Lucas Almeida/Tangerina
Festival carioca acerta com Centro de Serviços preparado para receber PcDs logo na entrada da Cidade do Rock; confira depoimentos de usuários
Depois de diversos relatos negativos vividos por PcDs no Lollapalooza, o Rock in Rio chegou preparado. O festival tem sido elogiado pelo público que frequentou o primeiro final de semana do evento por seus serviços de acessibilidade. “Não peguei nenhuma fila para entrar e já fui direto para o centro de acessibilidade”, diz Lucas Germano, de 24 anos, que utilizou o serviço de ônibus Rock Express para chegar à Cidade do Rock no sábado (3).
Logo após o portão de entrada do Rock in Rio, é possível encontrar o Centro de Serviços, em que Lucas retirou o kit livre, equipamento elétrico, que faz com que cadeiras de rodas se tornem motorizadas e facilita a locomoção de cadeirantes. O local ainda conta com uma oficina para fazer reparos nos equipamentos.
Segundo um manual disponibilizado no site do festival, os serviços de acessibilidade do Rock in Rio são oferecidos a PcDs, pessoas com síndromes e comorbidades, gestantes, lactantes, idosos e obesos. Mesmo quem não identificou as necessidades na hora da compra do ingresso pode procurar o Centro de Serviços do evento. No local, é necessário realizar um cadastro para receber uma pulseira que dá acesso a plataformas elevadas nos palcos Mundo, Sunset e New Dance Order, além de banheiros inclusivos.
“Primeiro, tentei vender o meu ingresso. Para não perder, ia tentar vir só de muletas. Mas, chegando aqui, tinha uma cadeira para ter mais mobilidade”, relata Florença Leo, de 40 anos, que também utilizou o kit livre do Rock in Rio. “Fiz o cadastro e trouxe os meus exames. Foi rápido e o atendimento foi excelente.”
Florença aproveitou a sexta-feira (2) para ir na montanha-russa. A roda-gigante e a tirolesa também têm acesso para cadeirantes. O público ainda pode fazer agendamento para os brinquedos através do Centro de Serviços, para evitar filas nas atrações.
Para o transporte, o Rock in Rio oferece opções de shuttle e vagas de estacionamento em um local mais próximo do festival, que devem ser solicitadas por e-mail antes do evento. Mas essa informação acaba não chegando para todo o público. Rugilson Lima, de 65 anos, passou dificuldades ao chegar com o carro. “Dei três voltas e acabei parando na entrada do Riocentro”, diz ele sobre o estacionamento que cobra R$ 60 por dia para os veículos.
“Mas o melhor Rock in Rio mesmo foi o de 1985”, brinca Rugilson, que vai ao evento desde a primeira edição. “Porque ninguém sabia o que seria um festival de rock aqui no Brasil ainda”, justifica.
Lucas Almeida
Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.
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