, Jan, e seu filho, Django”, disse a equipe do músico em nota à imprensa.
“Apesar de ele não estar mais entre nós, sua humanidade e sua alma gentil continuarão a nos guiar e a nos inspirar. Seu legado vai continuar vivo através de sua música lendária. [Desejamos] Paz, amor e harmonia a todos que conheceram David e a quem ele tocou. Sentiremos sua falta. No momento, pedimos respeitosamente e gentilmente por privacidade conforme passamos pelo período de luto e lidamos com nossa perda profunda.”
Antes de fazer parte do grupo Crosby, Stills, Nash & Young, David Crosby foi um dos fundadores do The Byrds, conjunto de rock norte-americano que emplacou hits como Mr. Tambourine Man (cover de Bob Dylan), Turn! Turn! Turn, Mr. Spaceman e Eight Miles High. Após sair da banda e se juntar Stephel Stills, Graham Nash e Neil Young, Crosby se apresentou no lendário festival de Woodstock, em 1969.
Em carreira solo, David Crosby gravou oito álbuns de estúdio –o mais recente deles, For Free, lançado em julho do ano passado. Curiosamente, ele fez um hiato de 18 anos entre seu primeiro disco, If I Could Only Remember My Name (1971), e o segundo, Oh Yes I Can (1989). Depois, foi bem mais prolífico e chegou a divulgar três discos completos em três anos consecutivos: Lighthouse (2016), Skytrails (2017) e Here if You Listen (2018) –o último em parceria com Michael League, Becca Stevens e Michelle Willis, que se apresentavam com ele em turnês como a Lighthouse Band.
Além de músico, David Crosby também era ator, principalmente nos anos 1990: ele participou das comédias The John Larroquette Show (1993-1996), Roseanne (1988-1997; 2018) e Ellen (1994-1998). No cinema, viveu um pirata em Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991) e como um hippie em Cortina de Fogo (1991).
A vida na estrada também levou o músico a enfrentar problemas com as drogas. Em 1985, ele passou nove meses na cadeia no Texas após ser condenado por crimes associados ao porte e ao uso de drogas –em especial cocaína e heroína. Ele também foi preso por dirigir embriagado, atropelar uma pessoa e por posse ilegal de uma pistola.
Ele também gerou controvérsia ao receber um transplante de fígado em 1994, financiado pelo amigo Phil Collins. A operação irritou parte do público porque David Crosby era famoso e tinha problemas muito divulgados de vício em álcool e drogas. Ele também tinha diabetes e problemas cardíacos.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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