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Diego Luna

Divulgação/Lucasfilm

ANÁLISE

Andor: Série de Star Wars acerta ao se desprender de saga Skywalker

Os três primeiros episódios estreiam nesta quarta-feira (21) no Disney+; série é prelúdio de Rogue One e traz novos e velhos personagens da franquia

André Zuliani

Quarta série live-action de Star Wars no Disney+, Andor finalmente traz frescor a uma franquia que orbita em torno da mesma história há mais de 40 anos. Prelúdio de Rogue One: Uma História Star Wars (2016), o spin-off estrelado por Diego Luna tem como maior trunfo a decisão de se desprender da saga Skywalker.

Desde Star Wars: Episódio 4 – Uma Nova Esperança (1977), o universo criado por George Lucas tem como marco zero as aventuras relacionadas à família Skywalker. Seja com Luke (Mark Hamill), Anakin (Hayden Christensen) ou Rey (Daisy Ridley), o legado da franquia nunca se desprendeu de fato das raízes introduzidas logo no primeiro filme.

Mesmo com The Mandalorian, O Livro de Boba Fett (2021) e Obi-Wan Kenobi (2022), três séries live-action que antecederam a chegada de Andor, a franquia permaneceu fiel aos Skywalker, com retornos e aparições especiais de personagens ligados à família. O novo spin-off, no entanto, quebra esta tradição ao confiar em uma narrativa desprendida de fan services.

Por se tratar de um prelúdio de Rogue One, Andor obviamente mantém conexões com o universo já conhecido pelos fãs. O retorno de Diego Luna e citações ao Império Galáctico, porém, são apenas algumas das poucas referências a qualquer uma das obras anteriores relacionadas à saga Skywalker.

Diego Luna

Diego Luna em cena de Andor

A trama do spin-off se passa cinco anos antes de Rogue One, quando Cassian Andor (Luna) ainda não era membro da Aliança Rebelde. A série viaja entre passado e presente, mostrando a juventude do protagonista e sua realidade enquanto saqueador especializado em compra e venda de itens raros.

Cansado da opressão do Império, ele viaja pela galáxia em busca de sua irmã perdida. Um encontro desastroso com oficiais da patrulha imperial, no entanto, coloca um marcador em sua cabeça, e Cassian passa a ser procurado pelas autoridades enquanto estuda uma maneira de ganhar dinheiro para fugir.

Visualmente, Andor se assemelha à fotografia e à sensação de urgência apresentados em Rogue One. A série toma o tempo necessário para situar o público nesta realidade nunca explorada da vida de Cassian e apresentar os novos personagens, e a narrativa utilizada pelo showrunner Tony Gilroy o faz com maestria. É possível se afeiçoar aos novos rostos mesmo sem conhecê-los, o que torna ainda mais prazeroso acompanhar a jornada do protagonista.

Stellan Skarsgård

Stellan Skarsgård é Luthen Rael

Divulgação/Lucasfilm

Como o destino final de Cassian já é conhecido pelo público, Gilroy prioriza a história por trás do homem que ajudou Jyn Erso (Felicity Jones) a roubar os planos da Estrela da Morte em Rogue One e deu o primeiro passo para a queda do Império. Suas ligações familiares e o motivo de se juntar à Aliança Rebelde são apresentados, e um novo núcleo de personagens surge tão marcante quanto aquele visto no filme prelúdio de Uma Nova Esperança.

Nos três episódios iniciais da primeira temporada, os destaques são Adria Arjona, Stellan Skarsgård e Fiona Shaw. A primeira interpreta Bix Caleen, antigo affair de Cassian e sua aliada nas falcatruas; Skarsgård vive Luthen Rael, mestre de espionagem responsável por recrutar o protagonista para os Rebeldes, enquanto a última dá vida a Maarva Andor, mãe adotiva do personagem de Luna e única pessoa que conhece tudo sobre o seu passado.

O primeiro ano de Andor terá 12 episódios. A série já tem confirmada uma segunda leva, com mais uma dúzia de capítulos que irá encerrar a história do personagem antes dos eventos de Rogue One.

Diego Luna como Cassian Andor em cena de Rogue One

Andor

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André Zuliani

Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.

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