FILMES E SÉRIES

Jacob Elordi e Cailee Spaeny em cena de Priscilla, filme sobre Elvis

Divulgação/A24

Crítica

Longe dos palcos, Elvis tem sua vida particular exposta em Priscilla

O filme de Sofia Coppola não teve medo de entrar em aspectos controversos da história do cantor

Victor Cierro
Victor Cierro

Priscilla, que chega oficialmente aos cinemas em 4 de janeiro, mostrou como Elvis Presley (1935-1977) agia fora dos palcos. O filme dirigido por Sofia Coppola não vangloriou o cantor, ao contrário de outras tramas, e colocou os holofotes na mulher do artista. Nesse papel de protagonista, Cailee Spaeny conseguiu transmitir de forma verossímil as emoções da jovem durante os anos 1960 e 1970.

Baseada no livro da própria Priscilla Presley, Elvis e Eu (1985), a trama conta como um dos homens mais famosos da história começou uma relação com uma garota de apenas 14 anos. O filme acompanha desde o primeiro encontro na Alemanha até o divórcio em 1972.

Priscilla (Cailee Spaeny) fica encantada e apaixonada por Elvis (Jacob Elordi) quase instantaneamente. Enquanto estava no exército, o astro do rock passava seu tempo livre com a jovem. No entanto, ao receber a oportunidade de voltar aos Estados Unidos, ele decide abandoná-la em um piscar de olhos.

Surfando na fama, Elvis engatou diferentes romances com várias celebridades. Ao mesmo tempo, Priscilla sofria de amor e solidão. Tudo isso mudou com um telefonema da estrela da música. Com muita insistência, a garota conseguiu permissão para viajar a sua terra natal e, eventualmente, morar com seu namorado.

Se a relação já começou de forma tóxica, o resto do relacionamento só foi pior. Durante anos, a personagem de Cailee lidou com machismo, misoginia, desconfiança e traições. A jovem raramente era tratada com respeito por seu companheiro. De acordo com a trama, Elvis tinha um complexo de superioridade bem volátil.

Cailee Spaeny e Jacob Elordi em cena de Priscilla

Cailee Spaeny e Jacob Elordi em cena de Priscilla

Divulgação/A24

Priscilla vs. Elvis (2022)

Diferente de Baz Luhrmann, Sofia Coppola mostra vários lados negativos do cantor. Enquanto Elvis (2022) passou pano para a relação problemática com uma jovem de 14 anos, Priscilla foi diferente. O filme deu voz à ex-mulher do astro e expôs uma história apagada pela sociedade.

A cinematografia de Sofia também merece exaltação. De forma delicada, o filme consegue passar uma sensação intimista. O que aproxima o público da história de Priscilla Presley. A produção também acertou em uma brilhante sonora. Sem as músicas de Elvis, as melodias da época tomaram conta da história, emergindo a audiência neste universo.

Cailee e Jacob Elordi estão em diferentes espectros durante o longa. A intérprete de Priscilla traz certa delicadeza e uma sutileza necessária para o papel. Já o ator responsável por encarnar Elvis precisou balancear essa emoção com sua intensidade invejável. O astro tem uma presença de tela única –qualidade necessária de um ator para viver o cantor.

Em comparação com Austin Butler, Elordi pode ter ficado atrás na caracterização do personagem. Mas, ao analisar a imposição dos atores e seus sotaques como o astro do rock, o ator de Euphoria está na frente do protagonista de Elvis. Ele foi capaz de trazer a energia necessária para contar essa história pouco comentada.

Pôster de Priscilla

Priscilla

Drama
14

Direção

Sofia Coppola

Produção

A24

Onde assistir

Cinemas

Elenco

Cailee Spaeny
Jacob Elordi
Ari Cohen
Dagmara Dominczyk
Tim Post
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QUEM FEZ
Victor Cierro

Victor Cierro

Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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