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Horizon Chase Turbo, Unsighted e Dodgeball Academia

Montagem/Tangerina

Lista

De Horizon Chase Turbo a Unsighted: Os melhores jogos brasileiros

O mercado de games do Brasil tem crescido e oferecido cada vez mais títulos de qualidade. Aqui, listamos os melhores jogos produzidos por estúdios brasileiros; confira

Jessica Pinheiro
Jessica Pinheiro

Os brasileiros amam videogames, isso é um fato consolidado. Em números, isso se traduz da seguinte forma: uma receita de R$ 12 bilhões em 2021, de acordo com dados da Newzoo, consagrando o Brasil como o principal mercado de jogos da América Latina e o 12º maior do mundo.

Além de amar jogar, o mercado brasileiro de desenvolvimento de jogos vem crescendo a cada ano, ganhando inclusive reconhecimento internacional —como é o caso de Unsighted e Dodgeball Academia, que chamaram a atenção do público e crítica fora do Brasil no ano passado, a partir de uma parceria da publicadora Humble Games com o Xbox Game Pass.

Dito isto, a Tangerina lista abaixo os melhores jogos produzidos por estúdios nacionais. Não estranhe, portanto, caso não encontre Celeste e TowerFall, pois apesar de alguns brasileiros terem participado dos projetos, estes jogos são de estúdios de fora do Brasil. Explicações à parte, eis a nossa seleção!

A Lenda do Herói

Cena de A Lenda do Herói

A Lenda do Herói traz narração e trilha sonora dinâmicas

Reprodução/Dumativa

Desenvolvido pelo estúdio carioca Dumativa em colaboração com os Castro Brothers, A Lenda do Herói é um jogo de plataforma 2D que homenageia diversos clássicos das eras 8 e 16 bits, tais como The Legend of Zelda e Wonder Boy in Monster Land

Ao mesmo tempo, o game é uma sátira aos títulos dessas duas épocas, pois coloca o jogador para controlar e guiar um herói enquanto sua jornada é inteiramente narrada e cantada. A trilha sonora dinâmica acompanha o protagonista enquanto ele atravessa plataformas voadoras, desafia inimigos, encontra armas e vive alguns dos maiores clichês de jogos do gênero aventura.

Existem ainda alguns quebra-cabeças, itens especiais para desbloquear novas áreas e muitos outros elementos que tornam este um jogo único. Vale apontar também o conteúdo extra que oferece regiões inéditas embaladas por músicas de diferentes gêneros —com participação de YouTubers e até mesmo do Detonator da banda de metal Massacration.

  • Leva que tá doce: O jogo subverte de maneira interessante alguns clichês das histórias épicas, como o cavaleiro que salva a princesa, por exemplo.
  • Dois pelo preço de um: Se você gostou da narração e trilha sonora dinâmicas de Bastion e Transistor, certamente vai se sentir em casa quando jogar A Lenda do Herói.
  • Presta atenção, freguesia: O jogo base é relativamente curto, com cerca de oito horas de duração, mas a aventura completa pode se estender por mais algumas horas caso você adquira a versão definitiva e os DLCs com conteúdo extra.
  • Disponível para: PC

Alpha Beat Cancer

Cena de Alpha Beat Cancer

Um game educativo e descontraído sobre o câncer e seus tratamentos

Reprodução/Mukutu/Mkt Virtual/Beaba

Obra do estúdio Mukutu, sediado em Santos e que faz parte da Mkt Virtual, em parceria com o instituto sem fins lucrativos, o Beaba, o premiado projeto Alpha Beat Cancer foi criado com a missão de desmistificar o câncer. 

O jogo contou ainda com apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), e até mesmo recebeu prêmios como, por exemplo, o World Summit Awards na categoria global de saúde e bem-estar, em 2018.

Em Alpha Beat Cancer, o jogador interage com 20 mini jogos que, além de divertir, também levam informações importantes sobre o câncer e seu tratamento. No game é necessário auxiliar o enfermeiro, conter sangramentos, seguir o fisioterapeuta, fazer biópsias, e muito mais.

  • Leva que tá doce: Com a gamificação das informações sobre o câncer, torna-se fácil e intuitivo aprender mais sobre o tema.
  • Dois pelo preço de um: Ideal para quem deseja uma experiência educativa sobre câncer, mas um pouco mais leve do que o emocionante e importante That Dragon, Cancer
  • Presta atenção, freguesia: No desenvolvimento estiveram envolvidos pacientes e profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e pedagogos.
  • Disponível para: Android | iOS

ÁRIDA: Backland’s Awakening

Cena de Árida: Blackland's Awakening

Título aproxima o jogador da realidade do sertão brasileiro no século XIX

Reprodução/Aoca Game Lab

ÁRIDA: Backland’s Awakening é o primeiro projeto desenvolvido pelos baianos do estúdio Aoca Game Lab, time que conta com apenas seis devs. 

Neste game de aventura 3D, o jogador controla Cícera, uma curiosa sertaneja que segue os conselhos de seu avô e de outros moradores da vila onde mora para aprender a sobreviver e enfrentar a devastadora seca que assola o sertão brasileiro, fazendo com que famílias abandonem suas casas e muitas plantações sejam perdidas, além da morte de animais.

Cícera precisa passar por uma série de desafios, abrindo caminhos ou cortando um pé de milho com um facão e uma enxada e conseguindo água para poder sobreviver. Além de ouvir histórias, explorar e coletar itens essenciais e criar receitas, a protagonista tem como objetivo explorar o sertão e reencontrar seus pais.

  • Leva que tá doce: O game aproxima o jogador da realidade do sertão brasileiro, colocando-o para sobreviver em regiões áridas e de muita seca.
  • Dois pelo preço de um: Gostou de explorar os cenários áridos de Sable ou de interagir e deslizar pelos desertos de Journey? Então Árida é sua próxima parada!
  • Presta atenção, freguesia: ÁRIDA: Backland’s Awakening ganhará uma continuação em breve: ÁRIDA 2: Rise of the Brave, que continua a jornada de Cícera em pleno sertão brasileiro do século XIX.
  • Disponível para: PC

Blazing Chrome

Cena de Blazing Chrome

Arte pixelada fluída e ação frenética lhe aguardam em Blazing Chrome

Reprodução/The Arcade Crew/CE-Asia

Um dos títulos mais conhecidos do JoyMasher, estúdio brasileiro focado em jogos retrô, certamente é Blazing Chrome. O game traz gráficos 2D e uma jogabilidade de ação e tiro em câmera lateral (também chamado de side-scrolling), bem ao estilo de clássicos como Contra e Metal Slug.

Aqui, o jogador escolhe entre Mavra, uma supersoldado da resistência humana, ou Doyle, um robô insurgente igualmente letal. A dupla faz parte de um grupo de rebeldes que luta contra um exército robótico controlado por uma inteligência artificial que dominou o mundo e tornou os humanos dispensáveis.

Vale destacar ainda o belíssimo trabalho de arte pixelizada de Blazing Chrome, que traz cenários pós-apocalípticos que simulam gráficos 16 bits e oferece batalhas épicas contra chefões, satisfazendo os jogadores mais nostálgicos e que adoram desafios.

  • Leva que tá doce: De maneira extremamente sutil, o jogo aborda a temática da supremacia das máquinas em um cenário futurista.
  • Dois pelo preço de um: Além das já citadas franquias Contra e Metal Slug, Blazing Chrome também é recomendado para quem aprecia a dificuldade e o estilo visual de Cuphead.
  • Presta atenção, freguesia: A ação frenética de Blazing Chrome é refrescante para aqueles que buscam apenas sentar e jogar com o intuito de relaxar, sem precisar pensar muito.
  • Disponível para: PC (Steam | GOG) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch

Chroma Squad

Cena de Chroma Squad

Chroma Squad te coloca para gerenciar um programa sobre um esquadrão justiceiro

Reprodução/Behold Studios

Quem nunca se imaginou fazendo parte de um esquadrão que luta pela justiça quando era criança, não é mesmo? Pois Chroma Squad talvez possa realizar parcialmente esse sonho.

O game, desenvolvido pelos brasilienses do Behold Studios, é um RPG tático sobre cinco dublês que decidem sair de seus trabalhos convencionais para fundar seu próprio estúdio de TV, inspirado em Power Rangers.

Aqui, o jogador precisa basicamente gerenciar esse negócio contratando atores, comprando equipamentos e trazendo cada vez mais melhorias para o estúdio, além de criar armas e robôs gigantes feitos de papelão e fita crepe.

Assim, quando as câmeras forem ligadas e você controlar seu  próprio esquadrão de guerreiros cromáticos vestidos de collant em batalhas por turno épicas, a experiência poderá ser a mais próxima possível de um verdadeiro super sentai.

  • Leva que tá doce: O jogo equilibra bem os dois mundos, oferecendo gerenciamento e criação de recursos e uma experiência de RPG legítima com batalhas por turnos, árvore de habilidades e ataques combinados.
  • Dois pelo preço de um: Chroma Squad é uma carta de amor a série de esquadrões e guerreiros que lutam pela justiça, como Power Rangers, Super Sentai (seriados japoneses) e tokusatsu em geral. Se você gosta desse tipo de mídia, certamente vai adorar o game.
  • Presta atenção, freguesia: O game oferece três finais diferentes para te mander investido na experiência, e traz uma trilha sonora em chiptune surreal, além dde uma trabalho de arte pixelizada colorida e detalhada.
  • Disponível para: PC (Steam | GOG) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch

Dandara

Cena de Dandara: Trials of Fear Edition

Com elementos de metroidvania e plataforma, Dandara desafia a gravidade e traz muito da cultura brasileira

Reprodução/Raw Fury

Dandara foi criado pela dupla de mineiros que compõe o estúdio Long Hat House. O game segue o gênero de plataforma 2D com mecânicas de metroidvania e, como o nome bem sugere, gira em torno da protagonista titular.

Aqui, Dandara é uma guerreira habilidosa que desafia a gravidade saltando sobre pisos, paredes e tetos, enquanto desvenda os segredos e mistérios do mundo Sal e liberta os cidadãos desse local, agora oprimidos por militares e figuras autoritárias.

A exploração sem limites de Dandara é um de seus pontos altos, e o combate intuitivo combina bem com as batalhas e as interações dinâmicas com os cenários. A protagonista precisa ainda coletar aprimoramentos de armas e vida e, quando necessário, pode descansar em acampamentos que representam checkpoints.

  • Leva que tá doce: Como o título sugere, Dandara foi nomeada a partir da escrava e esposa de Zumbi dos Palmares que lutou contra o sistema escravista, e o game conta com diversas outras referências à cultura brasileira —como a obra Abaporu de Tarsila do Amaral.
  • Dois pelo preço de um: Se você gostou da jogabilidade e da heroína de Celeste, das mecânicas e batalhas de Ori and the Will of the Wisps, ou da exploração de Hollow Knight, pode colocar Dandara como próxima parada na sua lista.
  • Presta atenção, freguesia: Considere a versão Trials of Fear, que adiciona um foco de narrativa novo ao jogo, com novas descrições, cenas, diálogos e cenários que elaboram melhor a história do mundo Sal e seus habitantes.
  • Disponível para: PC (Steam | Epic Games) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch | Mobile (Android | iOS)

Dandy Ace

Cena de Dandy Ace

Dandy Ace oferece mecânica de cartas e roguelike com câmera isométrica

Reprodução/NEOWIZ

Dinâmico e estiloso, Dandy Ace reúne o melhor do gênero roguelike com uma mecânica de cartas em uma câmera isométrica 2D. Aqui, o jogador controla o mágico titular em uma aventura para se libertar de um espelho amaldiçoado junto de suas assistentes, passando por caminhos procedurais, ou seja, gerados com configurações diferentes a cada visita.

Dandy Ace brilha verdadeiramente em sua mecânica de cartas: é preciso entender como funcionam cada uma delas e combiná-las para poder se dar bem na exploração e para cima dos inimigos. Os caminhos até o chefe final também oferecem alternativas e os gráficos chamam bastante atenção por serem muito detalhados, coloridos e estilizados.

Vale apontar que o jogo está 100% localizado em português, afinal, foi desenvolvido pelo estúdio paulista Mad Mimic.

  • Leva que tá doce: Oferece uma variedade de de cartas que podem ser combinadas após serem encontradas, resultando em combos mais fortes.
  • Dois pelo preço de um: Indicado para quem gostou do combate variado, gráficos e câmera de Hades ou da mecânica de cartas de Loop Hero.
  • Presta atenção, freguesia: A dublagem brasileira foi feita por influencers e youtubers conhecidos, tais como LJoga (Dandy Ace), Maethe (Jenny Jenny), Gabi Cattuzzo (Jolly Jolly), BRKsEdu (Axolangelo e Severino), Kalera (Scissorella), Patife (Nnif) e VinieMattos (Lele, O Ilusionista).
  • Disponível para: PC (Steam) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch

Distortions

Cena de Distortions

Arte e música se misturam em Distortions, jogo que ficou 9 anos em desenvolvimento

Reprodução/Among Giants

Um projeto ambicioso desenvolvido ao longo de nove anos: este é Distortions, um psicodrama musical e também o principal jogo de aventura e RPG com gráficos 3D do estúdio brasileiro Among Giants, que mistura mecânicas de exploração, quebra-cabeças e ritmo para progredir.

Em Distortions, o jogador controla uma garota sem nome que, primeiramente, acorda em um estranho vale onde o tempo não passa. Enquanto a protagonista é assombrada por misteriosas figuras mascaradas, será preciso ajudá-la a recuperar as memórias e a superar um traumático evento.

Os diversificados cenários de Distortions combinam bem com as mecânicas de ritmo e música da jogabilidade, já que a protagonista utiliza um violino como principal arma e para diversas finalidades: criar pontes, causar explosões, formar barreiras, tornar-se invisível, dentre outras ações.Tudo isso enquanto uma história dramática com muito suspense se desenrola.

  • Leva que tá doce: O game trabalha com memórias e relações não superadas representados com muita arte e música, o que torna Distortions em uma experiência conceitualmente ímpar.
  • Dois pelo preço de um: Se você gostou das histórias traumáticas de relacionamentos como o do jogo Silent Hill 2 ou o do filme Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Distortions certamente vai te pegar.
  • Presta atenção, freguesia: A câmera —eterna inimiga dos jogos 3D— e os pulos às vezes não muito precisos da garota, podem azedar um pouco da experiência.
  • Disponível para: PC

Dodgeball Academia

Cena de Dodgeball Academia

RPG com queimada? Em Dodgeball Academia você tem isso e muito mais

Reprodução/Humble Games

Quem disse que jogos esportivos não têm história é porque não conheceu Dodgeball Academia ainda. Desenvolvido pelo estúdio paulista Pocket Trap, de Ninjin: Clash of Carrots, o game foca na jornada de Otto, um estudante que deseja se tornar o melhor jogador de queimada de todos os tempos.

Ele foge de sua escola e se junta à Dodgeball Academia, uma das instituições especializadas de referência e, como uma boa história de esporte e superação ao melhor estilo anime do gênero shonen, o protagonista conhece rivais, cria alianças improváveis e desvenda alguns mistérios enquanto escala em um torneio.

As batalhas, claro, são feitas em partidas de queimada e a narrativa e a progressão dos personagens é inspirada em RPG. É possível jogar um modo competitivo local e, por ser brasileiro, o jogo conta com legendas em português.

  • Leva que tá doce: Indicado para você sair da mesmice: o puro suco da queimada para você relembrar dos tempos de escola e se sentir parte de um anime esportivo.
  • Dois pelo preço de um: Se curtiu o clima esportivo de Knockout City ou Roller Champions, ou gostou do RPG ambientado em escola de Scarlet Nexus, dê uma chance para Dodgeball Academia.
  • Presta atenção, freguesia: A localização brasileira conta com diversos trocadilhos e gírias que deixam tudo mais engraçado e imersivo.
  • Disponível para: PC (Steam) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch

Galaxy of Pen & Paper +1

Cena de Galaxy of Pen and Paper +1

Galaxy of Pen and Paper +1 é um meta-RPG sobre jogar RPG de mesa

Reprodução/Behold Studios

Mais um sucesso dos brasilienses do Behold Studios, Galaxy of Pen & Paper +1 é um meta-RPG de turnos sobre um grupo de jogadores… de RPG —só que de mesa!

Em uma história que se passa em 1999, você deverá criar seu próprio mestre e um grupo de RPG e, ao longo da aventura, irá explorar planetas distantes a partir da imaginação dos participantes e lutar com alienígenas, além de salvar a galáxia.

Galaxy of Pen & Paper +1 foi premiado como melhor jogo indie em ambos os eventos PAX East e PAX West de 2017, além de levar no mesmo ano nas categorias de áudio, narrativa e melhor jogo no SBGames em Curitiba

  • Leva que tá doce: A mecânica de rolar dados traz uma sensação autêntica de RPG de mesa que poucos games do gênero conseguem reproduzir.
  • Dois pelo preço de um: Se gosta de clássicos de RPG na era 2D como Chrono Trigger ou de games do mesmo gênero só que modernizados e em 3D como Mass Effect, considere dar uma chance a Galaxy of Pen and Paper!
  • Presta atenção, freguesia: O game é uma sequência de Knights of Pen & Paper, que expande o universo e traz uma variedade de raças maior, além de uma nova e criativa ambientação de ficção científica.
  • Disponível para: PC (Steam | GOG) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch | Mobile (Android | iOS)

Horizon Chase Turbo

Cena de Horizon Chase Turbo

Horizon Chase Turbo é nostalgia pura para os fãs de jogos de corrida arcade

Reprodução/Aquiris

Se você é um gamer veterano, certamente deve se lembrar de títulos clássicos de corrida estilo arcade como Top Gear, Rush, Lotus Turbo Challenge, Out Run e tantos outros. Caso você sinta saudades de jogos assim, Horizon Chase Turbo veio para ocupar essa lacuna.

Desenvolvido pelo estúdio gaúcho Aquiris, o jogo faz diversos agrados a nossa pátria, com pistas em Niterói (RJ), Brasília (DF), Salvador e Chapada Diamantina (BA), além de oferecer modo multijogador com tela dividida para quem quer jogar com os amigues na mesma sala e sofá.

Premiado, recomendado em diversas listas e um dos jogos brasileiros mais bem-sucedidos, Horizon Chase Turbo se torna praticamente um título indispensável, ainda mais depois de lançar um conteúdo adicional obrigatório para qualquer fã de corrida e F1: a edição Senna Sempre que homenageia o maior piloto e ícone nacional.

  • Leva que tá doce: É um jogo de corrida simples, divertido e com um toque brasileiro.
  • Dois pelo preço de um: É impossível não recomendar Horizon Chase Turbo para os fãs de Top Gear. Se você jogou este clássico dos jogos de corrida dos anos 1990, jogue Horizon Chase Turbo.
  • Presta atenção, freguesia: A inspiração de Horizon Chase Turbo em Top Gear é tamanha que o jogo conta com o mesmo compositor do clássico de Super Nintendo, o escocês Barry Leitch.
  • Disponível para: PC (Steam | Epic Games) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch | Mobile (Android | iOS)

Kaze and the Wild Masks

Cena de Kaze and the Wild Maks

Uma carta de amor a jogos de plataforma 2D da era 16 bit

Reprodução/SOEDESCO

Produzido pelos gaúchos do estúdio PixelHive, sediado em Porto Alegre, Kaze and the Wild Masks é uma carta de amor a jogos clássicos de plataforma 2D, tais como Sonic the Hedgehog, Donkey Kong Country e Super Mario World.

A aventura de Kaze and the Wild Masks se passa nas Crystal Islands e o jogador controla a protagonista titular, Kaze, que precisa salvar seu amigo Hogo de uma maldição que espalha caos pelo arquipélago. 

A jogabilidade permite escalar paredes como um tigre, cruzar os céus como uma águia, correr como um lagarto e dominar o oceano como um tubarão. Tudo isso, graças às máscaras que você precisa encontrar para poder progredir no game.

  • Leva que tá doce: Além da nostalgia dos jogos clássicos de plataformas 2D, Kaze and the Wild Masks tem uma arte pixelada altamente estilizada que lembra um desenho animado —e muito bem poderia ser transformado em um!
  • Dois pelo preço de um: Ideal tanto para jogadores de primeira viagem que desejam se aventurar em um game legítimo de plataforma 2D (como os já citados Sonic, Mario e Donkey Kong), ou ainda para aqueles que buscam reviver jogos clássicos desse gênero.
  • Presta atenção, freguesia: São mais de 30 fases e mais de 50 fases bônus para te manter entretide por muitas e divertidas.
  • Disponível para: PC (Steam) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch

Lenin – The Lion

Cena de Lenin The Lion

Lenin The Lion traz uma história sobre a adolescência, seus conflitos e descobertas

Reprodução/Lornyon

Lenin é um leão albino e o único de sua espécie e, portanto, se sente inseguro e desanimado, além de ser desprezado por todo o vilarejo. Quando ele começa a viver situações incomuns em seu doloroso cotidiano, percebe que precisará enfrentar seus medos e inimigos internos e externos também.

Lenin – The Lion é um RPG focado na narrativa em que você é o personagem titular em uma aventura 2D com visão aérea e mecânicas de quebra-cabeças e opções. Não há batalhas ou níveis: todas as ações tomadas pelo jogador são feitas através de conversas.

Vale apontar que as escolhas, por mais morais que pareçam, não alteram o perfil de Lenin —tornando-o bom ou vil. As opções interferem em seu destino e nos desdobramentos do enredo principal, além de desbloquear diferentes diálogos com personagens não-jogáveis e finais diferentes em cada área.

Lenin – The Lion foi desenvolvido por João, mais conhecido como Lornyon, e conta com uma arte e trilha sonora totalmente originais e personagens antropomorfizados fofos, além de uma experiência única de narrativa.

  • Leva que tá doce: Lenin – The Lion é um jogo que gira em torno da adolescência, seus conflitos e descobertas.
  • Dois pelo preço de um: Se gostou das escolhas nada convencionais em Undertale ou da narrativa de Omori, dê uma chance a Lenin – The Lion.
  • Presta atenção, freguesia: A mochila do Lenin é seu menu, e você pode perdê-la durante o jogo, o que significa que não poderá mais acessar seus itens. Cuidado!
  • Disponível para: PC (Steam)

Mayara & Annabelle: Idle Battles

Cena de Mayara e Annabelle Idle Battles

Baseado em uma HQ, o game traz a rapper Drik Barbosa como personagem jogável

Reprodução/Skullfish Studios

Baseado nos quadrinhos brasileiros de Pablo Casado e Talles Rodrigues, Mayara & Annabelle: Idle Battles foi desenvolvido pelo Skullfish Studios em parceria com a Lab Fantasma e conta com participação especial da rapper paulistana Drik Barbosa como personagem jogável. 

Mayara & Annabelle: Idle Battles é situado em um mundo em que demônios e criaturas sobrenaturais tentam atrapalhar o cotidiano das pessoas. Para impedir o pior, a dupla de protagonistas titulares anda pela cidade e utiliza poderes e acessórios para batalhar contra diversos monstros.

O game oferece ação e gerenciamento de times e elementos de jogos idle e clicker, ou seja, você precisa clicar na tela repetidas vezes para coletar recompensas e ganhar mais recursos. Também é possível personalizar sua equipe de combate ao mal e criar estratégias para tornar as batalhas cada vez mais eficazes. 

  • Leva que tá doce: Além de ser uma personagem jogável, Drik Barbosa também compôs uma música para o jogo. 
  • Dois pelo preço de um: Recomendado para quem curte títulos ao estilo idle e clicker, como Nonstop Knight, Cookie Clicker e Crush Crush.
  • Presta atenção, freguesia: O game é baseado em uma série de histórias em quadrinhos e oferece itens cosméticos, personagens e locais que melhoram a experiência.
  • Disponível para: Mobile (Android | iOS)

No Heroes Here

Cena de No Heroes Here

Caos ou cooperação? Em No Heroes Here é preciso trabalhar em equipe

Reprodução/Mad Mimic/Chorus Worldwide

No Heroes Here é mais um fruto do estúdio Mad Mimic, mas diferente de Dandy Ace, o foco aqui é no multiplayer. O game pode ser aproveitado em até quatro jogadores que controlam uma equipe de não-heróis, como o título do game sugere.

É necessário coordenação e cooperação para ter sucesso nas missões de proteger o reino da condenação, pois todos os personagens devem cumprir seu papel nas batalhas e trabalhar juntos, como uma equipe.

Para tanto, No Heroes Here permite confeccionar e utilizar diversos itens enquanto a equipe é coordenada com o objetivo de defender os castelos e sobreviver. Prepare-se para partidas frenéticas e muitas risadas e discussões!

  • Leva que tá doce: É possível jogar em cooperativo tanto online quanto local, o que pode reacender a nostalgia dos jogadores veteranos!
  • Dois pelo preço de um: Ideal para aqueles que gostam de cooperar ou correr o risco de perder amizades enquanto joga Overcooked! 2, Pummel Party e Brawlhalla.
  • Presta atenção, freguesia: São doze tipo de inimigos e quinze personagens jogáveis, além de nove desafios, três regiões e mais de cinquenta fases. Conteúdo o bastante para muitas partidas!
  • Disponível para: PC (Steam) | PlayStation 4 | Nintendo Switch | Mobile (Android)

Relic Hunters Zero: Remix

Cena de Relic Hunters Zero Remix

Tiro, combates variados, muita exploração e modo cooperativo te aguardam em Relic Hunters Zero: Remix

Reprodução/Akupara Games

Relic Hunters Zero: Remix é uma remasterização do game gratuito originalmente lançado em 2015, que alcançou mais de 1 milhão de jogadores. Desenvolvido pelo estúdio remoto brasileiro Rogue Snail, esta versão conta com novos recursos e melhorias, e os jogadores podem escolher entre sete personagens jogáveis. Cada um destes destemidos caçadores vem equipado com habilidades próprias, permitindo variações nos estilos de combate.

O rápido e tático Relic Hunters Zero: Remix é um jogo de tiro cooperativo com câmera aérea e elementos de roguelike/roguelite, em que é possível fabricar novas armas com os recursos encontrados. Aqui, você explora e procura relíquias enquanto tenta derrubar o império do malvado Duque Ducan, que utilizou o poder de artefatos lendários para governar a galáxia. 

  • Leva que tá doce: O crescimento e apoio contínuo da comunidade de Relic Hunters inspirou o estúdio a criar Relic Hunters Legend, uma espécie de continuação com opção multiplayer e um novo formato que mistura 2D com 3D, sistema de loot, história e outros elementos.
  • Dois pelo preço de um: Jogue Relic Hunters Zero: Remix se você curte um jogo cooperativo tipo Risk of Rain 2, um game de tiro frenético ao estilo Metal Slug ou múltiplos personagens com combate variados como em Children of Morta.
  • Presta atenção, freguesia: Relic Hunters Rebels, uma versão exclusiva do game, chegará para dispositivos móveis em breve através da Netflix. Vale ficar de olho!
  • Disponível para: PC (Steam)

Sky Racket

Cena de Sky Racket

Sky Racket misturando de forma criativa jogos de navinha e brick breaker

Reprodução/Double Dash Studios

Dos cariocas do Double Dash Studios, eis Sky Racket, game que mistura de forma criativa e com muito gingado, dois gêneros clássicos dos fliperamas: shoot ‘em up (também chamados de jogos de navinha), e brick breaker.

No mundo de Sky Racket, é impossível atacar. Entretanto, usar uma raquete para rebater tiros é uma saída e, por isso, você precisa ter bons reflexos para poder devolver os projéteis para os inimigos e assim, conseguir salvar a galáxia do tirano Korrg.

Escolha entre RacketBoy ou RacketGirl, os únicos capazes de utilizar os Sky Rackets —artefatos criados para usar a força dos inimigos contra eles—, e prepare-se para ser desafiado ao longo de 14 fases feitas a mão com mais de 50 desafios para testar suas habilidades.

  • Leva que tá doce: O game conta com diversas homenagens a jogos clássicos, como uma batalha contra chefe que remete ao lendário Pong.
  • Dois pelo preço de um: Praticamente obrigatórios para fãs de shmups clássicos como Darius, bullet hells como Mushihimesama, ou brick breakers como Arkanoid.
  • Presta atenção, freguesia: A trilha sonora cativante e inspirada e a estilo e fluída arte pixelada conseguem hipnotizar em muitos momentos.
  • Disponível para: PC (Steam | Epic Games) | Nintendo Switch

Sword Legacy: Omen

Cena de Sword Legacy Omen

Uma releitura do conto do Rei Arthur com um interessante "sistema de estresse"

Reprodução/Team17 Digital

Feito pelos cariocas do Firecast Studio em parceria com a canadense Fableware Narrative Design, Sword Legacy: Omen é um jogo de RPG com elementos de estratégia e combates por turnos e visão de câmera isométrica.

O game é uma releitura da fábula do Rei Arthur e, através de gráficos 3D estilizados que se misturam a animações inspiradas no visual de quadrinhos macabros, você controla Uther, um grão-cavaleiro desonrado que precisa liderar uma equipe inusitada.

Ao longo de missões desafiadoras com bastante exploração livre e combates estratégicos, será necessário também personalizar seu grupo e evoluir suas inúmeras habilidades, além de enfrentar inimigos e chefões e gerenciar um interessante sistema de estresse que pode colocar tudo a perder.

  • Leva que tá doce: O sistema de estresse do game é realmente bastante interessante e, apesar de desafiador, é onde Sword Legacy: Omen, se difere de tantos títulos do mesmo gênero. Caso você não dê moral e ofereça um propósito aos seus heróis, eles sucumbirão ao pânico.
  • Dois pelo preço de um: Caso goste do desafio de jogos da franquia Dark Souls, do mundo de fantasia sombria de Dragon Age, das sacadas de Banner Saga e ou de releituras não tradicionais como em God of War (2018), é possível que você goste de Sword Legacy: Omen.
  • Presta atenção, freguesia: Caso você vá com muita sede ao pote por Lendas Arturianas e similares, a experiência pode acabar azedando. É mais uma releitura inspirada do que uma nova versão do conto propriamente dito.
  • Disponível para: PC (Steam)

Unsighted

Cena de Unsighted

Em Unsighted, você corre contra o tempo para salvar seus amigues autômatos

Reprodução/Humble Games

À primeira instância, os visuais pixelizados e altamente detalhados de Unsighted chamam atenção, mas o game produzido pelo estúdio paulista Pixel Punk, oferece muito mais do que belíssimos gráficos. 

Unsighted tem uma jogabilidade precisa e variada: o jogador pode defletir golpes e usar um conjunto diferente de armamentos, sempre alternando entre uma arma de longo e outra de curto alcance.

É possível fabricar equipamentos e aprimorar habilidades, explorar o futurista e gigantesco mundo de Arcadia e decidir onde e em quem focar seus esforços, uma vez que o jogo tem um contador.

Por isso mesmo, o jogador precisa guiar a protagonista, uma autômata conhecida como Alma, e salvar o máximo de amigos possível, antes que o tempo se esgote.

  • Leva que tá doce: Tal qual a protagonista Alma, as duas criadoras de Unsighted também fazem parte da comunidade LGBTQIAP+.
  • Dois pelo preço de um: Indicado para quem gosta dos visuais e da jogabilidade dos jogos da Supergiant Games, da narrativa empática e da ambientação cyberpunk de The Red Strings Club, ou da filosofia, gameplay e dos androides que protagonizam NieR Automata.
  • Presta atenção, freguesia: 100% desenvolvido por duas brasileiras.
  • Disponível para: PC (Steam) | Xbox One | PlayStation 4 | Nintendo Switch

Until Dead – Think to Survive

Until Dead: Think to Survive exige estratégia para sobreviver contra zumbis

Do estúdio mato-grossense Monomyto, Until Dead – Think to Survive é um game de estratégia e resolução de quebra-cabeças para dispositivos móveis, em que é preciso sobreviver ao apocalipse zumbi.

Com o auxílio da câmera sobreposta sobre o cenário, o jogador luta contra hordas de mortos-vivos em turnos, pois ao contrário de muitos games do gênero, aqui é necessário utilizar a cabeça e pensar, como o subtítulo bem sugere. 

É necessário observar com atenção as ações dos inimigos de Until Dead – Think to Survive, antecipar com cuidado suas próximas ações —sejam elas furtivas ou não—, aproveitar bem os itens e poderes dispostos e sobreviver a mais de 40 fases!

Premiado como melhor jogo mobile no evento Indie Prize, em 2017, Until Dead – Think to Survive foi também finalista na categoria de melhor jogo brasileiro no BIG Festival 2018.

  • Leva que tá doce: O game é gratuito: basta realizar o download e jogar!
  • Dois pelo preço de um: Recomendado para quem gostou de investigar casos sobrenaturais em Phasmophobia, ou para aqueles que curtiram se juntar e traçar estratégias com amigos nos cooperativos Devour e Dead by Daylight.
  • Presta atenção, freguesia: As mecânicas de estratégia e o estilo de arte puxado para o noir diferenciam Until Dead – Think to Survive de outros jogos com temática de apocalipse zumbi.

Disponível para: Mobile (Android | iOS)

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Jessica Pinheiro

Jessica Pinheiro

Repórter da Tangerina, Jessica Pinheiro já cobriu games e tecnologia em veículos coo IGN Brasil, Loading TV e The Enemy. É streamer nas horas vagas e nasceu no Ceará, mas infelizmente não tem sotaque. Ama karaokê e também assina a Koluna Pop, onde traz todas as novidades do universo do k-pop.

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