Reprodução/Youtube
Com mais de 20 anos de carreira, P!nk sempre debate temas polêmicos e luta por direitos em suas músicas e em seus discursos
Se tem alguém no meio musical que não tem medo de colocar a boca no trombone, essa pessoa é Alecia Moore, mais conhecida pelo nome artístico P!nk. Desde o começo de sua carreira, a cantora traz pautas como empoderamento feminino, saúde mental, direitos LGBTQIA+ e direitos sociais de maneira bem explícita na grande maioria de suas músicas e de seus discursos.
Em seu mais recente lançamento, Irrelevant, P!nk mostrou que nunca se cala e trouxe à tona mais temas polêmicos. A música e o videoclipe são uma resposta bem direta à Suprema Corte dos Estados Unidos após a retirada do direito ao aborto, assunto que ela também abordou fortemente em suas redes sociais.
P!nk é conhecida por quebrar barreiras e levantar bandeiras sempre que tem a oportunidade. Por isso, a Tangerina reuniu cinco músicas para você entender como P!nk é uma força revolucionária no meio musical e, principalmente, entre os artistas pop:
A música do álbum I’m Not Dead (2006) é uma carta aberta a George W. Bush. Com uma melodia lenta, a cantora praticamente tem uma conversa de igual para igual com o então presidente dos Estados Unidos e, na letra, direciona a ele alguns questionamentos.
“O que você sente quando vê uma pessoa em situação de rua?/ Para quem você ora antes de dormir?/ O que você sente quando se olha no espelho?/ Você está orgulhoso?”, canta.
A faixa é uma crítica poderosa às escolhas administrativas do presidente e cita direitos das minorias sociais, da população LGBTQIA+ e das mulheres. Em 2017, mais de dez anos após o lançamento, os fãs pediram para que P!nk reformulasse a música e adicionasse críticas a Donald Trump. No Twitter, a cantora apenas respondeu: “Não existem palavras para esta pessoa vergonhosa”.
Ouça Dear Mr. President
Faixa do álbum I’m Not Dead (2006) é uma forte crítica ao governo de Bush
P!nk faz uma crítica pesada à futilidade e aos padrões de beleza impostos pela sociedade nesta faixa do álbum I’m Not Dead. Há mais de 15 anos, a cantora já trazia à tona a discussão de brincadeiras consideradas “de menino” e “de menina” e buscava incentivar mulheres a protagonizarem as próprias vidas e buscarem por posições de poder.
Assista ao clipe de Stupid Girls, da P!nk
Faixa faz parte do álbum I'm Not Dead (2006)
Canção de sucesso do álbum Greatest Hits… So Far!!! (2010), Raise Your Glass é a maneira que P!nk encontrou de mostrar às pessoas que se sentem excluídas e marginalizadas que elas devem celebrar quem elas são.
Em entrevista à MTV, P!nk comentou que o vídeo foi inspirado no casamento de sua melhor amiga, que é lésbica –até o momento de lançamento da faixa, o casamento LGBTQIA+ não era legalizado nos Estados Unidos.
“Eu fiz o casamento da minha melhor amiga no meu quintal –ela é lésbica e se casou com sua mulher, e foi absolutamente lindo. No final, sua mãe disse: ‘Por que isso não é legalizado?’, e eu comecei a chorar. Foi a coisa mais comovente que eu já vi, então é por isso que estou fazendo isso no meu vídeo.”
No clipe, a cantora ainda faz referência à campanha We Can Do It, de 1943, com a famosa personagem usada como figura feminista.
Relembre o clipe de Raise Your Glass
Faixa é uma maneira de celebrar as diferenças
Considerado praticamente um hino da saúde mental, Fuckin’ Perfect ganhou um videoclipe impactante e se tornou uma das faixas de maior sucesso de P!nk. O vídeo aborda temas como anorexia e suicídio. As cenas fortes foram criticadas na época do lançamento.
Em seu blog, a cantora justificou as razões de mostrar sequências chocantes. “Podemos optar por ignorar o problema e, portanto, ignorar este vídeo, mas isso não vai fazer isso ir embora”, escreveu. “Eu não dou apoio ou incentivo ao suicídio ou à automutilação. Eu dou força para as crianças lá fora, que se sentem tão desesperadas e impotentes, que se sentem invisíveis e sem voz. Eu quero que elas saibam que eu estou atenta. Eu estive lá. Eu os vejo.”
Assista ao clipe de Fuckin' Perfect, da P!nk
Música faz parte do álbum Greatest Hits... So Far!!! (2010)
Apesar de não ser um single, Slut Like You também causou forte impacto na indústria pop. A canção traz uma inversão de papéis: e se as mulheres tratassem os homens da mesma maneira que os homens tratam as mulheres?
A música foi apresentada pela primeira vez em setembro de 2012, em Los Angeles. Antes de cantar, P!nk deixou bem claro: “Essa é a minha forma nem um pouco sofisticada de, como feminista, tomar o poder. E acreditem, não é nem um pouco sofisticada mesmo“.
Veja a apresentação de Slut Like You
Canção faz parte do álbum The Truth About Love (2012)
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
Ver mais conteúdos de Giulianna MunerattoTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
Ainda não tem uma conta?