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Anunciada como atração do show de intervalo no evento esportivo, cantora aumenta expectativas para a divulgação de músicas inéditas
O anúncio de que Rihanna será a atração do show de intervalo do Super Bowl 2023, que acontecerá em fevereiro, fez aumentar as expectativas dos fãs por um novo álbum da cantora depois de seis anos sem lançamentos. Apesar de reforçar indícios de que um novo projeto está a caminho, a performance no evento mais visto da TV está longe de depender de músicas inéditas.
O show do Super Bowl serve como homenagem à carreira do cantor escolhido, e o que não falta para a barbadense são hits suficientemente relevantes para uma performance de 15 minutos. Rihanna tem 14 músicas que chegaram ao primeiro lugar do ranking de mais vendidos da Billboard, sendo a quarta artista com mais entradas no topo da lista. Em primeiro lugar estão os Beatles (com 20), seguidos de Mariah Carey (19) e Elvis Presley (18).
Um exemplo recente de que o Super Bowl não depende de inéditas foi o show deste ano, centrado em uma homenagem a Dr. Dre, considerado um pioneiro do rap na costa oeste norte-americana e responsável por alavancar a carreira de grande nomes da indústria. Eminem, Snoop Dogg, Kendrick Lamar e Mary J. Blige, alguns dos protegidos mais conhecidos de Dre, participaram da apresentação. 50 Cent e Anderson .Paak ainda serviram como convidados especiais.
O show de 2022 marcou a primeira apresentação composta totalmente por hip hop na história da NFL. E mostrou retorno: pela primeira vez, a performance de intervalo ganhou o Primetime Emmy de melhor especial de variedades (ao vivo). A média de audiência nos Estados Unidos foi de 103,4 milhões de espectadores, um aumento de 7% em relação à performance de The Weeknd no ano anterior.
Mas o bom resultado não tinha nenhuma relação com novidades ou lançamentos. A música mais recente da setlist foi Alright, de Kendrick Lamar, divulgada quase sete anos antes, em 2015. A maioria das músicas escolhidas representavam o momento em que os sucessos de Dr. Dre não saíam das rádios, em faixas como The Next Episode (de 2000) e In Da Club (2003).
Em 2020, a situação se repetiu na apresentação de Shakira e Jennifer Lopez. Enquanto a colombiana não lançava álbuns desde 2017, a norte-americana de origem porto-riquenha tinha parado no A.K.A. (2014). Apesar de as duas terem lançados singles isolados nos anos seguintes, não há dúvidas de que os hits mais antigos foram os que animaram o público.
Ainda assim, como um dos eventos televisivos de maior audiência do mundo, o Super Bowl representa uma boa vitrine para novos projetos. The Weeknd, atração de 2021, finalizava a divulgação do álbum After Hours (2020), enquanto já fazia referências ao que viria no Dawn FM (2022). Justin Timberlake lançou o Man Of The Woods (2018) apenas dois dias antes de se apresentar no gramado.
Rihanna continua sendo um mistério. Em 2018, ela chegou a falar que estava trabalhando em um novo álbum, que teria referências do reggae, durante uma entrevista para a Vogue. Em maio deste ano, a cantora afirmou para a mesma revista que queria fazer algo completamente diferente dos trabalhos anteriores. “É autêntico, vai ser divertido para mim e tira muita pressão”, justificou.
No mesmo mês em que a entrevista foi publicada, Rihanna deu à luz o primeiro filho com o rapper A$AP Rocky. Fontes próximas informaram ao tabloide Hollywood Life que ela deveria tirar a atenção do novo álbum para se dedicar à maternidade durante um tempo, mas nada foi confirmado. A apresentação no Super Bowl ainda marca a primeira performance pública da cantora desde o Grammy de 2018, quando ela cantou Wild Thoughts, feat com DJ Khaled.
Lucas Almeida
Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.
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