MÚSICA

Tems olha para a câmera em frente à armários

Reprodução/Instagram

Potencial de popstar

Do disco de Beyoncé a Pantera Negra 2: Conheça a nigeriana Tems

Com apenas quatro anos de carreira, jovem cantora vai aparecer em Renaissance e lançou versão de Bob Marley para a trilha de Wakanda para Sempre só nesta semana

Luccas Oliveira
Luccas Oliveira

Esta promete ser uma semana e tanto para a cantora e compositora Tems. Nesta segunda-feira (25), a Marvel lançou nas plataformas de streaming a versão de No Woman No Cry, clássico de Bob Marley (1945-1981) gravado pela nigeriana para a trilha de Pantera Negra: Wakanda para Sempre.

O filme sai em 11 de novembro, mas o estúdio adiantou três faixas da trilha sonora, dando destaque à regravação protagonizada por Tems, que já aparecia no trailer divulgado na San Diego Comic-Con 2022.

Winston Duke

Ouça a versão de Tems para No Woman No Cry

Música está na trilha de Pantera Negra: Wakanda para Sempre

Além disso, na sexta-feira (29), Tems estará em outro lançamento para lá de aguardado: Renaissance, o novo álbum de Beyoncé. A promessa de popstar divide os vocais com Bey e com a veterana cantora jamaicana Grace Jones na faixa Move, a décima do disco.

Tems é um dos expoentes da cena de Afrobeats

Aos 27 anos, com nome de batismo Temilade Openiyi, Tems é o presente e o futuro da música pop africana. Ela é um dos expoentes da cena dos Afrobeats ao lado de nomes como Burna Boy, Fireboy DML e Wizkid.

Recentemente, Tems ocupou o topo das paradas norte-americanas, a Billboard Hot 100, com a participação na canção Wait For U, ao lados dos rappers Future e Drake. Ela fez história se tornando a primeira artista africana a estrear diretamente no topo do ranking dos Estados Unidos, e a segunda nigeriana a chegar lá.

Tems olha para a câmera no clipe de Essence

Ouça Wait For U, que rendeu marca histórica para Tems

Ela foi a primeira artista africana a estrear no topo das paradas dos EUA

Além disso, ela já tem uma indicação ao Grammy no currículo. Foi na edição deste ano, na categoria melhor performance de global music, por Essence, hit de Wizkid. Lançada em outubro de 2020, esta foi a canção que catapultou Tems para além do cenário local, especialmente depois que Essence ganhou, em agosto de 2021, um remix com outro figurão da música pop: Justin Bieber.

Um mês depois, Tems reforçaria a presença de sua voz na música pop da América do Norte ao participar do disco Certified Lover Boy (2021), do canadense Drake, na faixa Fountains.

Carreira no marketing e Beyoncé como referência

Tems se mudou com os pais para a Inglaterra pouco depois de seu nascimento. Com o divórcio dos dois, ela voltou para a Nigéria com a mãe e o irmão, quando tinha cinco anos. Ela cresceu ouvindo basicamente música cristã em casa. Na escola, uma professora identificou seu talento musical e a ensinou a tocar piano.

Já mais velha, Tems chegou a estudar Economia na África do Sul e trabalhou no mercado de marketing até os 23 anos, praticamente. Até que os caminhos da música a puxaram de volta. Ela cita Beyoncé, com quem gravou Move, e Destiny’s Child como grandes inspirações musicais. Adolescente, passou a se interessar também por Adele, Lauryn Hill e Paramore.

Mas, aos 15, resolveu interromper as pesquisas sonoras para formar uma identidade própria. “Eu queria aprender a atacar uma música com o que eu estava sentindo, não com o que Beyoncé ou outra pessoa faria”, explicou em entrevista à edição sul-africana da GQ.

Tems se destaca por uma voz versátil, aveludada e, por vezes, andrógina. Ela costuma participar ativamente de todas as etapas das músicas que lança, já que aprendeu técnicas de produção a partir de tutoriais do YouTube.

Até o momento, tem dois EPs lançados, From Broken Ears (2020) e If Orange Was a Piece (2021), o último já pelo selo selo RCA Records, da Sony Music, com quem assinou em outubro de 2021.

Oficialmente, Tems tem apenas quatro anos de carreira, mas já alcançou marcas, feitos e parcerias para lá de robustos. Parece que é só o começo.

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QUEM FEZ
Luccas Oliveira

Luccas Oliveira

Luccas Oliveira é editor de música na Tangerina e assina a coluna Na Grade, um guia sobre os principais shows e festivais que acontecem pelo país. Ex-jornal O Globo, fuçador do rock ao sertanejo e pai de gatos, trocou o Rio por São Paulo para curtir o fervo da noite paulistana.

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