Lori Allen/NBC
Patrick John Flueger não imagina Ruzek como o novo chefe do distrito em Chicago P.D. Para ele, a série perde o charme se Voight for embora
A nona temporada de Chicago P.D. chega ao fim no Brasil nesta segunda-feira (20) e, se o episódio anterior for um indício daquilo que está por vir, os fãs já podem se preparar para uma conclusão bombástica –e, talvez, com algumas baixas no elenco? “É uma série perigosa, de verdade. As pessoas vêm e vão. Se você pensar na quantidade de personagens que já saíram, porque morreram ou seguiram em frente, é um emprego de risco”, adianta Patrick John Flueger, intérprete de Adam Ruzek.
As mortes no elenco causam empolgação e medo no ator, que está em Chicago P.D. desde o início. “Eu acho ótimo, é bom para o público, a possibilidade de qualquer um morrer era a parte que eu mais gostava em Game of Thrones [2011-2019]. Mas, ao mesmo tempo, sempre que meu contrato está para vencer, eu fico pensando: ‘Bem, talvez eu morra agora’ (risos)”, entrega ele em conversa exclusiva com a Tangerina.
“Lembro que na primeira leitura de roteiro, Dick Wolf [produtor da franquia One Chicago] falou: ‘Isso foi ótimo, vocês estão muito bem juntos, fico feliz por isso. Mas todos se comportem, não façam merda, porque posso matar vocês a qualquer momento’ (risos). Ele é foda, um homem muito amável, muito bom nos negócios. Foi uma brincadeira, mas com aquele fundinho de verdade, nas entrelinhas, sabe? Nós só pensamos: ‘Ok, chefe. Sim, senhor'”, brinca Flueger.
Até o momento, para alívio do ator, Ruzek segue vivo em Chicago P.D. e em uma dinâmica de ‘vai, não vai’ com Kim Burgess (Marina Squerciati). Fica, então, a pergunta: será que ele imagina seu personagem como um possível novo chefe do distrito, no lugar de Hank Voight (Jason Beghe)?
“Se o Voight sair, nós ainda teremos uma série? (risos) Eu não sei se eu gostaria de assistir a Chicago P.D. sem ele. Mas eu acho que Ruzek tinha Al Olinsky [Elias Koteas] como seu mentor e grande herói, então ele vai mais nessa direção de detetive do que na de líder. Se você quiser um novo líder, vai encontrar isso no Atwater [LaRoyce Hawkins], no Halstead [Jesse Lee Soffer], até na Upton [Tracy Spiridakos]”, desconversa o ator.
“Eu não quero deixar a Burgess de fora dessa lista também, mas ela veio da patrulha, então está atrás de todo o resto [na linha de sucessão]. Realmente não acho que estar em uma posição de liderança seja um dos objetivos do Ruzek. Ele quer mais é ter liberdade para fazer o que quer, do jeito que quer, ou da maneira que eles acham que as coisas precisam ser feitas”, aposta.
E, se a chefia não está no futuro do policial, o que seu intérprete gostaria de fazer para se desafiar depois de nove temporadas no papel? “Eu amaria ter mais episódios em que ele atua disfarçado. Foi assim que Ruzek e Olinsky foram apresentados, como os policiais que atuam infiltrados, não é?”, lembra ele.
“Tivemos um pouquinho disso no episódio 17 desta temporada, parecia que ia ser uma coisa meio Donnie Brasco [1997], mas acabou tão rápido. Acho que seria bem divertido. Não sei como isso se encaixaria com o resto da narrativa mas, se os roteiristas estiverem lendo essa entrevista, fica a dica: me coloquem em mais disfarces (risos)”, brinca o ator.
O último episódio da nona temporada de Chicago P.D. vai ao ar no Universal TV nesta segunda, às 23h10. Antes, às 21h30, o canal exibe a season finale de Chicago Med e, às 22h20, a conclusão da décima temporada de Chicago Fire.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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