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Melhores músicas de abril: Harry Styles puxa a lista com As It Was

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Faixa a faixa

Harry Styles: As 13 músicas de Harry’s House, da pior para a melhor

O artista lançou nesta sexta-feira (20) o terceiro e mais aguardado disco da carreira; leia o faixa a faixa

Nicolle Cabral
Nicolle Cabral

Pela primeira vez, Harry Styles desabafou que não está preocupado caso seu terceiro disco, o aguardado Harry’s House, “não seja um sucesso comercial” —embora o hit As It Was já tenha estreado no topo da Billboard Hot 100 e colecione milhões de vídeos no TikTok. Antes do lançamento do álbum, que chegou nesta sexta-feira (20) às plataformas digitais, o artista concedeu uma entrevista à Billboard na qual destrinchava o que poderíamos encontrar nele. “Canções muito intimistas”, acenou Harry.

A própria capa de Harry’s House, inclusive, já apontava para isso. Nela, vemos o ex-One Direction em uma sala minimalista, apenas com um sofá, uma poltrona e uns itens de decoração —longe da euforia do mundo lá fora e dos “fantasmas” que o acompanharam desde o encerramento da boyband. Segundo Harry, o álbum é um produto inspirado pelas revelações que ele teve durante o período de isolamento social, devido à Covid-19. “Durante a quarentena, comecei a processar muitas coisas que aconteceram quando eu estava na banda”, apontou na mesma entrevista.

Então, tudo o que se pode imaginar é que Harry Styles, enfim, está mais sossegado, mais solto e menos exigente. Consequentemente, isso repercutiu ao longo das 13 faixas do mais novo lançamento. Nele, o artista se distancia das explosivas canções de Fine Line, do refrão chiclete de Watermelon Sugar e das guitarras cortantes de She.

Em Harry’s House, ele não deixa de lado as referências oitentistas que também preenchem o elogiado disco de 2019, mas se aproxima dessas sonoridades de um jeito mais confortável e sem a áurea de ser um astro do pop recheada de expectativas. Embora ele nunca tenha deixado de ser essa pessoa.

Pensando nessa nova apresentação do artista, a Tangerina veio elencar as 13 faixas de Harry’s House, da pior a melhor. Listas assim sempre causam alguma confusão, então, já adianto aos fãs que não é nada pessoal. Se você discorda, comente abaixo. Vamos lá:

13º lugar: Boyfriends

Embora a participação do Ben Harper no violão seja interessante, a música fica por isso mesmo. Ela não só parece, como é um rascunho do disco antecessor de Harry. A composição foi feita durante as sessões finais da gravação de Fine Line e quase entrou no álbum. Quando ela chega em Harry’s House, acontece sem alarde nem brilho.

12º lugar: Late Night Talking

Nada contra. Mas o Silk Sonic faria melhor.

11º lugar: Keep Driving

Assim como o título sugere: continue dirigindo. A música é uma brisa leve no rosto, enquanto Harry dá um singelo adeus aos momentos difíceis. Keep Driving é bem linear e, em determinado momento, parece que vai fazer uma ultrapassagem, mas imediatamente volta para à faixa correta. Tem vocais acertados, porém pode passar despercebida. Ao contrário da sucessora, Satellite, que tem refrão chiclete e pop.

10º lugar: Little Freak

Dá para entender completamente o apelo, porque promete conquistar os fãs em shows, que estarão cantando essa a plenos pulmões. É uma canção para lá de confortável, se pensamos na estrutura sonora e como os versos são cantados. Mas, já que o Harry está em casa, tudo bem.

9º lugar: Love Of My Live

Ótimo desfecho para o disco e improvável não compará-la com a faixa-título que encerra o segundo disco do artista. Ambas guardam notas graciosas, harmonias fantasmagóricas, palpitantes e, logo depois, evaporam. Assim como o amor que o próprio artista narra.

8º lugar: Grapejuice

Com atmosfera inicial mais “suja”, que depois se esvai em beats eletrônicos, melódicos e psicodélicos, o artista nos deixa a sonhar com a vontade de viver um momento tranquilo ao lado de um amor —e garrafas de vinho.

7º lugar: Daylight

Parece que vai ficar em um lugar-comum, mas é abraçada por abrasivas baterias que dão uma grandeza para a canção. Por isso, ganha uma outra profundidade em contraposições aos versos mais simples e repetitivos —que aparecem ao longo de todo o disco.

6º lugar: Cinema

Se é proposital, não se sabe. Mas uma coisa é fato: Harry está namorando Olivia Wilde, atriz e diretora, e ele escreveu uma música chamada Cinema. No gancho da canção, ele canta: “Eu só acho que você é legal, eu curto o seu cinema”. Embora a composição seja supersimples, a música tem o seu charme, um baixo atraente e groove palpitante. A guitarra da canção foi tocada por John Mayer.

5º lugar: Matilda

Em relação às demais canções, a balada acústica encanta menos, mas é nela que Harry deposita a composição mais sensível do disco. A música foi coescrita pelo artista, por Amy Allen, mesma colaboradora de Adore You, e pelos fiéis escudeiros Tyler Johnson e Kid Harpoon. Em Matilda, ele canta: “Você não precisa se desculpar por ir embora e crescer”, verso que, para nós, meros espectadores da vida do artista, podem ser lidos como um conselho a um amigo —ou ao próprio Harry. Mesmo que, desde o início da canção, ele se apresente como o observador.

Nesse caso, portanto, não importa para quem é a mensagem, mas sim o que ela transmite. “Matilda, você fala da dor como se estivesse tudo bem / Mas eu sei que você sente que um pedaço de você está morto por dentro”. É como sentir uma tremenda necessidade de oferecer ajuda, em uma situação que você está impedido de agir efetivamente.

4º lugar: Satellite

Em Satellite, Harry faz bom uso dos arranjos e alguns synths-pop, explorados pela leva de artistas que produziram discos na pandemia. O refrão chiclete, fácil e repetitivo, só aumenta o potencial da canção. Poderia ter saído facilmente como um single.

3º lugar: Music For A Sushi Restaurant

Parece improvável chegar em um restaurante de comida japonesa e ser surpreendido pelo estouro de um drum and bass, mas a música se destaca justamente por essa misturinha “esquisita” (no melhor dos sentidos). Tem instrumentos orgânicos, coral, synths-pop e um vocal em que Harry emula uma persona de estrela do rock, que se derrete no meio.

2º lugar: As It Was

O primeiro single de Harry’s House é, inegavelmente, um dos maiores sucessos de 2022. Com um vocal para lá de doce, Harry canta sob baterias eletrônicas, vibrantes e energéticas, combinadas com um sintetizador que remete aos hits do A-Ha. O grupo, inclusive, tem apresentações marcadas para o Brasil. Em As It Was, o artista supostamente canta sobre um amor perdido, mas o ritmo acelerado e colorido deixa tudo mais leve. É a famosa música com melodia feliz, mas que tem letra triste.

1º lugar: Daydreaming

Na primeira audição, a música já soa curiosa: um coral que acompanha a cadência de um saxofone. Na sequência, esses dois elementos se dividem gloriosamente. A explosão se deve ao sample de Ain’t We Funkin’ Now (1978), dos The Brothers Johnson. Com ele, a faixa é imediatamente tomada por uma atmosfera retrô extremamente charmosa e alegre. O groove, o funk e o disco encaixam muito bem nas oscilações vocais de Harry, que vão de uivos e falsetes a cantos mais melódicos. A faixa é magnética, assim como o artista é em cima (e fora) dos palcos.

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Antes de ser repórter da Tangerina, Nicolle Cabral passou por Rolling Stone, Revista Noize e Monkeybuzz. Nas horas vagas, banca a masterchef para os amigos, testa maquiagens e cantarola hits do TikTok.

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