A Lista Terminal: Chris Pratt vive soldado estilo Rambo em série

Destaque do Prime Video, A Lista Terminal (2022) parece ser uma série saída diretamente dos anos 1980. Marcada por cenas de combates repletas de violência e por uma trama que prioriza a ação ao drama, a produção chegou ao streaming já datada.

São vários os elementos que justificam tal comparação. O primeiro e, talvez, mais importante deles é a atuação do protagonista Chris Pratt. Já acostumado a ser astro de ação após o sucesso nas franquias Guardiões da Galáxia e Jurassic World, o ator de 43 anos incorpora um soldado no maior estilo Rambo, que se tornou ícone dos anos 1980 na pele de Sylvester Stallone.

Na série, Pratt Interpreta James Reece, agente SEAL do exército norte-americano que combate em conflitos na Síria. Tal como Rambo, ele é de pouquíssimas palavras e expressões sem alma, tornando-se praticamente uma máquina de guerra.

Durante uma missão para capturar um terrorista local, o esquadrão liderado por Reece cai em uma armadilha e é praticamente dizimado. Além do protagonista, apenas um de seus aliados sobrevive e consegue ser resgatado para voltar para casa.

Chris Pratt como James Reece

Divulgação/Prime Video

De volta aos EUA, Reece percebe que algumas das informações oficiais de seus superiores sobre o fracasso na Síria não batem com o que realmente aconteceu durante a missão. Incomodado, ele argumenta em defesa de seus soldados caídos, mas mal consegue sustentar seu discurso após sua memória ser afetada por uma concussão ocorrida na emboscada.

O inferno de Reece, porém, está apenas começando. Após questionar as informações oficiais, o protagonista vê seu único aliado sobrevivente cometer suicídio, e sua mulher e filha são brutalmente assassinadas enquanto ele também sofre uma tentativa de extermínio. Convencido de que o mesmo inimigo que armou a emboscada está por trás destes ataques, ele se coloca em uma missão de vingança para descobrir a verdade por trás de tudo.

Apesar da comparação com Rambo, A Lista Terminal não chega a ser um fracasso total; a série começa divertida, com algumas cenas de ação habilmente filmadas e bem coreografadas, e um conto de vingança convincente –embora clichê. Pratt nunca foi um mestre da atuação, mas não é necessário fazer mais do que o “feijão com arroz” para encarnar um herói à la Stallone.

O problema de A Lista Terminal é não se propor ir além disso. Se a atração parece pinçada das muitas opções de filmes de ação de décadas passadas, é porque optou pelo simples. Não há nada de novo ou extraordinário na série do Prime Video, o que torna toda a experiência de acompanhar seus oito episódios completamente esquecível.

Constance Wu em cena de A Lista Terminal

Divulgação/Prime Video

Entre conspirações militares e sede de vingança, a versão do Rambo de Chris Pratt não é incapaz de agradar. Pouco exigente, o ator convence como a máquina de guerra em busca daqueles que destruíram sua família e ameaçam afundar o seu legado como agente SEAL.

Do elenco secundário, o maior destaque fica para Constance Wu (Podres de Ricos). Na pele da repórter investigativa Katie Buranek, é ela quem traz humanidade e clareza para a jornada de Reece, que em vários momentos se torna cego pelo ódio. A dinâmica entre os dois funciona e é um dos grandes acertos da atração.

Inspirada no livro homônimo de Jack Carr, autor que usou seu passado como militar para criar histórias, a série estreou disputando o topo do top 10 do Prime Video com o fenômeno The Boys. Atualmente na primeira posição, A Lista Terminal provou que ainda há público e engajamento para produções pouco inventivas, mas que se inspiram no legado de Rambo para cumprir o que foram criadas para fazer: gerar entretenimento.

A Lista Terminal

Trailer Oficial