MÚSICA

Halsey posa para foto em frente a uma cerca de madeira

Reprodução/Instagram

Posicionamento

Halsey leiloa obras pintadas em shows para apoiar direito ao aborto

Pinturas feitas no palco da turnê Love and Power têm lance inicial de US$ 5 mil (cerca de R$ 26,9 mil)

Lucas Almeida
Lucas Almeida

Halsey continua sendo uma das vozes da música que mais se posicionou sobre o fim do direito ao aborto nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (11), a cantora anunciou que fará um leilão de pinturas criadas nos palcos durante a turnê Love and Power.

Cinco obras estão disponíveis no site da tradicional casa de leilões Sotheby’s, de Nova York. Cada pintura foi feita por Halsey durante performance em uma cidade dos Estados Unidos: Alabama, Nashville, Detroit, Boston e Portland. Com um lance inicial de US$ 5 mil (cerca de R$ 26,9 mil, na cotação atual), os interessados poderão fazer propostas até 19 de julho.

De acordo com a Billboard, as obras foram feitas durante cerca de três minutos no palco. Halsey pintava, enquanto cantava alguma canção da setlist. Os quadros são compostos por figuras simples, desenhadas com tinta preta e algumas cores primárias.

O dinheiro arrecadado será doado para uma organização que facilita o acesso ao aborto a pessoas com baixa renda nos Estados Unidos, a National Network of Abortion Funds.

Durante a turnê Love and Power, Halsey já tinha se posicionado sobre o direito ao aborto no país. Ela exibiu um texto sobre a questão no telão durante as performances e puxou coros com a frase “meu corpo, minhas regras”, com ajuda do público.

A inciativa começou depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos reverteu a decisão do caso Roe vs. Wade (que garantia o direito ao aborto em todo o território norte-americano), em 24 de junho de 2022. Olivia Rodrigo, Taylor Swift e Billie Eilish também se posicionaram contra a mudança.

Em um artigo publicado pela revista Vogue, em 1º de julho, Halsey ainda afirmou que o procedimento salvou a sua vida, depois de ter três abortos espontâneos antes de chegar aos 24 anos.

“Um dos meus abortos espontâneos exigiu ‘cuidados posteriores’, uma maneira gentil de dizer que eu precisaria de um aborto, porque meu corpo não poderia interromper a gravidez completamente sozinho e eu correria o risco de entrar em sepse, sem intervenção médica”, ela escreveu. “Durante esse procedimento, eu chorei. Eu estava com medo por mim mesma e eu estava desamparada. Eu estava desesperada para terminar a gravidez que estava ameaçando minha vida.”

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Lucas Almeida

Lucas Almeida

Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.

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