Taylor Hawkins já estava ‘cansado’ da rotina com Foo Fighters

Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, morreu no último dia 25 de março, horas antes de se apresentar no Festival Estéreo Picnic, em Bogotá, na Colômbia. A causa da morte foi dada como overdose. Nesta terça-feira (17), porém, foi revelado que Hawkins, embora amasse a banda em que tocava desde 1997, não queria mais seguir com a rotina agitada de shows.

O desabafo foi noticiado pela revista Rolling Stone. O veículo entrevistou 20 pessoas, incluindo vários dos melhores amigos do baterista, sobre sua carreira, legado e perspectivas perto do fim de sua vida. Uma delas incluía a revelação de que, após a pandemia mundial de Covid-19, Hawkins estava hesitante em voltar à estrada e que não tinha certeza se conseguiria permanecer no grupo caso as turnês permanecessem no mesmo ritmo. “Ele se sentia incomodado por ‘manter o físico necessário’ para fazer shows de quase três horas, noite após noite”, disse uma das fontes próximas ao artista.

Matt Cameron, baterista do Pearl Jam, foi entrevistado para a reportagem e citou uma conversa que Taylor teria tido com o vocalista da banda, Dave Growl. “Ele desabafou com o Dave e disse que ‘não conseguia aguentar mais’. Acho que eles entraram num acordo, mas o calendário da turnê ficou ainda mais louco depois disso”, concluiu o artista. A família de Hawkins se recusou a comentar, assim como os integrantes do Foo Fighters. Porém, o representante da banda negou todas as alegações.

“Nunca houve este desabafo ou qualquer reunião do tipo com Dave, nem ninguém da equipe sobre isso”, afirmou o representante em resposta à revista. Por outro lado, Sass Jordan, amigo de longa data e ex-chefe de Hawkins, acredita que “ele estava muito cansado de tudo”.

Hawkins morreu às vésperas da vinda ao Brasil para tocar no encerramento do Lollapalooza 2022.