5ª temporada: Elite volta com sexo em excesso e personagem brasileiro

A aguardada quinta temporada de Elite entra no catálogo da Netflix nesta sexta (8) tentando resgatar o frisson das primeiras temporadas, responsáveis por lançar a série ao estrelato. Mas a tentativa de atrair atenção acaba escorregando: mesmo com novas tramas paralelas e crimes para sustentar o suspense da narrativa, a série ainda derrapa em cenas de sexo fora de contexto.

ATENÇÃO: Contém spoilers da quarta temporada! Cuidado para não azedar o seu dia!

Porém, o público finalmente descobrirá o que aconteceu depois do último episódio da quarta temporada, quando Armando (Andrés Valencoso) é morto por Guzmán (Miguel Bernadeau). O crime foi encoberto por Samuel (Itzan Escamilla) e Rebeca (Claudia Salas), que agora, na quinta temporada, começam um novo ano em Las Encinas e vão lidar com as consequências desse segredo.

Nova temporada, novos segredos

Na nova temporada Mencía (Martina Cariddi) se sente culpada pelo acidente com Ari (Carla Díaz), que tentou defender a irmã de seu abusador, Armando, entrando num conflito que resultou na quase morte da estudante. A dinâmica na casa de Ari, Mencía e Patrick (Manu Ríos) muda por conta do acidente e agora é Mencía que tenta de todas as maneiras não desapontar seu pai e diretor do Las Encinas, Benjamín (Diego Martín). Ela teme que isso vá abalar de vez o que ainda resta de seu relacionamento com Rebe. Benjamin, por sua vez, segue tentando tornar a vida dos estudantes do colégio mais difícil, com regras cada vez mais rígidas, que terão, claro, consequências como só Elite sabe promover.

Quem também está em um impasse para não desapontar Benjamín é Samuel, que segue apaixonado por Ari. No último episódio da quarta temporada, Guzmán deixa a cidade com Ander (Arón Piper) para fazer uma viagem pelo mundo —os atores também se despediram dos seus personagens e deixaram a série—, o que abre caminho para o romance entre Ari e Samuel. Mas nada está completamente definido pois, como todo fã da série sabe bem, todo relacionamento em Elite tem a chance de acabar quando um novo estudante aparece em Las Encinas.

O que muda com o novo elenco

As impressões sobre a série, baseadas nos três primeiros episódios, nos dão algumas pistas do que está por vir. A primeira delas fica por conta do impacto na mudança do elenco. Com a perda de quase todo elenco original, novos personagens prometem ser os próximos queridinhos do público nesta quinta temporada. A chegada de Iván (o brasileiro André Lamoglia) parece mexer com Patrick (Manu Ríos) e, ao que tudo indica, deve ser a razão de muitos conflitos nesta nova fase. Filho de um jogador de futebol, Cruz (Carloto Cotta), Ivan acrescenta uma complexidade que faltava nas relações na quarta temporada, por conta da tensão sobre sua sexualidade e também pela dinâmica da relação entre o garoto e o pai.

Outra personagem que os fãs da série vão amar odiar é a milionária Isadora (Valentina Zenere), nova estudante que quer garantir seu espaço ao lado do príncipe Phillipe (Florian Von Triesenberg). O príncipe, por sua vez, ainda tenta reconquistar Cayetana (Georgina Amorós), mas será muito influenciado por Isa, o que deverá ser um dos triângulos amorosos interessantes da temporada.

Quarta temporada foi fraca, mas a quinta promete

Depois de três temporadas com notas altíssimas no Rotten Tomatoes, Elite entrou em seu quarto ano tentando inovar no mistério e trazer uma vítima que sobrevive e um vilão que não é um aluno de Las Encinas, num enredo que se afastou bastante da narrativa responsável pelas três primeiras temporadas. Com os conflitos acerca da morte de Marina (María Pedraza) totalmente resolvidos, a quarta temporada pareceu solta e sem propósito, em busca de um novo arco para bagunçar a vida dos personagens que restaram na trama. Samuel e Guzman pareceram perdidos em torno de Ari e o flerte de Ander e Patrick também pareceu um recurso desgastado para preencher um roteiro fraco, que só engata a partir do oitavo episódio.

Ao menos as festas continuam boas em Las Encinas

Divulgação/Netflix

Já o início da quinta temporada aparenta retomar o clima e a estrutura das três primeiras, ainda que algumas cenas de sexo pareçam desnecessárias e com o único propósito de alimentar a mística em torno do que já se espera da série. Ainda assim, em seu quinto ano, Elite mantém uma excelente trilha sonora, festas que elevam o nível das pegações na série e, claro, muita gente sensualizando nos banheiros do colégio.

Com personagens passando por conflitos menos repetitivos e um pouco mais complexos, talvez a série consiga se redimir nesta quinta temporada, para surpreender o fã que já entende que sempre existe um mistério a se resolver em Elite, mas ainda quer descobrir quem é o vilão de uma maneira que não pareça óbvia e preguiçosa.

Leva que tá doce: Novos personagens mais complexos, que prometem complicar a vida de todo mundo em Las Encinas

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Presta atenção, freguesia: Na trilha sonora, na cinematografia das festas, nos figurinos