NX Zero se choca com repercussão de retorno da banda: ‘Final de Copa’

O NX Zero anunciou seu retorno como banda após um hiato de cinco anos, mas os integrantes jamais imaginaram a proporção que a volta à ativa tomaria entre os fãs. Com uma turnê que passará pelas principais cidades do Brasil e dois shows em estádio para fechar esse ciclo, Di Ferrero, Gee Rocha, Dani Weksler, Caco Grandino e Fi Ricardo comparam a celebração da volta a uma final de Copa do Mundo, tamanha a ansiedade do público.

Em entrevista da qual a Tangerina participou, os músicos revelaram que a ansiedade que estão sentindo é praticamente igual à dos fãs. “Estamos muito felizes, esperamos bastante por essa celebração. Ficamos muito felizes desde que anunciamos isso, [por conta de] como os fãs receberam essa notícia”, confessou Gee. “Quando anunciamos a turnê, parecia final de Copa do Mundo. E, com o anúncio do show do Allianz [Parque, em São Paulo], parece que agora tínhamos ganhado a Copa. Foi divertido ver a reação da galera toda”, acrescentou Dani.

Com mais de 20 anos de carreira, o NX Zero marcou toda uma geração de adolescentes por ser um dos nomes mais icônicos do emocore brasileiro. Nos anos 2000, a ascensão da banda foi meteórica –e agora, os fãs, em sua grande maioria, estão na faixa dos 25 aos 35 anos. 

Outra surpresa, porém, foi a descoberta de que também há uma geração jovem, que nunca teve a oportunidade de assistir à banda ao vivo, ansiosa para ir a um dos shows da turnê Cedo ou Tarde, que se inicia em 28 de maio com uma apresentação no festival Mita, em São Paulo.

“Muita gente era tão nova que não podia ir aos shows, e tem também quem não tinha grana e agora já está trabalhando. Mas nesse meio tempo, quando você tem oito, nove ou dez anos, você vai ouvindo as músicas, e as coisas vão fazendo diferença na sua vida –então, algumas músicas do NX cresceram nesse tempo e teve gente que não pegou o nosso começo e que conheceu o NX no hiato”, explicou Di Ferrero. 

“Eu não tinha noção de que iam ter fãs novos dessa forma. Vai ser incrível mostrar o show pela primeira vez para essa galera, apresentar o show de uma banda que tem 22 anos. É uma oportunidade legal, é o sonho de todo artista, na real, extrapolar as gerações.” 

A pandemia de Covid-19, inclusive, deu aos integrantes a dimensão de que celebrar a vida é necessário, e a vontade de um reencontro cresceu ainda mais durante o período. “Imagina ficar quase seis anos, praticamente, esperando por isso? Essa pausa foi importante para todos, mas sempre ficava aquela coisa de ‘quando?’. Cada dia, a expectativa aumenta”, confessou o vocalista.

“Poder celebrar nossa história junto com os fãs, nós cinco juntos, estando bem, é uma coisa maravilhosa. Isso a pandemia deve ter ensinado para muita gente, essa coisa de celebrar a vida, aproveitar o que você tem hoje, comemorar. Honrar o que a gente construiu em todos esses anos junto com os fãs vai ser muito histórico”, finalizou o baterista.