Após 5 anos, Dua Lipa retorna ao Brasil com status de diva pop

Dua Lipa retornou ao Brasil depois de cinco anos. Considerando que três deles foram assolados por uma pandemia, a cantora teve um crescimento que poucos alcançaram com a carreira. O resultado ficou evidente no sucesso em sua estreia como headliner do último dia do Rock in Rio, realizado neste domingo (11).

A cantora britânica veio ao Brasil em 2017, como atração de abertura da banda Coldplay (agora, ela dividiu o line up com eles). Na época, ela já tinha lançado o álbum de estreia autointitulado, que a levou ao estrelato com o single New Rules. O sucesso fez com que ela ainda agendasse um show solo em São Paulo e esgotasse os 3 mil ingressos da Audio, mostrando um público fiel no país.

No Rock in Rio, os ingressos também estavam esgotados. A diferença era que o público esperado era de 100 mil pessoas. “Obrigada por esses anos de apoio e cantoria”, declarou ela, que não gastou muito tempo com conversas durante o show. Dua Lipa subiu ao palco Mundo com 20 minutos de atraso, usando um macacão verde com direito a luvas.

Ela vestiu três outros looks durante a noite. Como parte da turnê de divulgação do álbum Future Nostalgia (2020), o show atira para diversas referências da cultura pop dos anos 1980 e seguiu a mesma setlist das outras datas da turnê.

Mais da metade das músicas apresentadas integram o disco mais recente da cantora. Do álbum Dua Lipa (2017), só restaram Be The One e New Rules. Três parcerias também entraram: One Kiss, com Calvin Harris, Eletricity, feat com Silk City, e Cold Heart, hit do ano passado do Elton John.

Além do bom controle vocal, Dua Lipa mostrou mais domínio nas coreografias, apesar da falta de habilidade natural. Em New Rules, por exemplo, ela apresentou passos criativos usando guarda-chuvas ao lado dos bailarinos. Mas ela se sai melhor nos momentos mais sensuais. Em Pretty Please, rebola em cima do pedestal do microfone, arrancando bons gritos da plateia.

Já em Hallucinate, foi a vez de Dua Lipa usar uma cadeira de plástico transparente para uma espécie de releitura de Flashdance – Em Ritmo de Embalo (1983) ou Cabaret (1972). Entre as referências de décadas anteriores, o próprio cabelo preto e longo da cantora parece um aceno aos penteados de Cher.

Apesar do pouco tempo de estrada, a cantora mostra que sabe o caminho que está trilhando e está pronta para ostentar o título de uma nova diva do pop.