FILMES E SÉRIES

The Rock em cena de Adão Negro

Divulgação/Warner Bros.

MOMENTO DE TENSÃO

Crise na DC! Após ‘morte’ de Batgirl, chefão ameaçou pedir demissão

Walter Hamada topou ficar na empresa até o lançamento de Adão Negro. Presidente da Discovery quer apostar em universo compartilhado outra vez

Luciano Guaraldo

A crise no universo dos super-heróis da DC Comics vai muito além do cancelamento abrupto de Batgirl. Presidente da DC Films, Walter Hamada bateu de frente com o novo chefão da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, e ameaçou pedir demissão. Por enquanto, ele concordou em ficar no posto até 21 de outubro, quando ocorre o lançamento de Adão Negro.

Depois que o filme com Dwayne “The Rock” Johnson chegar aos cinemas, Hamada deve decidir qual será o seu destino. O desempenho da produção do anti-herói nas bilheterias deve ter um peso muito grande em sua permanência na DC Films ou na sua demissão imediata.

David Zaslav, que veio da Discovery e assumiu todo o conglomerado após a venda da Warner Bros., já deixou claro que não está satisfeito com a maneira como os heróis da DC estão sendo usados no cinema. Na quinta (4), durante reunião de acionistas, ele explicitou que a ideia daqui para a frente é planejar a longo prazo para a construção de um universo compartilhado e bem amarrado. Ele chegou a citar o que a Disney tem feito com a Marvel como um exemplo a ser seguido.

“Achamos que podemos construir um modelo de negócios muito mais forte e com crescimento sustentável com os personagens da DC. Para isso, vamos focar na qualidade. Não vamos lançar nenhum filme até que ele esteja totalmente pronto. A DC é algo que podemos melhorar”, afirmou Zaslav.

Segundo fontes da revista The Hollywood Reporter, Walter Hamada soube por terceiros que o projeto de Batgirl seria abortado, e ficou chateado por não ter sido consultado sobre a decisão. Ele também se mostrou preocupado com o impacto que o cancelamento teria na equipe envolvida e na reputação do estúdio diante de outros diretores, roteiristas e atores.

A estratégia de construir um universo compartilhado como o da Marvel contraria o que Hamada estava fazendo com a DC desde que assumiu a empresa, em 2018. Na época, Liga da Justiça (2017) tinha decepcionado nas bilheterias, e o futuro dos maiores heróis dos quadrinhos era incerto.

Ele optou, então, por fazer longas que funcionassem de maneira independente ou que fossem interligados por poucos elementos. Foi assim com Shazam! (2019), Coringa (2019), Aves de Rapina (2020), O Esquadrão Suicida (2021) e Batman (2022). Agora, sob ordens de David Zaslav, Walter Hamada vai ter que mudar sua estratégia. Ou pedir para sair.

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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