Lea Michele admite comportamento tóxico nos bastidores de Glee

Acusada de racismo por ex-integrantes do elenco de Glee (2009-2015), Lea Michele, intérprete de Rachel Berry na série musical de Ryan Murphy, admitiu ter mantido um comportamento tóxico nos bastidores da atração.

Em 2020, a atriz Samantha Ware (Jane) veio a público em 2020 para fazer denúncias de racismo contra Lea nos bastidores de Glee. Na época, ela teve o apoio de ex-colegas como Heather Morris (Brittany), Amber Riley (Mercedes) e Alex Newell (Unique).

As acusações contra a ex-estrela de Glee voltaram a ocupar as discussões nas redes sociais há alguns meses, quando Lea Michele foi escalada para estrelar uma nova montagem do espetáculo Funny Girl. Ela assumiu o papel da protagonista Fanny Brice no lugar de Beanie Feldstein, que foi muito criticada por sua escalação e deixou a produção muito antes do esperado.

Em entrevista ao jornal The New York Times, Lea explicou que as acusações de 2020 a fizeram “refletir muito” sobre seu comportamento no set de Glee. Segundo a atriz, sua atitude era fruto de um início prematuro de carreira na Broadway que a tinha colocado em um “estado semirrobótico”.

“Eu tenho um limite para mim. Eu trabalho muito duro. Não deixo margem para erros. Esse nível de perfeccionismo, ou essa pressão pelo perfeccionismo, me deixou com muitos pontos cegos”, explicou a atriz de 36 anos.

“Eu realmente entendo agora a importância e o valor de ser um líder. Significa não apenas ir e fazer um bom trabalho quando a câmera está rodando, mas também quando eça não está. E isso nem sempre foi o mais importante para mim. Todo mundo aqui passou por muita coisa, e eu só tenho que entrar e estar preparada e fazer um bom trabalho e respeitar o fato de que este é o espaço deles.”

Á publicação, Lea também afirmou ter medo de responder usuários nas redes sociais com críticas a ela, incluindo rumores que surgiram no Tumblr de que ela não consegue ler. A atriz atribuiu a piada ao machismo.

“Eu estava em Glee todos os dias. Eu conhecia minhas falas todos os dias. E, agora, há um boato online de que eu não sei ler ou escrever? É triste. Realmente é. Eu acho muitas vezes que, se eu fosse um homem, esse não seria o caso”, finalizou.