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Lady Gaga em foto de divulgação de Chromatica

Divulgação/Universal

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Chromatica Ball marca a volta de Lady Gaga às turnês; saiba mais

Cantora estava há quatro anos sem viajar com shows por conta das fortes dores de uma fibromialgia; agora, ela leva seu disco dançante e intergaláctico aos fãs

Nicolle Cabral
Nicolle Cabral

Os Little Monsters podem comemorar. Depois da “puxada de tapete” do Oscar, Lady Gaga retornará aos palcos em grande estilo com a turnê Chromatica Ball. Esta será a primeira grande agenda de shows da cantora, após a longa residência que estrelou em Las Vegas, intitulada Lady Gaga Jazz & Piano. A artista estava desde 2018 com o formato brando de apresentações, após sofrer com um episódio intenso de dores causado pela fibromialgia. Foi esta a doença que fez com que Gaga cancelasse a apresentação no Rock in Rio 2017, episódio inesquecível para os fãs brasileiros.

Por enquanto, a Chromatica Ball conta com 15 datas e vai passar por estádios de países como Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Suécia, França e Reino Unido. Nenhuma data no Brasil foi divulgada, até agora. Mas a notícia ainda foi vista com animação pelos fãs daqui. Afinal, depois de quase dois anos de hibernação de shows pela pandemia de Covid-19, finalmente existe a possibilidade da diva pop ser vista em solos nacionais. A animação é ainda maior por Chromatica, o álbum lançado em 2020, ser feito para as pistas de danças —o antecessor, Joanne (2016), não trazia um pop tão escancarado para festas.

Por onde andou Gaga?

Entre o sucesso de Shallow, do filme Nasce uma Estrela (2018), e a turnê Chromatica Ball, Gaga se dividiu entre o estúdio de gravação e as telas dos cinemas. Em fevereiro de 2020, antes da declaração de estado de pandemia mundial da Covid-19, a artista lançou a faixa Stupid Love, acompanhada por um clipe extremamente rosa, numa pegada futurista. Assim, Gaga apresentava aos fãs o novo universo ultra pop criado por ela. Um mês depois, porém, o susto: o disco seria adiado, sem previsão de estreia. A justificativa da artista foi que “não parecia certo” lançar um disco naquele período.

Na contramão desse movimento, Dua Lipa deu ao mundo um motivo para sorrir. A britânica lançou Future Nostalgia e ocupou o topo das principais paradas da Billboard em março de 2020. Foi aí que Gaga percebeu que o pop, na verdade, poderia ser um escape, mesmo que os fãs estivessem na sala de estar.

Antes de Chromatica chegar aos Little Monsters, no entanto, Gaga se dedicou a promover a “live das lives”: a One World: Together at Home, um espetáculo virtual organizado pela própria cantora em parceria com a OMS e a ONG Global Citizen. Nele, vários artistas de alto calibre se reuniram a fim de arrecadar fundos para o combate à pandemia —e cantar brevemente alguns dos seus hits. Paul McCartney, Rolling Stones, Elton John, Taylor Swift e Anitta marcaram presença, entre outros.

Lady Gaga se apresenta no Global Citizen durante a pandemia da Covid-19

Assista à apresentação da cantora

A iniciativa rendeu US$ 127 milhões na época

Lançamento do Chromatica

Em maio, em uma entrevista exclusiva ao Fantástico, Lady Gaga revelou ter enfrentado períodos de intensa depressão e que foi “salva pela música”. Assim, Gaga retornava, de maneira triunfal, às batidas que mexem com todos os fãs de música pop, como fazia em The Fame (2008) e Born This Way (2011). Com 16 faixas, entre elas interlúdios orquestrais e espaciais, o disco foi o primeiro de inéditas depois de um hiato de quatro anos.

Ariana Grande, Elton John e Blackpink foram os convidados especiais que embarcaram nessa jornada intergaláctica da artista. Mais madura e ainda muito divertida, Gaga uniu a energia extravagante do electropop para produzir, ao lado de BloodPop, Skrillex, Axwell e Tchami, um dos melhores discos da pandemia.

Marcos do disco

Logo na estreia, Chromatica encerrou a semana com 274 mil unidades vendidas —o maior número de vendas para um disco feminino em 2020. Além disso, o disco é o primeiro lugar da cantora na Billboard 200 desde a primeira vez em que ela conquistou o topo das paradas com Born This Way, em 2011. O recorde pertencia anteriormente a Taylor Swift, que alcançou o pódio com Fearless (2008) e Lover (2019).

Com o lançamento do sexto disco de estúdio, Lady Gaga também entrou no seleto grupo de mulheres com seis ou mais discos no topo das paradas dos EUA. Além dela, estão lá Beyoncé, Mariah Carey, Britney Spears, Taylor Swift, Janet Jackson, Madonna e Barbra Streisand. E o sucesso começou desde o primeiro single, Stupid Love, que conquistou o quinto lugar na Billboard Hot 100. Rain on Me, parceria com Ariana Grande, também alavancou o alcance do disco. A faixa chegou até a ganhar um clipe com luzes roxas neon e maquiagens holográficas, outro sucesso da pandemia.

Ariana Grande e Lady Gaga em trecho do clipe Rain On Me, single do Chromatica

Assista ao clipe de Rain On Me

A parceria entre Gaga e Ariana Grande acumula 355 milhões de plays

Parceria com Tony Bennett indicada ao Grammy

Depois do premiado Cheek to cheek (2014), Gaga e Tony Bennett se reuniram para mais uma parceria emocionante. Aos 95 anos, o veterano da música criou, ao lado da estrela pop, o disco Love For Sale. O registro foi indicado ao Grammy Awards 2022 nas categorias de álbum do ano, gravação do ano, melhor perfomance pop de duo ou grupo e melhor videoclipe — todas as indicações pela comovente canção I Get a Kick Out of You.

Embora o veterano da música tenha sido diagnosticado com Alzheimer, isso não o impediu de cantar como se ainda estivesse no auge da carreira. A parceria rendeu até a um MTV Unplugged: Tony Bennett & Lady Gaga, marcando a estreia de Gaga no clássico do especial e a segunda vez de Bennett, que havia ido em 1994.

Atuação nos cinemas

No ano seguinte, Gaga retornou às telinhas, após ter se consagrado no papel de Ally em Nasce uma Estrela. Desta vez, em um drama dirigido por Ridley Scott. Os companheiros de tela? Adam Driver, Jared Leto, Salma Hayek e Al Pacino. Todos reunidos para remontar a história de uma das famílias mais importantes da indústria da moda: os Gucci.

Intitulado de Casa Gucci, o filme recebeu críticas mistas, mas as negativas se sobressaíram. Ainda assim, chegou a se especular que Gaga entraria na lista de atrizes indicadas ao Oscar 2022— ela acabou de fora da seleção final. No longa-metragem, a artista pop interpreta Patrizia Reggiani, que tem a vida transformada após conhecer Maurizio Gucci (Adam Driver). Os dois se apaixonam e Maurizio precisa romper com o pai, Rodolfo Gucci (Jeremy Irons), para viver o romance.

Lady Gaga no poster de Casa Gucci

Assista ao trailer de Casa Gucci

O filme só foi indicado na categoria de melhor maquiagem

O que podemos esperar da turnê?

Chuva de hits? Depois de tanto tempo sem grandes turnês, Lady Gaga deve se aventurar pelos maiores sucessos de Chromatica e por outros marcos da carreira. É provável que Stupid Love, Fun Tonight —caso ela queira agradar os fãs brasileiros no futuro, o remix com Pabllo Vittar cairia bem—, Free Woman, Rain On Me, 911 e Sine From Above apareçam na seleção. Alguns críticos internacionais, inclusive, suspeitam que Elton John pode aparecer em um dos shows para fazer duetos com a cantora.

Além das canções, o cenário, com certeza, será um dos grandes atrativos da agenda de shows. Afinal, o disco é todo baseado em um conceito intergaláctico. Então, é possível esperar grandes instalações, muitas cores chamativas —especialmente o rosa— e estruturas extraterrestres como pano de fundo dos shows da cantora. Fora os figurinos. Por enquanto, não foram divulgadas informações oficiais sobre os detalhes da turnê, além das cidades e os valores dos ingressos. Mas os fãs já podem sonhar.

Datas e locais, até agora

  • 17 de julho — Düsseldorf (Alemanha)
  • 21 de julho — Estocolmo (Suécia)
  • 14 de julho — Paris
  • 26 de julho — Arnhem (Holanda)
  • 29 e 30 de julho — Londres
  • 6 de agosto — Toronto (Canadá)
  • 8 de agosto — Washington
  • 11 de agosto — East Rutherford (Nova Jersey)
  • 15 de agosto — Chicago
  • 19 de agosto — Boston
  • 23 de agosto — Dallas (Texas)
  • 26 de agosto — Atlanta
  • 8 de setembro — São Francisco
  • 10 de setembro — Los Angeles
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Antes de ser repórter da Tangerina, Nicolle Cabral passou por Rolling Stone, Revista Noize e Monkeybuzz. Nas horas vagas, banca a masterchef para os amigos, testa maquiagens e cantarola hits do TikTok.

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